nao era segredo que o novo toyota supra seria um projeto conjunto entre a fabricante japonesa e os alemaes da bmw era uma questao de necessidade se fosse para trazer o supra de volta era a obrigaçao da toyota faze lo com um motor de seis cilindros em linha como eles nao tinham um seis em linha a disposiçao e desenvolver um novo motor do zero apenas para um esportivo era algo fora de questao entao fazia sentido procurar uma das poucas fabricantes que mantem os seis em linha no mercado e um tipo de colaboraçao comum como comentamos neste post e que podera se tornar ainda mais frequente no futuro acontece que desde que foi revelado o supra vem dividindo os entusiastas alguns entendem que e melhor ter um supra com motor estrutura e interior de bmw do que nao ter supra nenhum algo que seria bem mais facil para a toyota alias ; enquanto outros se mostraram decepcionados com a pouca semelhança entre o supra a90 e seu antecessor o iconico a80 e alguns os mais tradicionalistas digamos assim disseram que seria muito mais interessante se a toyota trouxesse de volta o lendario seis cilindros 2jz gte o que seria sejamos realistas altamente improvavel o 2jz ja nao e produzido desde 2007 ha 12 anos e um projeto antigo pesado por causa do bloco de ferro e que ja foi superado por opçoes mais eficientes alem disso um v6 pode ser usado em modelos de motor transversal e longitudinal enquanto o seis em linha tem sua aplicaçao transversal mais dificil devido as torres da suspensao mas afinal o que faz do motor 2jz um motor tao emblematico mesmo tanto tempo depois ele realmente merece a reputaçao que tem e o que a gente vai tentar responder neste post uma boa forma de começar e lembrar que o 2jz gte e apenas uma das seis variaçoes do motor jz que existem em comum todas elas tem bloco de ferro fundido cabeçote de aluminio com comando duplo de valvulas e quatro valvulas por cilindro as demais caracteristicas variam de versao para versao a primeira delas foi a 1jz ge de aspiraçao natural e 170 cv que foi lançada em 1990 e utilizada em alguns sedas da toyota como o cresta o crown o chaser e o mark ii o motor 1jz ge era um subquadrado tinha diametro x curso de 86x71 5 mm e deslocava no total 2 492 cm³ a taxa de compressao era de 10 1 nos carros fabricados apos 1995 o 1jz ge passou a entregar 200 cv; potencia que conservou ate 2007 as outras versoes do motor jz começaram a chegar ja em 1991 o 1jz gte introduzido em 1991 trazia o mesmo deslocamento porem tinha a taxa de compressao reduzida para 8 5 1 para lidar melhor com a pressao de dois turbos ct12a operando em paralelo era o bastante para entregar 280 cv a 6 200 rpm e 37 mkgf de torque a 4 800 rpm era este o motor do supra de terceira geraçao em sua versao turbo e tambem no mark ii 2 5gt twin turbo um legitimo sleeper o 2jz ge trazia um aumento no curso dos pistoes e se tornava um motor quadrado com diametro e curso de 86x86 mm que aumentava a cilindrada para 3 litros e entregava entre 215 e 230 cv dependendo do acerto ele foi usado entre outros no toyota aristo no toyota altezza/lexus is e no cupe toyota soarer/lexus sc e tambem foi empregado no supra a80 em sua versao naturalmente aspirada houve ainda as versoes 1jz fse e 2jz fse que traziam como diferencial um sistema de injeçao direta de combustivel e entregavam respectivamente 200 cv e 220 cv ambos foram usados em alguns sedas de luxo da toyota praticamente desconhecidos no brasil como o origin e o progres alem de modelos ja citados nos paragrafos anteriores o todo poderoso 2jz gte usado no supra a80 desde o lançamento em 1993 foi criado como uma resposta ao motor rb26dett da nissan famoso por ser o motor de todo skyline gt r fabricado desde 1989 mais especificamente das geraçoes r32 r33 e r34 ou seja precisava ser um motor e tanto ele seguia o mesmo projeto basico de todas as outras variaçoes mas trazia algumas diferenças chave que o tornavam obviamente o mais potente de todos como 1jz gte ele tinha dois turbocompressores mas eles tinham arrefecimento liquido atuavam de forma sequencial e eram desenvolvidos pela hitachi em parceria com a toyota com um intercooler ar ar montado na lateral do motor e nas unidades fabricadas a partir de 1998 trazia o sistema vvt i de comando variavel a taxa de compressao era de 8 6 1 ligeiramente maior que no 1jz gte ambos os motores gte 1jz e 2jz tinham cabeçotes e coletores de admissao e escape diferentes de melhor fluxo e pulverizadores de oleo para ajudar no arrefecimento dos pistoes de acordo com os dados de fabrica os exemplares do supra destinados ao mercado interno japones tinham 280 cv a 5 600 rpm dado que e amplamente encarado como uma mentira deslavada criada para respeitar o acordo de cavalheiros vigente na epoca entre as fabricantes japonesas enquanto os exemplares exportados para outros paises tinham 325 cv a mesma rotaçao nao era um numero assombroso se comparado aos rivais especula se que a maioria dos esportivos emblematicos japoneses como o mazda rx 7 o proprio nissan skyline gt r e o mitsubishi 3000gt por exemplo tinham 280 cv declarados e mais de 300 cv na pratica o que tornava entao o 2jz gte especial em comparaçao aos outros para colocar de forma simples era a combinaçao das caracteristicas especificas do 2jz gte e das qualidades inerentes da familia com a menor taxa de compressao as valvulas injetoras de maior fluxo os reforços ao sistema de arrefecimento e o intercooler parte do trabalho de preparaçao ja vinha feita e os elementos comuns a todo jz o tornaram excepcionalmente robusto o virabrequim forjado com 12 contrapesos muito resistente e capaz de suportar altas rotaçoes; e o bloco de ferro fundido com sete mancais que mantinha a peça muito bem sustentada em seu lugar pistoes e bielas claro eram forjados e igualmente robustos alem disso o fato de os motores 2jz serem motores quadrados com curso e diametro identicos ajudava a conseguir um bom compromisso entre torque em baixas rotaçoes e potencia em altas rotaçoes aqui alias cabe uma observaçao diversos motores consagrados tem curso x diametro de 86x86 como os motores familia ii da general motors incluindo derivados como o c20xe usado no calibra ; o k20 da honda e o s50 da bmw outro detalhe interessante e o fato de o 2jz ser um motor sem interferencia nao ha risco de as valvulas atingirem o topo da cabeça dos pistoes caso uma das correias de sincronizaçao estoure em motores com interferencia as valvulas invadem a area ocupada pelo pistao em seu ponto morto superior; e apenas a sincronizaçao que evita que isto ocorra ou seja o projeto extremamente resistente do motor jz permite que se consiga um grande acrescimo de potencia sem a necessidade de reforço no conjunto rotativo com uma receita simples sistema de injeçao retrabalhado e a troca dos turbos sequenciais por um turbocompressor maior geralmente de 67 mm e possivel dobrar a potencia de um 2jz gte com pistoes bielas e virabrequim totalmente stock ha varios registros de projetos que chegaram aos 800 cv apenas com estas modificaçoes e sem maiores dores de cabeça em relaçao a durabilidade https //www youtube com/watch v=5rcwsdanjjg o proprio motor 1jz gte e muito popular entre preparadores por estes mesmos motivos embora pelo menor deslocamento nao tenha o mesmo potencial para se tornar um monstro contudo ele e mais facil de ser encontrado e mais acessivel no brasil a familia jz pode ser encontrada nos lexus gs dos anos 1990 que foram equipados com a versao aspirada do 2jz nos anos que se seguiram preparadores dentro e fora do japao se dedicaram a criar diferentes receitas para preparar o 2jz gte e o 1jz gte novos componentes internos reforços para o bloco remapeamentos eletronicos coletores de admissao e escape trens de valvula e mais o supra se tornou popular entre pilotos de rua e profissionais e a propria toyota o colocou para correr no jgtc o campeonato japones de turismo mesmo que o supra de corrida nao usasse o motor 2jz e sim um quatro cilindros derivado do programa da toyota para o wrc sua imagem nas pistas tambem contribuiu para a fama do carro e contraditoriamente do 2jz pois ainda ha quem sequer saiba que o famoso supra da castrol por exemplo nao tinha um motor de seis cilindros e e claro que nao podemos esquecer de suas apariçoes em gran turismo e gran turismo 2 no fim da decada de 1990; e nos dois primeiros filmes da saga velozes e furiosos lançados em 2001 e 2003 respectivamente o supra ja era um carro consagrado entre os entusiastas aquela altura o que a midia fez foi coloca lo no mainstream elevando o 2jz gte ao status de uma quase divindade e o resto e historia https //www youtube com/watch v=ohbw4jsmfx8
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