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FlatOut!
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Project Cars Project Cars #43

330 cv nas rodas, uma dupla homenagem e um desafio: as últimas evoluções do Focus “Colin McRae”!

Olá, amigos!  Vou ter que começar esse capítulo “de trás pra frente”, já que todos sabem o que aconteceu recentemente com meu carro.

Mas antes disso, tenho que pedir desculpas a todos os que conversaram comigo durante a prova e não pude dar a devida atenção. Muita gente veio comentar que acompanhava o projeto aqui no Flatout, fiquei impressionado e triste por não poder conversar e dar atenção como gostaria.

Também tenho que começar com um agradecimento aos amigos Akira, Jorge, Tiago e Piauí (Akira Motors), Henrique e Haruki (Focuspeed), Elcio (Akamine Soldas), Elthon e Amilcar (ATS Pneus), Nando (VibeVision), Narcizo (Zôngara Pinturas Especiais), que ralaram muito pra ver o carro pronto para o evento.

Vamos aos fatos.

Durante esse ano, tive um problema com a eletrônica original que usava, que começou a “louquear”, dificultando muito o uso do carro. Ao mesmo tempo, também tive problemas com a bomba interna e o respiro do tanque, que dificultava bastante o abastecimento.

Tinha comprado um tempo antes  uma “cabeça” de plenum réplica da Lehmann Engineering/Dahlback Racing, planejando utilizá-la em algum momento, possivelmente no novo motor da “Evolução3” que vem mais adiante.

Captura de Tela 2015-12-04 às 12.33.16 Captura de Tela 2015-12-04 às 12.33.30

Nesse mesmo tempo, acertei uma parceria com os amigos da ProTune, para instalar uma PR440 no lugar da original. Haruki Tutia, da Focuspeed, é especialista em elétrica motorsports e assumiu a bronca de instalar a eletrônica e arrumar toda a elétrica original do carro, eliminando o que não serve mais e reorganizando tudo.

Seu parceiro, Henrique, convenceu de fazer a flange e instalar também o plenum, e assim começamos a maratona.

Henrique se encarregou do projeto da flange e dos dutos, o que não foi NADA fácil, uma vez que os dutos saem “redondos” do plenum e tem que chegar “ovais” no cabeçote. A melhor opção seria usinar cada duto, já que além do formato, teriam também ângulo e diferença entre centros. Porém o custo é altamente proibitivo, e acabamos descartando essa opção.

Fundir os dutos seria outra alternativa, também custosa e demorada, não tínhamos tempo e nem verba para isso. Enquanto a flange era usinada pela Indutech Billet Parts, Henrique desenvolveu um molde em madeira para conformar os canos no formato necessário, e deu certo.

Com a flange em mãos, dutos também, entrou em cena meu amigo Elcio, da Akamine Soldas, um monstro nas soldas e que faz coisas inacreditáveis (como reconstruir um bloco Honda quebrado de alumínio só na solda, incluindo galeria de óleo… coisas de japonês!). Elcio passou mais de 8 horas fazendo as soldas todas, pois nosso prazo estava mais do que estourado.

Com o plenum pronto na mão, instalar foi bem fácil. Mas, não basta chegar e instalar, é preciso pensar em todas as alterações que isso causa, como cabo de acelerador, suportes, realocar o reservatório do fluido de freios, tubulação da pressurização, mangote para o TBI, etc etc etc.

Conseguimos montar tudo e partir pro acerto, com o prazo cada vez mais curto, faltando apenas uma semana pra prova. Acacio Akira se encarregou de destrinchar a ProTune e começar a fazer o mapa. Foi espantoso que no 1º dia de acerto, a potência alcançada com a mesma pressão de turbo foi 60HP nas rodas a mais do que antes, e com 1000RPM a mais, o que deixou o motor mais nervoso desde as baixas rotações até o corte em 6800RPM. O motor, que tinha antes 270HP nas rodas a 5100RPM, alcançou 330HP nas rodas a 5900RPM, com um torque de 42,2 kgf.m a 4900RPM.

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Consegui dar uma volta rápida com o carro, e encontramos algumas dificuldades, como o pedal do acelerador que estava muito “alto”, impossível de guiar e fazer punta-tacco, ou mesmo tirar o pé do freio e retornar pro acelerador. Outro problema foi a alavanca de cambio, que levantamos com um suporte de 8cm fabricado também pelo Henrique, mas acabou tornando os engates muito duros. Na volta pra oficina, outra surpresa, a bomba interna voltou a dar problema e não conseguia manter o surge tank cheio.

Além disso, nas desacelerações o carro cortava a parte elétrica e religava, retornando com erro de alimentação da ECU, e Haruki estava em viagem, só conseguindo retornar na quinta feira antes da prova para encontrar e solucionar o problema.

O ultimo dia disponível para resolver tudo era a quinta feira, pois na sexta o carro sairia cedo de guincho pra Curitiba. Também foi o dia que resolvemos trabalhar no layout do carro, e fiz uma mescla dos layouts de 2001 (para usar o logo do Flatout no capo) e de 2002 nas laterais. Não imaginava que ficaria tão chocante…

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Problema elétrico resolvido, bomba resolvida, novo suporte da alavanca com 7cm, acelerador resolvido, sobrou pro Acacio: refazer todo o mapa da injeção com a tensão corrigida, em menos de um dia. A ideia era acertar o carro, eu testar a noite na rua, e caso necessário terminar sexta cedo no dinamômetro. Mas, a caminho da oficina fui assaltado, e acabou qualquer possibilidade de andar no carro, já que eu teria que viajar as 5 da manhã pro RJ a trabalho e não teria outra oportunidade antes da prova. Na sexta feira, enquanto o carro ia pra Curitiba eu tentava resolver os transtornos do roubo do RJ mesmo, e graças a ajuda do merrmão Rafael Lanzaro, consegui pelo menos resolver uma parte que me permitiria viajar para a prova.

Sábado cedo partimos pra Curitiba, eu, Mr Flatout Juliano Barata, Henrique e Juliana. O carro chegou perto da hora do almoço na oficina do Narcizo, onde iríamos terminar de adesivar, revisar, limpar e eu finalmente guiar o carro e me acostumar com tudo diferente. Tive exatos 38km para isso, cruzando o centro de Curitiba e saindo na rodovia em direção a Campo Largo, onde fica o hotel da prova. Como bem disse o Juliano, parecia que eu estava dirigindo uma melancia, tamanho o “choque de populares” no caminho com o visual do carro. Eu nem olhava pros lados de vergonha!

As posições do acelerador, volante e alavanca de cambio ficaram perfeitas , me senti confortável muito rápido, mas infelizmente, e por absoluta falta de tempo, o carro dava uma falha após as 6300rpm. Ok, vamos tentar acesso remoto chegando no hotel, e arrumamos isso certo? Errado. O computador que tínhamos insistia em não reconhecer a USB, e essa era a última bala do revólver… Eu já estava esgotado mental e fisicamente, no limite, e preferi deixar tudo pra lá…

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O que aconteceu na prova vcs vão saber em breve, na matéria do Juliano sobre a minha participação, com direito ao vídeo onboard da subida.

Estou começando a comprar peças aos poucos para um novo motor, para a “Evolução3”, e não quero atropelar o projeto usando algumas peças agora para reconstruir o carro.  Tenho ainda o motor original guardado e pistões sobremedida já com revestimento cerâmico, e dá pra montar um motor melhor do que o atual com pouco investimento e tempo, e possivelmente é o que vou fazer, ainda estou analisando o que seria melhor. Assim, com tempo para trabalhar no acerto, não vou correr tanto risco de quebra até que a próxima etapa do projeto se inicie.

Esse é o fim da “Evolução2”, fiz tudo que queria fazer conforme os planos, e até antecipando um pouco algumas coisas como o uso já do dual plenum por exemplo. No começo do ano vou trazer o carro de novo pra SP, começar a desmontar tudo e ver o tamanho do estrago. Também estava em dúvida em tirar os adesivos, mas os amigos já pediram pra deixar, então quero a opinião de todos aqui se deixo assim ou volto pro visual “street”.

Por enquanto é isso! Um grande abraço, e “If in doubt, FLATOUT!”

Por Gustavo Loeffler, Project Cars #43

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