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A Alpine está (quase) de volta com sua versão moderna do A110

A Alpine está de volta. Ou quase. Depois de oito anos, uma crise financeira e um fim de parceria, a Renault, que comprou a marca em 1973, finalmente apresentou o conceito que marcará o retorno da Alpine a partir do próximo ano. O local da apresentação não poderia ser mais apropriado: Monte Carlo, onde os Alpine do passado aceleravam forte em meio a neve e lama no Rally Monte Carlo.

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Batizado Alpine Vision, esta ainda não é a versão de produção do esportivo, e sim um conceito que antecipa o que veremos na versão de produção — que deve ser apresentada no fim deste ano como modelo 2017. Como no passado, a Alpine é formada como uma divisão independente, com uma equipe própria de executivos para fazer o motor girar forte novamente. Por isso, a intenção da Alpine não é voltar como marca de um modelo só, e sim originar uma série de esportivos – incluindo um utilitário esportivo.

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O renascimento da Alpine começou em 2008, mas a crise mundial daquele ano adiou os planos. Em 2012, quando o Alpine A110 completou 50 anos a Renault comemorou a data com um conceito baseado no Megane, batizado Alpine A110-50 (esse do vídeo abaixo, lembra?) e mais tarde com a notícia do retorno da marca em parceria com a Caterham depois que os franceses adquiriram 50% da empresa.

Era uma boa combinação: uma fabricante especializada em esportivos leves junto com uma fabricante com um enorme know-how no automobilismo. Mas em 2014 a Caterham caiu fora e o fim da parceria chegou a colocar em risco a viabilidade do retorno da marca. Felizmente o projeto foi mantido e no ano passado começaram a aparecer os primeiros conceitos — como o Alpine Vision Gran Turismo e o Alpine Celebration — para aumentar a visibilidade da marca, que estava praticamente esquecida depois que o A610 (abaixo) deixou de ser produzido em 1995.

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Agora é a vez do Alpine Vision. Ele é o conceito mais próximo de um modelo de produção e, segundo o diretor de design da Alpine, Anthony Villain, 80% do que estamos vendo no Vision estará presente no modelo final que chegará às ruas (e pistas!).

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Os bons observadores já perceberam quais detalhes certamente serão deixados para trás na versão de produção: retrovisores, o sistema multimídia com tela flutuante, os cintos de quatro pontos, os faróis com elementos internos complexos e a estrutura metálica exposta dos bancos e console central.

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Ainda não há muitos detalhes sobre o carro. Já se sabe que ele terá um motor quatro cilindros turbo, porém não foi divulgada a cilindrada, tampouco a potência. Especula-se o motor que será uma versão do 1.6 turbo do Clio RS ou até mesmo uma variação deste motor com cilindrada aumentada para 1,8 litro, enquanto a transmissão será automatizada de embreagem dupla e sete marchas ligada às rodas traseiras, logicamente. A potência, segundo fontes da Autocar, do Alpine-World e outras publicações europeias, ficará entre 250 e 300 cv. Uma boa notícia, já confirmada pela Alpine, é que não haverá versão elétrica.

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Independentemente da potência, o novo Alpine irá manter uma tradição dos seus antepassados: o baixo peso. Serão apenas 1.100 kg, marca que o coloca ao lado dos modelos da Lotus, do Alfa Romeo 4C e de poucas coisas com conforto mínimo para duas pessoas. Se ele realmente tiver a potência especulada, a relação peso/potência ficará entre 4,4 kg/cv e 3,66 kg/cv. Outro dado confirmado pela Alpine é o tempo de aceleração de zero a 100 km/h, que será inferior a 4,5 segundos.

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O design do carro é praticamente o mesmo do modelo original dos anos 1960, como se o projeto tivesse simplesmente trazido para 2016 e produzido com a tecnologia de hoje: estão lá os pares de faróis circulares, os vincos no capô e o para-brisa traseiro envolvente. Até mesmo o motor continuará atrás dos bancos, na porção central-traseira do chassi — feito com uma combinação de materiais leves e de alta resistência pela Renault Sport.

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Como se vê, o Alpine não terá nenhum apêndice aerodinâmico e isso se deve a dois motivos: o primeiro é que todo o trabalho aerodinâmico será feito pelo fundo do carro e pelo difusor traseiro. O outro é que a Alpine simplesmente não quer um carro complexo — o negócio aqui é ser um esportivo simples e divertido, uma filosofia felizmente cada vez mais comum no ramo dos esportivos (vide Alfa 4C, Miata/Fiat 124 e Toyota GT86).

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A cabine talvez seja onde o design mais chama a atenção: uma tela flutuante para navegação e multimídia, um painel de instrumentos TFT como o virtual cockpit do Audi TT (um dos rivais do futuro Alpine) e uma combinação matadora de alumínio, couro e fibra de carbono. Dá para ver que o motorista senta bem perto do assoalho e o console central fica em posição elevada, criando um habitáculo bastante envolvente.

 

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O novo Alpine será feito na fábrica da Renault em Dieppe, onde os Alpine foram fabricados entre 1955 e 1995, e atualmente são feitos os modelos Renault Sport. Como dissemos mais acima, o Alpine será apresentado no Salão de Genebra na próxima semana ainda em forma de conceito. No fim do ano acontecerá o lançamento da versão de produção, que chegará às lojas no segundo trimestre de 2017.

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O preço ainda não foi divulgado, mas estima-se que seja algo em torno de 50.000 euros — o que tornaria o novo Alpine um rival direto do Porsche 718 Cayman. O presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn disse apenas que o modelo custará menos que os 80.000 euros cobrados por um modelo clássico em perfeito estado.

E então… o que acharam do novo Alpine? Você trocaria os potenciais rivais (Lotus Elise, Alfa Romeo 4C, Porsche 718 Cayman e Audi TT) por algo mais francês?