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Project Cars Project Cars #414

A história do meu BMW 325i Coupé E36, o Project Cars #414

Olá, meus caros amigos! Mais uma vez juntos nessa tela de computador, nos encontramos para mais um papo automotivo, e para mais um Project Car de minha autoria!

Gostaria de citar, primeiramente, que este não é para ser um Daily Drive (apesar de eu sempre arrumar desculpas para usá-lo), este não é um carro frisinho (haverá modificações extensas e talvez até não ortodoxas de carroceria, suspensão e interna) e totalmente idealizado à minha maneira, com todas as dúvidas e impossibilidades que podemos enfrentar.

Nesta primeira jornada, após ser escolhido por vocês, contarei em detalhes o processo de compra, idéias iniciais, preparação, participação em eventos e desventuras que me levaram à fase 2, que só será contada em uma nova chamada dos Project Cars.

Após todo esse “Parental Advisory”, vamos à história de fato!

Como feliz proprietário de um Audi A3 (PC #315) e cheio de idéias na cabeça, estava sempre integrado em grupos automotivos, seja pelos sites, fóruns, redes sociais ou apps de IM. Minha noiva (namorada, à época) tinha um GM/Corsa prata sedã, que desde que a havia conhecido, deixava ele mais com a minha cara, mas sem mexer no motor, pois era um carro confiável para minha dama se deslocar todos os dias.

Acontece que, após você apresentar algo mais “divertido” a alguém, ainda mais se esta pessoa mora com você, há a altíssima possibilidade dela ficar com o item mais divertido e você, com o que sobrou. Lá em casa, não foi diferente. O A3 foi cada vez mais utilizado pela patroa, que gostava do câmbio S-Tronic, dos quase 300 cv do motor, e do fato de ser um carro extremamente chamativo e confortável, ainda mais para ela, que já se encontrava gestante da nossa filha.

A3 PC #315

Certo dia, em um destes grupos de IM, iniciou-se uma discussão sobre os preços dos carros da divisão M, comparando os valores praticados em nosso país com os do país vizinho e, para me embasar nesta discussão (numa terça-feira, às 7 da manhã), abri o WebMotors, o Mercado Livre e o OLX, colocando nos mecanismos de busca apenas “BMW M3”. Ali foi onde tudo mudou!

Ao navegar pelo Mercado Livre, encontrei o anúncio de uma BMW 325i “kit M”, que se encontrava à venda no estado de São Paulo por um preço convidativo. Na mesma hora, comecei a contar da discussão para a mulher, e comentei que havia encontrado uma BMW e, cheio de maldades, dei a idéia de passar, de vez, o A3 para ela, e ficar com o Corsa para mim, podendo fazer o que bem entendesse dele. Ela, de pronto, concordou, e eu, mais ligeiro ainda, mandei uma proposta de troca na Neguinha.

MercadoLivre

No mesmo dia o proprietário (abraços, Everton!) me respondeu, dizendo que a Alemã estava em sua posse e à venda, mas que não gostaria de pegar o veículo pois precisava do dinheiro. Alguns dias depois, em outra conversa, voltou atrás e aceitou, com uma pequena volta que acertamos. Armado o negócio, combinei uma folga no serviço e, juntamente da dona Onça, saímos às 2 da manhã de Londrina/PR, com o Corsa, rumo a Roseira/SP, distante 700km do nosso ponto de origem. Claro que pegamos exatamente o horário de Rush de uma segunda-feira na capital paulista, vimos um apressadinho perder o controle e parar no barranco com um Vectra, e chegamos, sãos, salvos e animados por volta das 10 da manhã ao destino.

Maps LBD-ROS

Ao chegar na cidade, bem pacata e localizada entre Pindamonhangaba e Aparecida, fomos direto à casa do vendedor, que muito bem nos recebeu, visualizou o Chevrolet e me deixou à vontade para verificar o que fosse necessário na 325i. Não vou mentir, tinha muito o que fazer, mas estava extasiado pela possibilidade de depois de adulto, ter aquele carro cheio de botões no painel, que sonhava desde criança, quando andava nos exemplares que minha mãe teve. Não contente com isso, tinha certeza de que aquele seria um baita RaceCar. Coupé, manual, RWD, inLine-Six, e pedindo para ser depenado e preparado!

Zuera

Panorama geral? Alguém pediu? Sim? Beleza, vamos contar: forros de porta judiados e descascados pelo tempo; sistema de som com rádio antigo e inoperante da Pioneer; computador de bordo acusando erros, com botões inoperantes e sem possibilidade de ajustar a hora; ar-condicionado sem gelar; luzes de airbag, ABS, pastilhas acesas; marcador de combustível inoperante; faróis com lentes queimadas; farol de neblina esquerdo inoperante; lanternas com luzes faltantes; saias lateral e traseira com rachaduras na pintura; saia dianteira faltante; Aerofólio solto na tampa da mala; pneus em duas medidas e fim de vida; roda com solda aparente; rasgos no banco do motorista e encosto de braço; piloto automático inoperante; volante com Mal de Parkinson.

Dia da compra 2

Longa lista, não? Pois é! E nem assim perdi meu tesão de ter uma alemã nas mãos. Totalmente cegado por este panorama, fechei o negócio, assinei os documentos e, por volta das 16h, tomamos nosso caminho de volta para Londrina. Após mais sete horas de viagem, passando pela capital paulistana novamente perto do horário crítico, e curtindo cada momento naquele carro que andava a 130km/h na Castelo Branco com o volante tremendo, com o escape turbão assoprando, e com os vidros e teto solar abertos, mas sem qualquer tipo de música ou vento gelado, chegamos em casa, de carro novo. Ou velho!

Sem film

Ah, só para constar, foram 22 horas, 1.400km, um carro que veio até em casa fazendo 10km/l, uma namorada grávida de quatro meses na carona, e por um período, que eu aproveitei para arrancar o insulfilm, na boléia, e um sorriso bobo de orelha a orelha! Até o próximo post!

Por Luiz Fernando Lopes, Project Cars #414

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