Há cerca de 65 anos, o jornalista britânico Denis Jenkinson praticamente inventou o papel de navegador ao percorrer previamente o trajeto de 1.600 km da Mille Miglia junto de Stirling Moss para anotar os detalhes do trajeto. Durante a corrida, ele ditava o que viria pela frente para que Moss soubesse antecipadamente o que fazer. Foi assim que a dupla quebrou o recorde da Mille Miglia, obtendo uma média de 160 km/h nas estradas italianas. E foi assim que surgiram as pacenotes e o papel do navegador de rali.
Claro, a bordo de um Mercedes com motor oito-em-linha de três litros e 300 cv eles não se ouviam, por isso Jenks e Moss combinaram um sistema de gestos para se comunicar com o straight-eight gritando a 7.700 rpm.
Antes de Jenks e Moss, nos primórdios do automobilismo, os navegadores eram "mecânicos de bordo" que seguiam com o piloto para resolver problemas técnicos que eventualmente aparecessem ao longo do caminho. E eles também tinham problemas para se comunicar.
Foi por isso que, em 1914