Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
BMW apela para “A mão de Deus”
Motores elétricos podem ter seu output minuciosamente controlado por computadores, de forma ativa; de uma forma que é impossível para os motores à combustão. Por isso, teoricamente as vantagens para criar carros de rua extremamente velozes em curvas é enorme, se pouco explorada ainda.
Sabemos que por seu peso e experiência sensorial ruim, um carro elétrico nunca será um carro esporte de verdade. Alguns tentam colocar alguma agência humana na direção deles com câmbios manuais, para melhorar isso; outros investem em velocidade pura.
A BMW revelou as primeiras imagens de um misterioso protótipo de EV no ano passado, dando poucos detalhes, mas confirmando que era movido por um sistema pioneiro de tração nas quatro rodas com quatro motores elétricos capazes de fornecer potência “extremamente precisa” “em milissegundos”.
Falando para a Autocar inglesa, o chefe da divisão de alta performance M, Frank van Meel, deu a entender que os elétricos de alto desempenho com tração nas quatro rodas serão ainda melhores em comportamento que o BMW M5 xDrive da geração F90, o benchmark entre sedãs para a marca.
“O segredo por trás disso”, disse ele, “é que você tem um controlador central, ou uma lógica central que controla tudo, dos motores ao DCS [Dynamic Stability Control”. Um controle minucioso central que pode dar torque vectoring, entrega de força ideal para pneus e carga a todo milissegundo, e que monitora cada roda individualmente.
Talvez o mais interessante e revelador detalhe aqui é como a BMW chama esta ECU: “A mão de Deus”. Dá noção do que esperar: aderência tão grande a toda situação que parece sobrenatural.
Claro que os problemas de peso e rápida descarga de baterias ainda são problemas para uso em pista, mas a BMW trabalha para tentar minimizar pelo menos o segundo: diz que o eixo dianteiro com dois motores também ajuda muito na recuperação de energia em frenagens.
O futuro do carro esporte parece limpo e sanitizado como uma sala de cirurgia, mas pelo menos, não vai faltar velocidade, aparentemente. (MAO)
Conheça o novo Nissan GT-R 2024
Responda rápido sem olhar: quando foi lançado o Nissan GT-R R35? A resposta é há muito tempo atrás de verdade: 2007 para ser exato. Já faz pelo menos uns três anos que esperamos ter que anunciar que finalmente saiu de produção; parece que a Nissan não fará outro. Bom, pelo menos não outro nesses moldes; talvez um elétrico. Yay.
Mas não. A Nissan continua inclusive investindo no Godzilla, fazendo ele cada vez mais caro, exclusivo, e feroz. Velho pode ser, mas é provavelmente ainda o último supercarro japonês, hoje, visto que o novo NSX já era, e Zupras são inferiores em desempenho, e alemãs em cosplay oriental.
No Salão de Tokyo que começou hoje, mostrou mais uma variante JDM, exclusiva para o mercado japonês. Mudou a grade dianteira, a suspensão e adicionou alguns novos acabamentos de edição especial. Não, não é um Last Edition Collectors Ultima da vida: o fim ainda não foi anunciado.
A nova frente, segundo a Nissan, é uma aprimoração aerodinâmica, e as mudanças no chassi são para dar um ride melhor, além de melhora no nível de ruído e vibrações. E o magnífico V6 biturbo de 3,8 litros derivado da arquitetura VQ continua uma besta-fera fantástica: São agora 570 cv, ou 599 cv na versão NISMO.
O NISMO, por sinal, ganha nova aerodinâmica, novo ajuste de suspensão, e um novo diferencial autoblocante no eixo dianteiro. Um capô de carbono Nismo e novos bancos Recaro carbono são novos para 2024, e o motor apresenta peças com peso balanceado para maior refinamento. A Nissan diz que a edição especial Nismo 2024 é o GT-R de maior desempenho de todos os GT-R.
Uma nova versão também é novidade: o T-spec. A nova versão tem o V6 de 570 cv, e está acima da versão Premium, mas não é tão focado em desempenho como o NISMO. Um GT-R de luxo extremo, um GT dedicado, parece ser a fórmula. O que nos parece ideal para o carro, e seu peso paquidérmico. Não, pera, isso não é mais verdade. Em 2007 quase 1700 kg parecia pesadíssimo para um carro esporte. Hoje um BMW M3 pesa 1800 kg; o GT-R é um carro leve. Barrabás…
O novo GT-R chegará às concessionárias no Japão nesta primavera. Não se sabe se essas mudanças chegarão a outros mercados como os EUA. Na realidade, parece que seu futuro é virar um carro exclusivo do Japão, porém: já não é vendido na Europa, por exemplo. Veremos! (MAO)
Aston Martin DB12 é flagrado em teste
A site americano Motor1 publicou uma série de fotos de um protótipo, obviamente um Aston Martin, rodando camuflado na Europa. Parece que será o substituto do DB11, um carro que foi lançado em 2016. O nome dele, sem surpresa alguma, será DB12
O carro parece fortemente baseado no DB11 de qualquer forma; apenas a frente parece ter mudado. Se houver grandes mudanças, certamente serão mecânicas, e não de carroceria, aparentemente. para avaliar as mudanças sob a pele. Por fora, a grade é maior e os faróis, menores.
O carro tem um capô semelhante ao atual DB11 com motor V12. Acredita-se que o atual V12 biturbo de 5,2 litros será mantido. Mas não está descartado um V8 com auxílio elétrico, um híbrido. O que se sabe é que, pelo menos por enquanto, ainda não será elétrico.
Como sabemos, a Aston Martin está comemorando 110 anos em 2023, e planeja ficar em evidência também com lançamento de novos carros. Há uma boa possibilidade então de sabermos mais deste carro ainda este ano. Mesmo que seu lançamento efetivo esteja mais para os anos-modelo de 2024/ 2025. (MAO)
Subaru Levorg STI Sport é uma perua WRX exclusiva para Japão
A perua do Subaru WRX parecia mortinha da silva, mas reapareceu nesta geração, ainda que de uma forma lateral: apenas para alguns mercados, e com o nome de Levorg. O Subaru Levorg STI existe no Japão há alguns anos e é vendido como WRX Sportwagon na Austrália e como WRX GT tS Wagon na Nova Zelândia. Não é JDM então, se você está prestando atenção.
Mas é sim JDM nessa versão especial lançada no Salão de Tóquio: o Levorg STI Sport, uma série limitada. Partindo do Levorg STI Sport R EX topo de linha, recebe uma série de modificações, a mais visível sendo as rodas forjadas BBS de 19 polegadas com pneus 225/40 ZR19 Michelin Pilot Sport 5.
Outras sutilezas incluem um resfriador de óleo de transmissão e uma barra estrutural entre as torres de suspensão dianteiras. Além disso, a perua recebe uma variedade de detalhes externos em preto e bancos dianteiros Recaro revestidos em camurça e couro sintético.
O motor é um boxer turbo de quatro cilindros e 2,4 litros. Fornece 271 cv e 35,7 mkgf. A transmissão é CVT porém, fornecendo potência para um sistema de tração nas quatro rodas permanente. O manual de seis marchas opcional do WRX não está disponível.
A série é limitada em 500 unidades, no equivalente em ienes japoneses de R$ 230.560. O Levorg STI R normal, com mesmo motor e tração, custa o equivalente a R$ 177.152. (MAO)