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Zero a 300

A “perua” Brabus Rocket GTS | O Rolls-Royce de Goldfinger de volta | A nova MT-07 e mais!

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O Rolls-Royce para os vilões de Bond, versão 2024

Não é só a Aston Martin que correu para criar uma série especial comemorativa dos 60 anos do filme que praticamente definiu o agente 007 no cinema: “Goldfinger”, de 1964. No filme, o vilão Auric Goldfinger também tem um carro que é marcante, e o seu fabricante, a Rolls-Royce, agora também cria uma série especial do Phantom moderno em homenagem ao carro do vilão. Um carro para quem se identifica com um vilão megalomaníaco? Uma dica sobre o tipo de cliente atraído para a marca, ou apenas uma jogada inteligente de marketing?

De qualquer maneira, o carro moderno tem de cara o mesmo esquema de cor bananístico do carro original do vilão de 1964; amarelo e preto. Este carro original, por sinal, dirigido pelo memorável capanga-motorista Oddjob, era um Phantom III de 1937; o único Rolls-Royce a usar um V12 da marca (e não um da BMW). O Phantom III foi lançado em 1936, vinha com um magnífico e enorme V12 OHV de 7,4 litros, e foi o último carro desenhado com supervisão de Sir Henry Royce.

Oddjob, Goldfinger, e o Rolls-Royce original

Apenas 727 foram produzidos, e o de Goldfinger, chassi nº 3BU168, é um Barker Sedan de Ville criado originalmente em 1937 para Urban Huttleston Broughton, 1º Barão Fairhaven. Oddjob dirigia do lado de fora, no tempo, usando fraque e cartola (de aba afiada no caso), operando uma caixa manual de quatro velocidades e uma direção sem assistência.

Mas o mundo de hoje, 60 anos depois, é diferente. O Phantom VIII atual é uma moderna limousine de alto luxo facílima de guiar, fechada, e com um BMW V12 biturbo de 6,75 litros e 571 cv; faz o leviatã de seis metros de comprimento e 2600 kg fazer o 0-100 km/h mais rápido que o Aston Martin DB5 de Bond em Goldfinger: 5,4 segundos.

A edição comemorativa é pintada no exato tom do carro do filme. O mesmo vale para as calotas flutuantes projetadas para lembrar o design do carro de 1937. Até mesmo o Spirit of Ecstasy é uma piscadela para o filme: ele foi feito para parecer que esconde ouro por baixo, então a prata sólida tem revestimento de ouro em algumas partes. No filme, o carro era feito todo em ouro, um subterfúgio para o contrabando do metal. Não, este não é todo de ouro; mas obviamente há ouro nele.

Há um “cofre” escondido no console central que abriga uma barra de ouro de 18 quilates iluminada. Detalhes dourados abundam em todos os lugares, incluindo as bases dos assentos, as mesas de piquenique, até mesmo o porta-luvas. Quando você abre o porta-luvas, uma citação do filme: “Isto é ouro, Sr. Bond. Durante toda a minha vida, fui apaixonado por sua cor, seu brilho, seu peso divino.” Brega? Imagina…

A decoração do painel de instrumentos é na realidade um mapa 3D do Furka Pass (onde Bond seguiu o Rolls de Goldfinger em seu Aston DB5), tirado de um esboço desenhado à mão. Segundo a empresa, ele levou um ano de desenvolvimento para ficar pronto. Goldfinger certamente matou gente por atrasos de execução menores. Ia dizer “assim como alguns donos de Rolls modernos”, mas melhor não né?

O famoso forro de teto estrelado da marca, que é iluminado por leds que parecem estrelas e pode refletir o céu de qualquer lugar que milorde deseje, aqui copia o céu sobre o Furka Pass em 11 de julho de 1964, último dia de filmagem de “Goldfinger”na Suíça. Nas mesinhas de piquenique, um mapa para o Fort Knox, objetivo final do vilão no filme.

Na tampa do porta-malas há um taco de golfe de ouro. Uma luz que brilha o logotipo 007 no porta-malas quando aberto para indicar que está sendo “rastreado”. Os guarda-chuvas embutidos nas portas são detalhados nas mesmas cores que os usados por Oddjob no carro de seu chefe. E, claro, há a placa “AU 1”.

A Rolls-Royce espera que você compre um? Não, ela espera que você morra… de vontade (há, sláp!). É estritamente uma peça única. (MAO)

 

Nada de picape barata para os sulamericanos

Vamos sair do luxo e simbolismo dourado do Rolls-Royce para um veículo criado para ser apenas um veículo e nada mais: o Toyota Hilux Champ. Você lembra dele; um projeto diferente, onde de Hilux, só o nome permanece. É um interessantíssimo projeto de carro dedicado ao trabalho; a necessidade de uso misto tem levado o Hilux normal para muito longe da lida como veículo de carga, criando a necessidade do Champ, ao mesmo tempo que libera o outro carro para ser veículo de passageiros mais dedicado.

É uma caminhonete com carroceria sobre chassi, tração traseira ou 4×4. Usa o mesmo motor 2.4 turbodiesel de algumas versões da Hilux, mas com 150 cv e 40,8 kgfm. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de seis.

O Champ é um exercício de simplicidade, baixo peso e preço, o que sempre faz um veículo focado e sensacional em sua função. Na Tailândia, onde a novidade é comercializada desde o novembro de 2023, os preços começam no equivalente à R$ 64 mil.

Dede então, também, especula-se a vinda dele à América Latina, que teria muito uso para algo assim. Teria se não fosse um pântano econômico- político-social, onde até coisas que deveriam ser baratas, e foram projetadas assim, nunca conseguem ser.

Especulava-se desde o final do ano passado, a sua produção na fábrica da Toyota em Zárate, na Argentina. Mas agora, fontes disseram ao Motor1 Argentina que o Projeto, chamado internamente IMV0, “está atualmente sendo repensado por conta dos altos custos envolvidos.” Aparentemente, no cenário atual, seria mais vantajoso importar a caminhonete da Ásia. A Hilux Champ produzida em Zárate seria entre 15% e 25% mais cara do que o modelo importado.

Ainda segundo o site, a Toyota cogitou produzir a Champ através de kits de peças importadas, como já faz com a van Hiace, mas a legislação local impede que o mesmo regime seja aplicado em produtos que já tenham concorrência local. É a velha história: no meio do inferno burocrático-legislatório-político-tributário sulamericano, nada consegue progredir sem algum interesse de gente com poder, e quem continua com o lado afiado da faca, como sempre, é o povo. (MAO)

 

Brabus Rocket GTS é “perua” do Mercedes SL

Enquanto isso, na Alemanha, a famosa preparadora Brabus continua sendo o mais infalível repositório de idéias malucas que são realizadas. Veja este aqui: uma perua Shooting Break do Mercedes-AMG SL63 S E Performance! Chama-se Brabus Rocket GTS.

Sim, a empresa criou uma carroceria Shooting Brake inteiramente de fibra de carbono exposta. Há um novo painel frontal e um spoiler funcional, que ajuda também na transição para os paralamas alargados. Saias laterais também fazem parte do desenho. O teto conversível se foi; em seu lugar um teto de perua truncado de duas portas e dois lugares. Lá atrás, sendo isso um Brabus, enorme difusor e quatro saídas de escapamento. O spoiler, pelo menos, não é gigante.

A Brabus também aumenta o motor biturbo para 4,4 litros, e 796 cv. Na traseira, o motor elétrico original adiciona outros 204 cv, e o resultado é nada menos que 1000 cv. A transmissão é automática de nove velocidades, e as novas rodas Brabus medem 21 polegadas na frente e 22 na traseira. Os freios e a suspensão também foram melhorados.

A empresa diz que o 0-96 km/h se dá em 2,7 segundos, pouca coisa mais rápido que um SL normal. A velocidade máxima é limitada a 317 km/h.

A Brabus não menciona preços ou quantos deles pretende fabricar; mas certamente não será barato, nem um carro que se encontra em qualquer esquina. A não ser que você more em Dubai, claro. (MAO)

 

Conheça a nova Yamaha MT-07 2025

A nova Yamaha MT-07 foi mostrada na Europa, onde deve chegar aos showrooms na primeira parte de 2025. Não é mudança leve: este é um redesenho completo, incluindo um novo quadro, nova suspensão, eletrônica extremamente aprimorada e novo estilo. A moto tem várias iniciativas de redução de peso também.

A Yamaha irá oferecer a MT-07 com a nova transmissão semiautomática Y-AMT. Baseada em dois atuadores eletromecânicos, um para a embreagem, o outro para o câmbio, e um controle eletrônico para operá-los, o sistema elimina a alavanca da embreagem e o pedal de troca, substituindo-os por gatilhos simples “para cima” e “para baixo” na mão esquerda. Existem dois modos totalmente automáticos, cada um com sua própria estratégia de troca: um que mantém as rotações por mais tempo para uma pilotagem mais animada, o outro definido para troca curta para uma abordagem mais relaxada. Mas quando em modo manual, a Yamaha promete controle total sobre as trocas.

O motor CP2, um bicilíndrico paralelo de 689 cm³, continua o mesmo, porém:  73,4 cv a 8.750 rpm e 6,8 mkgf a 6.500 rpm.  A Yamaha, porém, diz que os modos adicionais, o controle de tração e o novo som dele prometem torná-lo “uma experiência bem distinta”.

Apesar do design básico similar, o quadro tubular de aço foi completamente redesenhado, com mudanças nas formas e espessuras dos tubos para maximizar a rigidez e minimizar o peso. Então, embora não seja mais pesado do que antes aos 14,8 kg, o novo quadro é quase 13% mais rígido do que o antigo.

Um novo braço oscilante monoshock é pareado com um garfo invertido de 41 mm montado em novas mesas triplas de alumínio fundido. Há também novos freios de quatro pistões. A posição de pilotagem é modificada com pedaleiras e guidão mais baixos.

As rodas são feitas usando a mesma tecnologia SpinForged que já é usada para os aros da MT-09, reduzindo seu peso em meio kg cada uma. Esse é um benefício que deve ser sentido tanto no desempenho quanto no comportamento da moto. Todas as economias de peso compensam a massa adicional do equipamento adicionado da moto de 2025, mantendo-a em 184 kg (186 kg quando o câmbio é o Y-AMT), com o tanque de 14 litros cheio.

A moto vem também com novo painel de instrumentos digital, e novo sistema de iluminação. O preço ainda não foi revelado, mas como referência, o modelo 2024 custa R$ 46.990 aqui no Brasil. (MAO)