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Berlingo 2CV Fourgonnette é mash-up de 2CV e Berlingo
Começo agradecendo aos 32842191728 leitores que me mandaram esta notícia assim que a souberam; é uma alegria que tanta gente acompanhe o FlatOut, e que por isso saiba que gosto muito tanto do Citroën 2CV quanto do Citroën Berlingo. Este carro certamente pareceu a eles, à primeira vista, a junção do melhor dos dois carros, num pacote moderno. Obrigado por lembrar de mim!
Só um problema: o carro é um Berlingo europeu moderno (e, portanto, diferente do que tivemos por aqui) com um estilo externo inspirado no furgão 2CV. Parece interessante: a velha história das amenidades modernas no estilo antigo e clássico, e tal. Mas isso é interessante em coisas como Porsche 911, e Lamborghini Miura; carros com desenhos atemporais que merecem voltar. Já no 2CV a história é um pouco diferente. Será que realmente acham que o sucesso do 2CV se deve a seu ESTILO? Que é esta característica dele que merece voltar?
Claro que não, né gente. O genial do 2CV é que era baratíssimo, espartano, lerdo, mas ainda assim um carro com espaço decente e conforto de carro grande ao rodar. Muito de sua fama e lenda vem do fato de que quase nunca se usa os freios nele, e podia-se trocar o acelerador facilmente por um botão liga-desliga: era um carro divertidíssimo guiado assim. Aparentemente todos os franceses aprendiam a fazer isso já a partir da mais tenra idade. O 2CV, principalmente na versão van, é o Uno com escada no teto da França.
O design era secundário no 2CV, e embora hoje gere um sentimentozinho reconfortante e quentinho de nostalgia, na sua época era na verdade um porém, um contudo, um todavia. “O Deux Chevaux é barato, inteligente, confiável, útil e divertido. Pena que é feio de dar dó né?”
Qualquer réplica traz de volta apenas a parte que na verdade é indesejável dele. E fala a verdade; isso é uma vaga lembrança de um 2CV. Como se todos os 2CV (e as fotos com eles) tivessem desaparecido, e alguém o refaz segundo memórias de 50 anos atrás…
Mas enfim, o que é este carro? O construtor italiano de carrocerias Caselani cria um body kit de fibra de vidro para montar num Berlingo atual e lhe dar esta aparência “retrô”. O resto do carro permanece inalterado. Mas o mais incrível é que a Citroën aparentemente licencia oficialmente a conversão. Pode-se comprar versões de carga, de passageiros, e a mista “Crew Cab”.
O moderno Berlingo 2CV Fourgonnette vem do designer da Caselani, David Obendorfer. Ele cria uma nova grade e um capô revisado e faróis grandes e redondos se encaixam na frente dos para-lamas. As laterais corrugadas, que eram de metal fino nos 2CV abundam, mas aqui são em fibra de vidro rígida, aparência apenas.
Não é o único modelo da empresa: a Caselani já oferece uma conversão em Citroën Type H ( a baseada no Traction Avant, e lançada em 1948), em duas versões de tamanho: com base na Citroën Jumpy (um tamanho acima do Berlingo), e também da van full-size Jumper. Estranhamente parece ainda mais simpática; talvez por ficar mais parecida com o original.
A Caselani começará a receber pedidos para o Berlingo 2CV Fourgonnette em 1º de outubro. A produção começará em janeiro de 2023. O preço não foi divulgado, mas eu faço uma previsão corajosa: vai ser mais caro que comprar um 2CV van restaurado na Europa. E obviamente mais caro que um Berlingo novo, sem a indumentária cosplay de 2CV. Alguém quer apostar? (MAO)
BMW LDMh está pronto para competir
O BMW M Hybrid V8 desembarcou nos EUA, onde fará sua estreia em competição em janeiro próximo. Para isso, o BMW LDMh recebeu o livery final de corrida com enormes logotipos “M” e as três cores famosas da submarca, que está comemorando seu 50º aniversário em 2022.
O carro de corrida, apresentado em um evento em Los Angeles no Petersen Museum, usa uma das maiores grades BMW duplo-rim que já foi vista, mas é larga ao invés de alta como os “dentes de castor” dos carros de rua. É também iluminada em sua borda.
Não, não é o hoje onipresente diodo que emite luz, conhecido pelo acrônimo LED; a luz é gerada por uma fibra óptica nanoativa acionada por um laser. A tecnologia, que vem da empresa suíça L.E.S.S., foi vista anteriormente no supercarro-conceito M Vision Next da BMW em 2019. É mais leve que o LED, o que faz sentido em um carro de corrida. As grades funcionam também como entradas de ar, que depois são canalizadas através da carroceria do carro para criar downforce.
Para a classe GTP do próximo ano do Campeonato IMSA, as duas BMW’s serão pilotadas por Connor De Phillippi, Philipp Eng, Augusto Farfus e Nick Yelloly. Além disso, para as 24 Horas de Daytona, mais um piloto será envolvido no esforço: Colton Herta, originalmente da IndyCar.
A BMW M Motorsport anunciou também que o mesmo carro vai correr na Europa a partir de 2024. Participará do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), o que significa que vai correr em Le Mans. BMW M Hybrid V8 entrou na fase de testes dos EUA no início desta semana em Sebring. (MAO)
Ford lançará Mustang Mach-E, e-Transit e Maverick híbrida no Brasil
Desde que entidades como o Global NCAP, com ajuda do velho nêmesis da indústria, Ralph Nader, começaram a acusar as empresas americanas a dar mais valor às vidas americanas que às vidas daqueles que nasceram fora de suas fronteiras (especialmente, claro, ao sul), um cuidado extremo começou a acontecer para que esta impressão não se mantivesse.
A GMB deixou de ignorar o LatinNCAP, por exemplo, por isso. Outra iniciativa relacionada é o impulso de eletrificação da GMB, mesmo que pareça uma furada aqui nos trópicos. Não importa: a matriz não quer parecer estar se eletrificando nos EUA, e continuando a vender carros com motor a combustão onde são permitidos. Também simplifica as coisas: investir só num tipo de propulsor, mundialmente, rezando para tudo dar certo. E se não der, afinal de contas, há sempre a chance do governo americano ser imputado como culpado, e ser obrigado a resolver a falência iminente, como já fez antes.
As coisas na Ford não são diferentes, e por este motivo o impulso de eletrificação começa a aparecer por aqui também. A Ford anunciou que para 2023 vai ter três ofertas novas eletrificadas: a picape Ford Maverick híbrida, o Mustang Mach-E (um SUV elétrico) e a Van de entregas elétrica e-Transit.
A nova opção no Maverick é um 2,5 litros de ciclo Atkinson, com 164 cv a 5.600 rpm e 21,4 kgfm a 4.000 rpm, combinado a um motor elétrico de 128 cv e 23,9 kgfm. A Ford diz que a potência combinada não é a soma dos dois: é de 193 cv. É apenas tração dianteira neste caso, e a suspensão traseira por isso passa a ser por eixo de torção.
O objetivo é economia de combustível aqui: obviamente é um carro mais simples que o 4×4 Ecoboost já a venda, que tem 253 cv. As médias de consumo oficiais para os Estados Unidos, com gasolina sem Etanol, são de 17,8 km/litro na cidade e 14 km/litro na estrada, chegando a 15,7 km/litro no ciclo combinado. Números que piorarão aqui, mas certamente serão também interessantes.
Depois deste Maverick, na verdade apenas um carro a combustão auxiliado por motor elétrico, vem o elétrico de verdade da Ford: o Mustang Mach-E, apresentado nos EUA em 2020. Mustang aqui é só nome: é um SUV diametralmente oposto ao que o nome significa. Parece um HR-V, mas maior.
Mas é um elétrico de sucesso nos EUA. A Ford ainda não revelou qual versão virá para o Brasil, mas especula-se a versão GT com o pacote Performance Edition. As baterias de 91 kWh dão autonomia de 418 km nesta versão, e o carro tem 487 cv e 87,6 mkgf de torque constantes desde zero rpm. O monstrengo que pesa quase 2300 kg ainda assim é capaz de fazer 0 a 96 km/h em 3,5 segundos.
Por fim, mais um elétrico: a E-Transit, furgão elétrico apresentado lá fora em 2020. O Transit elétrico estará disponível em três configurações: furgão de carga, plataforma e chassi-cabine. Tem a mesma capacidade de carga do carro normal: 1.724 kg na versão de furgão e 1.946 kg na variante chassi-cabine. O motor elétrico de 269 cv e 63,8 kgfm está no eixo traseiro. A bateria é de 67 kWh, o que dá 202 km/dia. A Ford coloca a média de uso desses carros em 120 km/dia para justificar esta autonomia relativamente baixa, adotada, sem dúvida, para não prejudicar a capacidade de carga. (MAO)
Honda NSX com carroceria VeilSide a venda
Esta vai direto para o pessoal que foi criado assistindo aquela série de filmes de uma família criminosa cujas atividades atravessam décadas e se tornam uma tradição infindável. Não, não a família Corleone; a nefasta família mafiosa chefiada pelo Godfather Toretto. Sim, ela mesmo: a infame franquia Velozes e Furiosos.
Isso porque a Vueirusaido kabushiki gaisha, mais conhecida como VeilSide, um tunador japonês originário das redondezas do circuito de Tsukuba, é uma das grifes mais constantes nos filmes. Como normalmente faz kits de carrocerias malucos e diferentes, seus carros são facilmente identificáveis: apareceram em seis filmes da série, inclusive no original de 2001.
Agora, um carro japonês icônico, com um kit VeilSide de época, apareceu a venda. Baseado num Honda NSX 1991, é sonho para os criados no universo tuning japonês dos anos 2000.
Este exemplo específico vem equipado com um conjunto de rodas de liga leve estilo turbina medindo 19 polegadas na frente e 20 polegadas na traseira. Absolutamente todo painel de carroceria parece ter sido alterado; dos paralamas alargados ao para-choque mais baixo, dos faróis de desenho diferente (e agora não mais escamoteáveis) até a asa traseira; parece ser outro carro. O toque final são os tubos de escape duplos personalizados montados no centro. O carro foi repintado em 2021 em sua cor vermelha original.
O interior também é simplificado, com mais cara de carro esporte que o acabamento de luxo do Honda original. Muita Alcantara, um volante esportivo, painel digital e insertos de fibra de carbono.
O motor central traseiro, um V6 VTEC de 3,0 litros é ligeiramente mais potente que o original, aos 300 cv. O carro tem apenas 12,780 km rodados e está a venda em Estocolmo, Suécia, em um site de carros especiais, por um valor equivalente a R$ 308.115. Achou caro? Esta tunagem japonesa sempre foi extremamente cara, mesmo quando era nova. O que ajuda a explicar o motivo dos Toretto terem escolhido uma vida de crime. (MAO)
Funeral da Rainha quase cancelou o GoodWood Revival 2022
A Rainha Elizabeth II morreu em 8 de setembro – apenas 10 dias antes da data marcada para o GoodWood Revivel meeting acontecer. Se seu funeral tivesse acontecido no domingo, 18 de setembro, os organizadores teriam cancelado tudo, disse Mark “Feathers” Featherstone, um dos diretores do evento, ao site “The Drive”. A equipe realizou reuniões de emergência antes do fim de semana do evento para determinar se deveria acontecer. Mas, visto que o funeral acabou acontecendo na segunda-feira, 19 de setembro, e que a atitude da rainha sempre foi a de perseverar mesmo em tempos de dificuldade ou crise, o Goodwood Revival não precisou ser adiado.
Obviamente um evento que ocorre pelas benesses do Duque de Richmond, não podia deixar de prestar atenção nos protocolos necessários em casos assim. Todas as bandeiras estavam a meio-mastro, e todos os funcionários tinham uma faixa preta na manga, mostrando luto. Na sexta-feira, sua alteza Charles Gordon-Lennox, o duque de Richmond, liderou uma homenagem à rainha com um discurso, e um filme mostrado no telão sobre a vida da rainha. Um minuto de silêncio foi observado, marcado por tiros de canhão. Havia também um livro de condolências em exibição que os visitantes podiam assinar.
O famoso evento, onde todos se vestem como em 1965 e esforços são feitos para reviver o clima das competições inglesas desta época, ocorreu normalmente afora isso, de sexta-feira, 16 de setembro, a domingo, 18 de setembro. (MAO)