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Mercedes irá ressuscitar o CLK, agora rebatizado como CLE
Você acha que é só o sr. Miyagi e os burocratas brasileiros que mudam de ideia constantemente, saiba que os alemães da Mercedes agora também estão nesse grupo. Depois de matar os cupês CL e CLK para criar cupês individualmente para as classes C, E e S, a Mercedes agora decidiu que essa troca não foi uma boa ideia e vai voltar a fazer um cupê para substituir os cupês da Classe C e da Classe E. Ou seja: vão relançar o CLK.
Caso você não saiba, o CLK sempre foi, basicamente, um cupê com visual de Classe E feito sobre a Classe C. Eles mantiveram essa característica até mesmo no relançamento do Classe E Coupé em 2010 — o E Coupé e o C Coupé compartilham a mesma base, com as mesmas dimensões básicas. Isso fica evidente quando se compara os dados e quando se observa os códigos de projeto: o CLK de primeira geração é o C208, seguido pelo C209 e o Classe E Coupé é um C207.
O fato é que um C Coupé e um E Coupé, separadamente, nunca fizeram muito sentido. Os carros têm portes parecidos, compartilham motorização e nunca conseguiram se distanciar na proposta. Afinal, a única diferença entre os dois era o nível de refinamento de acabamento e alguns itens de série. Agora, com todos os desafios que o mercado tem para esta década e com os carros ficando cada vez mais parecidos, parece sensato que o CLK volte a existir substituindo dois carros.
O modelo já está em testes e já foi flagrado na versão conversível. Como a Mercedes não usa mais o K em sua nomenclatura, ele será batizado como CLE, o que o coloca posicionado mais como um Classe E do que um Classe C — exatamente como foi o CLK. Outro fator que colaborou para a decisão da Mercedes, certamente foi a ausência de um modelo para enfrentar Audi RS5 Sportback e BMW Série 4 Gran Coupe — ironicamente, modelos derivados da moda que a própria Mercedes lançou em 2005 com o CLS.
Por isso, o novo CLE, além de substituir os cupês e cabriolets das Classes C e E, também dará origem a um cupê de quatro portas de porte médio, posicionado entre o CLA e o CLS e apontado para os rivais mencionados acima. Ainda não há detalhes técnicos sobre o modelo. A imprensa europeia menciona que ele será baseado na plataforma da Classe C, como o CLK sempre foi, porém com a adoção das arquiteturas modulares, essa afirmação não faz mais tanto sentido, visto que a Classe E usa a mesma plataforma MRA da Classe C e o modelo terá de ser um intermediário entre os sedãs da Classe C e da Classe E para não se tornar um Classe C sedã com menos espaço interno. (Leo Contesini)
Cientista-chefe da Toyota: nem todo mundo deve dirigir elétricos
Por mais que a gente ache a frase óbvia, quando ela é dita pelo cientista-chefe do maior fabricante de automóveis do mundo, ela pega um peso maior, e mais gente tende a escutar. Gill Pratt, Cientista-chefe da Toyota, disse na quinta-feira no Reuters Events Automotive Summit, segundo o site Autoblog: “Muitas pessoas têm opiniões fortes sobre mudanças climáticas, mas nem todos deveriam dirigir um veículo elétrico a bateria como forma de combatê-las.”
Pratt apenas ecoa a posição da companhia, que já foi ventilada algumas vezes: Os governos devem ter como objetivo reduzir as emissões de carbono, não escolher qual tecnologia automotiva é a melhor maneira para atingir esses objetivos. Mesmo cientistas que estudam isso intensamente não tem certeza ainda qual será a melhor solução. A Toyota advoga que, impostos limites progressivos de emissões, a melhor solução aparecerá organicamente, seja ela hidrogênio, elétricos, híbridos, ou uma mescla de todos. Ou algo novo, ainda não descoberto; a pesquisa continua.
Parece bem mais lógico que simplesmente proibir motores de combustão interna numa canetada, sem se importar com o que isso fará, não é? Pois é. Mas um político fica conhecido não com políticas inteligentes com resultado a longo prazo, e sim com leis impactantes, que dão manchete. E político conhecido é político eleito. (MAO)
Novo modelo Rolls-Royce Black Badge será revelado na semana que vem
É aqui um dos raros momentos em que fico feliz que o late, great Leonard “LJK” Setright já tenha deixado este plano. Da Inglaterra vem a notícia de que semana que vem será lançado o mais novo Rolls-Royce com o tratamento “Black Badge”, logotipo preto.
A empresa diz que as versões Black Badge, mais esportivas e com decoração mais em linha com um público mais jovem, apesar de serem as versões mais caras, já representam 27% das vendas da marca. Como ocorre com AMG e BMW M, parece que em breve não existirá mais carro de luxo normal, sem logotipos esportivos. Na AMG agora até existe um “Black Series”, aparentemente esses os AMG de verdade, diferenciados dos AMG “comuns”.
Mas voltando ao Black Badge, o logotipo foi aplicado a vários modelos nos últimos anos. O Rolls-Royce Cullinan, Wraith e Dawn estão todos à venda com variantes Black Badge, e o Ghost da geração anterior recebeu uma edição em 2009. O que nos leva a crer que o próximo será baseado no Ghost atual.
A submarca foi criada como uma forma de atingir um novo tipo de comprador, que a empresa descreveu como “uma clientela Rolls-Royce cada vez mais jovem e rebelde”.
E é aí, nesta frase, que LJK Setright, mesmo morto a quase quinze anos, dá um duplo carpado reverso dentro do seu caixão. Rolls-Royces, ele me ensinou, são carros adultos para adultos com discernimento e classe. Devem ser silenciosos, potentes e confortáveis; a velocidade vem como algo normal, sem drama, invisível. Nunca como algo propagandeado ao exterior. Esportivo? Good God, no!
Clientes como Keith Moon e John Lennon podiam ser rebeldes, jovens e criativos com seus Rolls; mas era um problema deles, não da Rolls. E certamente não geraria uma Moon edition. O que me faz pensar, não seria “Moon edition” melhor que “Black Badge”? Não; Moon e Lennon são coisa de velho.
Mas divago; o mundo agora é outro e não há lugar para essas bobagens de “princípios” mais; se há dinheiro em logotipos pretos e clientes rebeldinhos, by God, a Rolls-Royce ativamente irá atrás deles! Sic transit gloria mundi. (MAO)
Gendarmerie nationale da França encomenda 26 Alpine A110
Numa ação que deve subitamente aumentar sobremaneira os pedidos de filiação à tropa, a força policial nacional francesa, Gendarmerie nationale, informa que em breve receberá uma frota de Alpine A110.
O Ministério do Interior do país anunciou que encomendou 26 exemplares do A110 Pure, o modelo básico da gama, como parte do processo de “rejuvenescimento e modernização” da frota policial. Esse processo significa que os Alpines irão eventualmente substituir os Renault Megane RS usados pela força desde 2011. E embora o A110 de dois lugares não seja tão prático e espaçoso quanto o Megane, ele deve ser mais rápido.
Esta não é a primeira vez que os policiais franceses se apertam para caber num minúsculo A110, claro; na década de 1960, a força usava o A110 original, que era um carro bem menor. Os novos carros serão equipados com luzes policiais, sirenes e equipamento de rádio da empresa especializada em conversão, Durisotti.
O A110 é um carro seriamente rápido, sabemos bem: movido por um motor turbo de 1,8 litros e 250cv, pode atingir 100 km / h em 4,5 segundos e chegar a 250 km/h. E será divertidíssimo perseguir bandidos se eles fugirem para as montanhas! Vive la France! (MAO)
Hyundai Creta terá facelift inspirado no novo Tucson – mas não espere vê-lo tão cedo por aqui
Recém-reestilizado no Brasil, o Hyundai Creta deve ganhar uma cara nova no exterior. O modelo, que já foi reestilizado em 2019 lá fora, acaba de ganhar um teaser, mostrando que ele terá o mesmo visual do novo Tucson, com os faróis integrados ao design da grade dianteira — uma solução ousada para quebrar a monotonia do design moderno.
Apesar da novidade na dianteira, o restante do carro, incluindo as polêmicas, porém autênticas, lanternas traseiras e o interior, permanecerão inalterados — infelizmente ele não terá a lateral vincada do Tucson.
Evidentemente, por ser recém-lançado no Brasil, o modelo deverá levar ao menos dois ou três anos para ser reestilizado. Segundo o Autocar India, o facelift irá estrear na Indonésia, depois China, Rússia, Tailândia e, possivelmente, no Brasil, de acordo com a ordem de lançamento do modelo atual. (Leo Contesini)