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Project Cars Project Cars #36

A volta do Tempra V6 Quadrifoglio Verde – o Project Cars #36

Bom, pessoal, tive que dar uma pausa estratégica no projeto, mas achei muito legal que vocês estão gostando e até sentiram falta da saga do projeto #36 Fiat Tempra V6 3.0 24V Quadrifoglio Verde. Não é mole dar continuidade a um projeto tão grandioso e com tantas modificações como esse; ainda mais nesses tempos de crise que estão assolando o país, e devido a ela os meus prazos mudaram, como diria nossa querida presidenta: “Nós não vamos colocar uma meta. Nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”. Vi que todos ficaram impressionados com a história do Uno com recheio de Idea, e já procurei por todo canto da internet e não consegui achar de novo. Na época eu li toda a história, vi as fotos do processo, mas infelizmente não tive a maldade de salvar o texto e nem as fotos, foda, porque valia muito à pena, mas paciência, vida que segue.

Voltando a nossa novelinha, ao que tudo indicava o Stilo era a escolha perfeita pra mim, ou pelo menos eu pensava, perdi muito tempo de projeto por conta dele, primeiro pra conseguir pegar um completo no leilão e depois tentando achar outro que não fosse sucata, para transplantar as peças, mas nada que eu me importasse. Depois que eu desisti de continuar procurando e decidi que o Stilo realmente iria morrer, o projeto começou a caminhar, comecei a pesquisar sobre e procurar informações com pessoas que estivessem mais ligadas a eletrônica e principalmente ao sistema elétrico do Stilo. Na teoria é até fácil fazer o transplante, e dependendo do caso, na pratica também, só que o meu problema era mais embaixo.

Capa

O Tempra vai ser manual, e o Stilo era Automatizado, ou seja, o carro, ou melhor, a central eletrônica fazia todos os parâmetros baseando-se no câmbio, e adaptar o robô que faz as trocas de marchas do Dualogic na caixa do Alfa seria praticamente impossível, (porque não acredito que nada seja impossível, rsss ), sendo assim a Idéia seria desmembrar, ou isolar o chicote do câmbio, mas a merda e que tudo era integrado, teria que estar trocando algumas coisas para poder usar o chicote, e mesmo assim não era garantido que iria funcionar. Até agora essa seria a primeira vez em que um item do projeto realmente me dava dor de cabeça e me fazia pensar com mais afinco.

Depois de muito pensar, resolvi que seria muito complicado e trabalhoso, trabalhar com a eletrônica do Stilo, ou seja, essa foi a primeira manota do projeto, fiquei puto ? Claro que não, servia como aprendizado, rss. Voltei a pensar numa solução mais plausível e simples para a parte elétrica, e como sempre, nada normal poderia surgir. Qual foi a solução encontrada ? O Tempra é sedan, nada mais justo que usar um chicote de carro sedan, seria mais fácil de adaptar, na teoria. E qual o sedan que a Fiat tinha no momento? Linea! Pronto estava solucionado o problema, era só arrumar uma sucata de Linea, qual a vantagem dela, o chicote com eletrônica era mais simples que a do Stilo.

O pré-requisito e que tinha que ser o Top dos Top dos Linea e não poderia ser Dualogic, pra não dar merda; o mais completo seria o Absolute, mais fácil de achar, mas era Dualogic, então sobrou pro Linea T-jet, que era mais completo que o Absolute e era manual, então vamos passear no leilão de novo, dessa vez em busca de uma sucata de Linea T-jet, mas aí que estava o problema: o Punto T-jet, que foi um carro que teve boas vendas já era difícil de achar, imagina um Linea T-jet, seria como achar uma agulha no palheiro, mas quem está na chuva é pra se molhar, que comece a busca.

Linea

Por incrível que pareça não demorou nem duas semanas para aparecer um, nem acreditei, fui olhar o estado do carro, e infelizmente estava bem ruim, mas para o que eu precisava estava excelente. Essa seria a primeira sucata que eu compraria em que provavelmente o dono não havia sobrevivido, só lembrando que o dono do Stilo, que apesar de ter capotado estava bem, consegui encontrar e conversar com ele, por coincidência ele fazia parte do Clube do Stilo, assim como eu, então foi só procurar o Tópico sobre acidente, menos mal. Mas no caso do Linea, espero que o dono não tenha falecido, mas acho improvável, mas enfim, Deus conforte a família e dê paz para eles.

Voltando ao leilão, como sempre ansiedade a mil, e o lote era um dos últimos, os lances começaram bem disputados, eu estava na minha, geralmente deixo pra dar o lance só no final, apesar do carro estar ruim, o motor estava bom, não foi atingido, então para os ferros velhos era lucro na certa, aí que foi a minha derrota. Sempre vou com um valor máximo na cabeça, e como a sucata estava muito disputada, vi que esse valor seria facilmente ultrapassado, até que no final, de seis pessoas dando lance, sendo que eu era o único particular.

A disputa acabou ficando entre eu e um ferro velho, só que o cara não largava o osso, depois fui entender o porquê, ficamos trocando lances de 100 em 100 reais, nesse momento o meu limite máximo já tinha ido pro saco, já estava pensando de onde iria tirar dinheiro para completar o valor, e o ferro velho não desistia nem a pau, até que o valor do Linea que estava horrível, chegou ao mesmo valor que tinha pago no Stilo, aí vi que realmente o ferro velho não iria desistir, além do mais, esse seria o sexto carro que eles estariam arrematando no dia, disputa injusta.

Posicao de dirigir Linea-SW

Dei meu último lance em vão, desisti e o ferro velho arrematou o Linea, foi a primeira vez que realmente fiquei puto de perder um lote, afinal de contas eu não sabia quando iria aparecer outro Linea T-jet, sucata. Antes de ir embora, fui até o pessoal do ferro velho, e logo que fui chegando eles já falaram, (taí o cara que tava querendo ferrar nosso negócio) não arreguei e confirmei que era eu, muito humilde perguntei onde era o ferro-velho, porque eu tinha interesse em algumas partes, os caras foram super gente boas, me deram o endereço e marcaram o dia que eles pegariam o carro.

Sendo assim fui, no dia que o carro chegou, fui lá tentar negociar, pra eles o que vale é fazer dinheiro, então ofereci a minha sucata de Stilo na troca pela do Linea, mas o Stilo já estava sem teto e sem roda, porque eu já tinha vendido, eles não concordaram em trocar pau a pau, acabei fazendo um acordo com eles, onde saí com o Linea depenado, mas com tudo que eu precisava dele (chicote completo + todos os periféricos eletrônicos), não foi o melhor acordo que fiz na minha vida, mas com o que eu tinha vendido do Stilo, deu pra diminuir o preju, sendo assim o Stilo foi embora e eu era agora o proprietário de uma Sucata horrorosa de Linea T-jet.

Sucata em mãos, agora era hora de por a mão na massa e tirar o atraso do projeto, primeira coisa era cortar a lata e retirar as peças que não serviam e atrapalhavam de trabalhar. Feito isso o próximo passo era retirar o chicote e à eletrônica com muito cuidado e etiquetando aonde cada uma iria e sua utilidade, desmontar o Linea foi moleza, o problema agora era passar para o Tempra. Lembrando que o Linea tinha air-bags duplos, Blue-Me Nav, ABS, Ar digital, sensor crepuscular, piloto automático, etc, e tudo isso tinha que ir parar no Tempra.

Painel e ABS

Para facilitar um pouco a minha vida, usei a base de painel do Linea, nela é fixada a coluna de direção, caixa de ar condicionado, air-bag do passageiro e o blu-me Nav, usei o suporte original da base do painel da SW, depois de algumas medições, cortes e soldas, a base do painel do Linea agora se encaixava dentro do Tempra como Plug-in-play, mas aí surgiu outro problema, a parede corta-fogo, a solução? Usar a parede corta-fogo do Linea, que já viria com todos os encaixes e buracos que eu iria precisar; corta daqui solda dali e pronto, o Tempra agora estava com a parede corta-fogo do Linea, e quem não conhece não saberia identificar a modificação, serviço foi feito na mesma funilaria que fez a soldas da frente de SW com a traseira do Tempra, então já estavam acostumados com minhas loucuras.

parede corta fogo

Pronto, tudo que me impedia de instalar a eletrônica no Tempra estava solucionado, agora era só instalar da mesma forma que vinha no Linea, o que não era muito difícil, mas era trabalhoso. Consegui fazer tudo num domingo de trabalho, e até que ficou bom, claro que na medida do possível. Lembrando que nada é definitivo, apenas mantive todos os periféricos na mesma posição que estavam no Linea, então acaba não ficando bonito para as vistas. Mas foi aí que o projeto agarrou, até aqui eu havia feito tudo sozinho com exceção da solda, mas o resto, planejamento, execução e etc, foram feitos por mim, praticamente sem ajuda de fora, a não ser por algumas dicas e opiniões de pessoas mais entendidas.

Posicao das pecas

Nesse ponto em que eu havia chegado, eu já não possuía a expertise necessária, ou seja, fazer o V6 funcionar e conversar com a eletrônica de Linea, impossível para alguns, mas como eu sempre digo, nada é impossível, basta achar a pessoa certa. Foi aí que um amigo do site destinado a amantes de Tempra, o (temprabr.com), me indicou um preparador que tinha acabado de sair da Fiat, (Welson Dutra) e poderia me ajudar com o meu caso. Mas tinha um problema: ele só trabalhava de portas fechadas, marquei com ele de ver o Tempra.

Nesse momento o Tempra estava com o V6 já instalado no cofre, e simplesmente ele ficou de cara, e não acreditava que eu tinha feito aquilo, vindo de um cara que era engenheiro da Fiat, era piloto e foi o CEO da Copa Linea, meu ego foi lá em cima, fiquei nas nuvens, rsss. Ele acabou aceitando o meu projeto e eu os valores, desde então meu carro se encontra na oficina dele, a W Motorsport.

No próximo post, vou mostrar como anda essa interação entre V6 e a eletrônica.

Por Diógenes Moreira, Project Cars #36

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