dizem que se voce quiser saber como sera seu carro daqui a 20 anos basta olhar para o mercedes classe s de hoje o modelo de luxo costuma estrear as novas tecnologias nao apenas na gama da mercedes mas tambem no mercado automobilistico foi assim com o abs com os airbags com o controle de traçao e estabilidade com a suspensao de molas pneumaticas e com o controle de rolagem da carroceria mas voce nao precisa esperar duas decadas para ter parte das tecnologias da classe s se comprar um classe a da mercedes — o que nao faz sentido algum afinal o baby benz e o modelo de entrada da marca o mercedes feito para jovens adultos ou familias que nao sao abastadas o bastante para arrematar um sonderklasse ou mesmo um classe c mas por alguma razao desde seu lançamento o classe a costuma receber algumas tecnologias da classe s antes mesmo de seus irmaos maiores foi assim na primeira geraçao a w168 que chegou as ruas com toda a suite de assistencias eletronicas da classe s da epoca w140 controles de traçao acr e estabilidade esp sistema auxiliar de frenagem de emergencia bas e distribuiçao eletronica de frenagem ebd em uma epoca que as classes c e e ainda nao dispunham de tudo isso nao que tenha sido proposital; a mercedes se viu forçada a fazer isso depois que a revista sueca teknikens valrd capotou um classe a em seu teste do alce eles corrigiram a carga da suspensao e como marketing e rede de segurança deram ao classe a os sistemas eletronicos da classe s [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 216165 216166 ] na segunda geraçao w169 lançada em 2005 as novidades foram a turbocompressao ate entao utilizada apenas pelo s600 e a suspensao adaptativa selective damping system que variava a carga do amortecedor de acordo com a velocidade do carro para entregar mais conforto ou melhor controle de carroceria de acordo com o uso era uma simplificaçao barata do sistema abc da classe s w220 oferecida na epoca a terceira geraçao w176 foi uma exceçao mas essa transferencia de tecnologias foi a primeira coisa que me veio a cabeça quando a mercedes anunciou que a quarta geraçao da classe a w177 seria equipada de serie com o quadro de instrumentos digital de duas telas — o mesmo oferecido como item de serie na classe s e como opcional na classe e — parte do sistema mercedes benz user experience ou mbux como e chamado comercialmente pela marca embora tenha sido o foco da comunicaçao da mercedes no lançamento desta quarta geraçao da classe a — sobrepondo se ate mesmo ao motor e ao design — o mbux nao e exatamente um recurso mas uma embalagem unificada para todas as tecnologias de bordo oferecidas no classe a ele engloba o sistema multimidia seletor de modos de conduçao controle do ar condicionado controle de iluminaçao interna e externa temas e configuraçoes de exibiçao do quadro de instrumentos sistema de navegaçao e pareamento de smartphone alem de um assistente virtual — que e a versao de bordo dos assistentes dos smartphones e computadores como a cortana do windows a siri da apple e o google now do android mais adiante veremos mais sobre ele antes disso vamos ao que realmente nos interessa as novidades do projeto as caracteristicas tecnicas e o comportamento dinamico deste novo baby benz para conhece lo de perto fizemos um bate e volta de sao paulo ate a riviera de sao lourenço em bertioga/sp — um trajeto de 240 km dos quais 40 foram percorridos em trecho urbano e os demais em rodovia igual mas diferente esta quarta geraçao do classe a adotou um design evolutivo em relaçao ao antecessor muito semelhante ao que a mercedes fez com a segunda geraçao em relaçao a primeira as linhas mais marcantes e a silhueta continuam as mesmas mas as dimensoes e os detalhes evoluiram sutilmente a nova geraçao e mais longa mas voce nao ira perceber isso sem o carro antigo ao lado o aumento de 13 cm vem em parte do entre eixos que cresceu 3 cm mas tambem dos balanços dianteiros e traseiros que ficaram sutilmente mais longos mas nao pense que a carroceria mais longa aumentou o espaço no banco traseiro as pernas dos passageiros ainda dependem da curvatura acentuada do verso dos bancos dianteiros o aumento beneficiou mais o porta malas que ganhou 29 litros e chegou aos 370 um volume mais condizente com o porte do carro [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 216120 216119 ] o que voce notara e que o novo classe a ficou mais largo so que isso nao aconteceu realmente e apenas uma ilusao causada pelos farois mais afilados pela grade mais larga e pelas lanternas que se estendem sobre a porta do porta malas a largura e 1 cm maior que o antecessor a dianteira tambem e sutilmente mais baixa o que colaborou para reduzir a area frontal e o coeficiente aerodinamico que era 0 26 na geraçao anterior e agora e 0 25 as laterais ficaram mais suaves sem o vinco inferior ascendente na porta traseira mas a dianteira compensa com a agressividade da grade incisiva que resultou em um visual muito proximo do cls ali a linha de cintura ficou mais baixa melhorando a visao mas sem matar a desejavel sensaçao de envolvimento que se tem nos bancos da frente falando neles os bancos nao sao mais esportivos como no a250 sport que tinha o encosto de cabeça integrado e apoios generosos para pernas e para o tronco neste a250 vision o encosto de cabeça e destacado os apoios sao mais modestos mas o banco ainda e envolvente e tem excelente amplitude de ajustes — que incluem a borda do assento para apoiar a parte posterior das pernas tanto o do motorista quanto o do passageiro tem ajustes eletricos com memoria para tres configuraçoes [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 216122 216110 216123 216111 ] la dentro o painel ainda e familiar mantendo as tres saidas de ar circulares na porçao central e a tela de 10 25 polegadas do sistema multimidia no topo so que agora ela e integrada a outra tela de 10 25 polegadas do quadro de instrumentos e repousa sobre um painel em escada com a parte superior recuada bem proxima da base do para brisa aumentando o espaço para o passageiro da frente e um design pouco convencional mas nao e algo que atrai a atençao mais do que deveria os materiais sao mais refinados que no antecessor e o colocam mais proximo da classe c ha um aplique plastico com um padrao tipo fibra de carbono estampado mas o aspecto nao e barato o mesmo vale para a textura da parte superior do painel e para o componente preto brilhante na parte central junto das saidas de ar mas a parte inferior do painel e o que te lembra que voce esta no modelo de entrada da mercedes ainda que seja um modelo de entrada de r$ 195 000 o plastico e leve com superficie rigida texturizada a tampa do porta luvas parece feita de plastico injetado com interior oco e uma articulaçao que nao passa o menor refinamento achei ela muito parecida com a do jeep compass — e se critiquei a qualidade do plastico no jeep imagine em um mercedes no classe a de primeira geraçao ela era mais refinada com revestimento de couro por fora e camurça sintetica por dentro alias o classe a de primeira geraçao foi uma lembrança recorrente enquanto me habituava a cabine deste a250 vision primeiro quando vi a tampa do porta luvas depois quando soube que o novo a250 nao tem cruise control adaptativo — o distronic como chama a mercedes — apenas um cruise control convencional e o limitador de velocidade exatamente como o tempomat e o speedtronic do classe a de 1999 o que e um contrassenso em um carro que usa a tecnologia como principal argumento de venda outra remissao ao meu velho a160 sim eu tive um classe a como alguns de voces sabem foi o ar condicionado que tambem e eletronico mas nao tem duas zonas de temperatura — um retrocesso em relaçao a geraçao passada desconfio que o sistema de uma zona so seja uma exigencia desta versao inicial do assistente digital ate pouco tempo atras conhecido como linguatronic ele agora e parte do sistema mbux e reconhece uma serie de comandos de voz depois que voce ativa lo dizendo ei mercedes ou ola mercedes ou qualquer outra saudaçao seguida do nome mercedes o comando de voz permite ajustar a temperatura do ar condicionado abrir a persiana do teto solar e controlar outras amenidades e possivel ainda controlar o sistema pelos comandos no volante pela tela central que agora e sensivel ao toque ou pelo trackpad posicionado no console central onde normalmente fica a alavanca de cambio achei o trackpad dispensavel por dois motivos primeiro ele nao e intuitivo como um trackpad de computador e clica apenas com o peso da mao segundo ele ocupa o espaço da alavanca seletora do cambio automatizado que foi parar na coluna de direçao e isso nao ficou bom nao e uma alavanca robusta como nos carros americanos ela e uma haste sensivel como a que aciona os limpadores do para brisa e tem tres posiçoes a partir do ponto morto n o movimento da alavanca para cima ativa a marcha a re para baixo ativa o modo drive d se voce estiver manobrando a passagem da re para o ponto morto e vice versa exige um movimento duplo ou entao voce segura a alavanca por uns poucos segundos na posiçao desejada para estacionar o carro e colocar o cambio no modo parking p ha um botao igualmente sensivel no topo da haste ja habituado ao interior chegou a hora de acelerar o carro o design evolutivo tambem se estende ao conjunto motriz do a250 formado por um 2 0 turbo e uma transmissao automatizada de embreagem dupla e sete marchas como seu antecessor a chamada 7g dct apesar das caracteristicas nominais serem as mesmas trata se de uma evoluçao do conjunto anterior com o codigo m260 o novo 2 0 e uma evoluçao do antigo 2 0 m270 sim o numero maior e o mais antigo aqui ambos derivam do mesmo projeto modular tem bloco e cabeçote de aluminio injeçao direta de combustivel comando variavel de valvulas camtronic diametro de 83 mm e curso de 92 mm mas o motor mais novo tem taxa de compressao mais elevada 10 5 1 ante 9 8 1 do motor antigo com isso a potencia passou de 211 para 224 cv e mesmo mais pesado que o antecessor o a250 consegue ser 0 3 segundo mais rapido na aceleraçao de zero a 100 km/h a mercedes declara o tempo de 6 2 segundos e velocidade maxima de 250 km/h supostamente limitada eletronicamente na cidade e na estrada uma das principais criticas a todos os classe a e que ele sempre foi um carro duro e pouco silencioso — fosse pelo isolamento da cabine ou pelo trabalho da suspensao mesmo na geraçao passada que representou um salto qualitativo na qualidade de rodagem e comportamento dinamico como disse mais acima o percurso de avaliaçao teve cerca de 20 km em trecho urbano com a pavimentaçao irregular paulistana seguidos por pouco mais de 100 km na rodovia dos imigrantes e na br 101/rio santos e um trajeto pouco exigente e que infelizmente nao nos permitiu explorar todo o potencial dinamico do carro ao menos deu para provar um pouco do sistema dynamic select que modifica parametros da direçao acelerador cambio e suspensao rodamos com o modo comfort ativado na cidade e o modo sport na rodovia o modo comfort entrega o que seu nome promete direçao leve para as manobras no transito respostas mais lentas do acelerador para ajudar na economia de combustivel e impedir trancos por pequenos movimentos do pe direito e uma suspensao bastante complacente com o tradicional arranjo mcpherson na dianteira e multilink na traseira o a250 rodou suave e transferiu pouco das irregularidades do asfalto remendado da cidade mostrando se nitidamente mais confortavel que o antecessor o isolamento acustico abafa ate mesmo o ronco do motor que e pouco percebido na cabine mesmo sob forte aceleraçao ja na rodovia os trechos mais sinuosos tem limites baixos demais para conhecer melhor o trato do a250 mas nas curvas mais rapidas com o modo sport ativado ele exibiu uma boa precisao ao apontar e ao contorna las com um bom controle da carroceria e peso adequado na direçao mas longe de ser ideal ha pouco feedback da direçao sobre o que os pneus hankook ventus s1 245/45 r18 estao fazendo a suspensao enrijecida pelo modo sport nao lida bem com bumps e irregularidades transferindo pancadas fortes e ruidosas para a cabine mais adiante na pavimentaçao de paralelepipedos da riviera de sao lourenço em bertioga/sp o a250 emitiu mais um lembrete sonoro de que e um modelo de entrada algum componente interno da da coluna b começou a vibrar esporadicamente e nao havia pressao ou tapa que o fizesse parar inaceitavel em um carro de r$ 200 000 mas o maior destaque do carro e mesmo o conjunto de motor e cambio os quatro cilindros respondem prontamente o chamado do pedal direito enquanto o cambio parece entender suas intençoes — aparentemente usando informaçoes dos sensores de posiçao do volante e de carga do acelerador ele nao tenta trocar marchas durante o contorno de curvas e reage com eficiencia aos movimentos do seu pe direito voce nao precisa dos paddle shifts para fazer uma ultrapassagem rapida ou ganhar velocidade rapidamente nesse sentido o achei muito parecido com o mini john cooper works de seis marchas alem disso o motor ele exibe uma pegada vigorosa desde 2 000 rpm em qualquer marcha e velocidade sem aquela sensaçao de estar amarrado em altas rotaçoes que acomete alguns carros turbo downsized bottom line nesta geraçao a mercedes mudou a estrategia de vendas do classe a no brasil o publico alvo continua sendo os jovens adultos de 25 a 35 anos talvez 40 ou mais eu diria e os principais argumentos de venda ainda sao a esportividade o design e a tecnologia mas se antes ele era oferecido nas versoes a200 a250 e a45 amg o encolhimento do segmento dos hatches medios levou a mercedes a apostar somente na versao intermediaria a250 equipada com suspensao traseira multilink e traçao dianteira custando r$ 195 000 o a250 vision seria uma declaraçao de guerra ao bmw m125i sport se o segmento ainda estivesse aquecido como ha dez anos o rival da baviera tambem usa um 2 0 turbo de 224 cv tambem acelera de zero a 100 km/h em 6 2 segundos antes de chegar aos 250 km/h de velocidade maxima limitada e tambem custa r$ 195 000 e aqui o a250 vision sai em desvantagem mesmo com o serie 1 prestes a sair de linha para dar lugar a uma nova geraçao ele tem traçao traseira cruise control adaptativo ar condicionado de duas zonas e um visual mais esportivo composto pelos para choques saias rodas e volante da bmw m para piorar a situaçao do mercedes a bmw ainda oferece o 120i que nao tem os 224 cv do a250 e do 125i m sport mas tambem nao custa quase r$ 200 000 por r$ 150 000 voce leva o 120i sport gp com 184 cv traçao traseira suspensao multilink ar condicionado de duas zonas e os mesmos sistemas de cruise control e limitador do a250 vision a mercedes ate teria no a220 de 190 cv um modelo para competir com o bmw mas por alguma razao a marca achou melhor apostar apenas no a250 vision e posteriormente nos modelos amg a35 e a45 que devem chegar como resposta aos audi s3 e rs3 indiretamente o a250 vision ainda podera esbarrar no golf gti e no mini john cooper works nao que o a250 vision seja um hot hatch — ainda falta algum refinamento na direçao e no controle da carroceria pela suspensao — mas dependendo da intençao do cliente o volkswagen quando equipado com todos os pacotes opcionais se torna uma opçao interessante por r$ 165 000 ele nao tem o status da estrela de tres pontas mas como esportivo ele e mais competente que o mercedes tanto na motorizaçao quanto no acerto dinamico se a exclusividade de uma marca premium for essencial uma possivel alternativa e o mini jcw que tem um pouco mais de status que o golf tambem atrai o publico jovem pela esportividade e pelo design dois dos argumentos de venda do a250 vision e custa r$ 180 000 nessa faixa alias o classe a tem ate mesmo o fogo amigo do c180 avantgarde o modelo e menos potente equipado com um 1 6 turbo de 156 cv mas e mais espaçoso e mais refinado uma vez que e de uma classe superior por r$ 188 000 ele oferece um pacote de equipamentos semelhante com seis airbags cruise control simples e sistema multimidia semelhante embora nao seja equipado com o mbux nem com o assistente digital e aqui voltamos a relaçao com as geraçoes anteriores o primeiro classe a aquele do fim dos anos 1990 tinha a missao de atrair um publico jovem para a mercedes em uma epoca na qual a imagem da marca era envelhecida duas decadas depois a marca ja se tornou admirada pelos jovens mais pela amg que pelo w168 mas agora ela precisara conquistar um publico mais ligado na eletronica que na mecanica nesse sentido o a250 vision e exatamente o que a mercedes precisa
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