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Afinal, como os carros autônomos do Google enxergam a rua?

Os carros autônomos do Google já estão por aí há quase cinco anos, e a gigante das buscas pretende colocá-lo no mercado a partir de 2018. Para tal, será preciso entregar um produto praticamente à prova de falhas — e, pelo que mostra este vídeo, eles estão bem perto disso.

De forma rápida e simples de entender, o vídeo explica como o carro autônomo usa sensores para “enxergar” o mundo ao seu redor, e mostra como o computador central do carro interpreta não apenas os obstáculos à sua frente, mas também atrás e dos lados.

Na verdade, os carros são robôs, equipados com lasers que mapeiam todo o ambiente ao redor do carro em 3D, além de radares com alcance de 150 metros nas quatro direções — alcance maior do que a visão de qualquer motorista. Contudo, o trabalho não estaria completo sem os sensores, que transformam pedestres, ciclistas, motociclistas e carros em caixas coloridas, de tamanhos diferentes, que são interpretadas de formas diferentes.

O “cérebro” do carro usa as caixas como referência para manter uma distância segura dos obstáculos na via, mesmo em movimento. Como a animação mostra, o carro corrige automaticamente a trajetória para passar em segurança pelas caixas roxas (carros, picapes e caminhões) com relativa facilidade. O problema maior são os pedestres e cicilistas, representados pelas caixas amarelas e vermelhas, respectivamente. Seu comportamento é mais imprevisível — por isso, a ajuda de pilotos de teste, como Priscilla, que apresenta o vídeo, é imprescindível mesmo em um carro autônomo.

Priscilla ajuda dando feedback sobre a maneira como o carro lida com situações inesperadas (como alguém entrando na frente do carro de repente, por exemplo) e ajuda os engenheiros do Google a “ensinar” a se comportar nestas diferentes situações. Graças ao trabalho de pilotos de testes, os carros autônomos do Google hoje são capazes de prever situações e prevenir acidentes — algo bem mais difícil de se fazer no tráfego urbano, cheio de veículos, pessoas e cruzamentos, do que em uma rodovia, onde todos os veículos estão mais ou menos na mesma velocidade e o trânsito é bem mais “monótono”.

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É importante, contudo, que os carros autônomos sejam aperfeiçoados ao limite antes de entrarem no mercado — até porque, em caso de acidente, uma falha humana é compreendida — afinal, humanos são seres imperfeitos, sujeitos a erros. Aos olhos da sociedade, porém, erros de uma máquina são inadmissíveis. Tanto que, em ambos os acidentes em que os carros do Google se envolveram (, ), a empresa apressou-se em esclarecer que a causa foi um humano.

De qualquer forma, é impressionante ver como, em tão pouco tempo, os carros autônomos evoluíram tanto e estão aprendendo a “pensar”. Não nos surpreenderemos se o Google conseguir atingir sua meta e lançar comercialmente o primeiro carro que se dirige sozinho daqui a quatro anos.