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Chevrolet mostra a nova Trailblazer 2025
Esta semana a Chevrolet mostrou imagens da nova Trailblazer. Para surpresa de ninguém, é a versão SUV da nova picape S10, com facelift extenso, novo interior, novo câmbio de oito marchas, entre outras alterações menores.
O Trailblazer há algum tempo é só diesel, abandonando o sensacional V6 DOHC de 3,6 litros a gasolina, importado. Seu chassi, diferente da picape, sempre teve suspensão traseira diferente e mais sofisticada: ainda eixo rígido, claro, mas aqui é um 5-link, com molas helicoidais. Tem sete lugares, mas a terceira fileira, como a maioria dos carros assim, é na verdade um +2.
A perua também há algum tempo vem em somente uma versão; antes era chamada de Premier, mas agora virou High Country. A traseira não recebeu investimento: é a mesma anterior. Lógico: a Trailblazer sempre vendeu pouco, abaixo do esperado pela GM, é é mantida em linha apenas por estar de carona na S10; gastar dinheiro aqui é algo que deve ser feito com cuidado. Mas é um carro que tem fãs fiéis; é bom que haja esforço para continuá-la.
De resto, herda as melhorias da nova S10, principalmente o investimento no motor turbodiesel de 2,8 litros, que agora dá 207 cv e 52 mkgf (aumento de 7 cv e 1 mkgf), e a nova transmissão automática de oito marchas. O novo acerto de suspensão e a melhoria no isolamento acústico da S10 se repetem aqui.
O lançamento é via um programa de televisão aberta, que, incrível, ainda existe, aparentemente. O programa se chama BBB, e parece que consiste em se colocar várias pessoas isoladas numa casa por muito tempo, até que todos menos um desistam. Ou algo parecido. O carro, que custará algo em torno de R$ 370 mil, será o prêmio do vencedor, e logo depois deve ser colocado à venda. (MAO)
O pacote de aniversário do Ford Mustang
Hoje, dia 17 de abril, é o aniversário de 60 anos do Ford Mustang. Sábado passado houve grande festa organizada pela Ford no autódromo de Interlagos para comemorar a efeméride, e hoje está acontecendo uma outra festa de aniversário “oficial” nos EUA, em Charlotte, Carolina do Norte.
A Ford americana mostrou também a inevitável edição comemorativa do carro. Na verdade, não é um modelo especial: é um pacote de acabamento opcional, o “60th Anniversary Package”.
Consiste, primeiro, em novas rodas de desenho exclusivo em 20 polegadas, e que a empresa diz serem inspiradas nas do carro original. No desenho, não no tamanho; o Mustang de 1964 tinha rodas de 14 polegadas.
Os emblemas “5.0” também são diferentes, e também inspirados nos do carro original, bem como o emblema GT na traseira. Listras laterais também são de design inspirado na iconografia Ford dos anos 1960. Uma grade exclusiva que incorpora um design de grelha diferente e retrô também faz parte do pacote. Os faróis fumê do pacote Mustang Nite Pony são adicionados.
O pacote está disponível apenas nas cores branco, Race Red ou Vapor Blue. Você pode ter a faixa lateral em vermelho ou prata e, na parte interna, as opções de cores internas são cinza, vermelho ou preto. Você também encontrará um emblema especial do 60º aniversário no painel de instrumentos.
De resto, nenhuma novidade; é o Mustang GT normal, com o V8 DOHC de 5 litros e 480 cv, que nos EUA pode ser acoplado à uma caixa manual de seis velocidades, ou, como aqui, com uma automática de dez. O pacote está disponível apenas no acabamento GT Premium, com motor V8; pode vir no conversível ou no cupê.
A Ford construirá apenas 1.965 Mustangs com o pacote do 60º aniversário. O preço será anunciado mais adiante, quando chegar às concessionárias americanas como modelo 2025. (MAO)
CEO da Alfa: esqueçam nomes e salvem a indústria!
O Alfa Romeo Milano Junior é the gift that keeps on giving. Mal teve seu nome publicamente mudado depois de uma reação horrível do público italiano, e as declarações do ministro da indústria italiano de que deveria ser ilegal um Alfa com nome da cidade de Milano produzido na Polônia, o CEO da empresa, monsieur Jean-Philippe Imparato, resolver reclamar um pouco sobre a coisa toda.
Não focou na resposta triste que o carro recebeu na nação italiana, que o repudiou tão veementemente quanto faz com a prática de cortar macarrão com faca: uma traição à nação. Não, claro que não; atacou o político que fez as declarações. Claro que atacar político é sempre bom; eles merecem. Mas soou aqui um pouco como uma resmungação de perdedor.
Em declarações à revista inglesa Autocar, Imparato disse que a decisão de mudar o nome do Milano foi tomada apesar do aconselhamento jurídico de que o nome não violava a lei e para evitar ser arrastado para uma disputa política. O que deve ser verdade.
“Quando me disseram que era proibido por lei – não é – eu disse: ‘Calma: não estou aqui para fazer política; Estou aqui apenas para fazer um Alfa Romeo que seja sustentável para o futuro.” – disse ele.
Disse também que o nome “criou um burburinho com o qual nunca poderia ter sonhado”, Imparato disse que o nome Milano foi revelado em dezembro e que se sabia há anos que o carro seria produzido na Polônia juntamente com o Jeep Avenger e o Fiat 600e, com que compartilha a plataforma Stellantis e-CMP. Desculpou-se por isso também: “não tive outra solução senão seguir a plataforma. Não consegui inventar uma solução local.”
Imparato sugeriu que os políticos europeus deveriam estar mais focados na ameaça crescente dos fabricantes de automóveis chineses – o que, segundo ele, representa o risco “central” para a Stellantis e para a indústria automóvel europeia no futuro.
“Quando vemos a MG lançar um carro com preço de 16 mil euros na Espanha, tenho a certeza que estão perdendo muito dinheiro com isso. Mas eles tem dinheiro”, disse ele. “Vemos a Tesla a cortar 10.000 euros ou mais e a reduzir as margens europeias de 18% para 7% ou 8% e vemos alguns dos nossos concorrentes alemães na China a trabalhar a -40% em termos de desconto para salvarem a sua operação. Ao ver isso, você tem que estar firme no custo total de produção de cada carro.”
Tudo verdade. Mas outro assunto, né? Não foi política que causou a confusão do novo Alfa. O ministro apenas aproveitou a onda para fazer seu nome, como é comum entre eles. O problema aqui é um produto que conseguiu alegrar quase ninguém num país onde esse tipo de coisa acaba sempre em macarronada. Parabéns por isso! (MAO)
O “Porsche 935” da Rezvani
Você tem um Porsche 911 novinho, mas não consegue o respeito que imaginou que teria entre os fãs da marca por ele não ser um S/T, um GT3, GT2, ou qualquer outra sigla que você nem sabia que existia antes de entrar nesse mundo? Descobriu então que precisa mesmo é de um dos “novos” 935 criados pela Porsche, mas não tem os mais de um milhão de dólares necessários hoje para ter um? Não se aflija, porschista chateado: a Rezvani tem a solução para seu problema!
Sim, a Rezvani, aquela empresa famosa por seus carros blindados estrambólicos cheios de acessórios como lança-chamas, lançador de pepper spray e tudo mais. É o Rezvani Retro RR1, disponível em três versões com potências que variam de 550 a 750 cavalos.
Basicamente é uma nova carroceria de fibra de carbono inspirada nos carros de corrida 935 slant-nose do final dos anos 1970. Mas Rezvani oferece uma visão interessante do capô inclinado com faróis retangulares estreitos semelhantes aos do Taycan. Mais atrás, as ancas traseiras alargadas fundem-se numa asa fixa. Rodas estilo turbofan completam o look 935.
Basicamente, qualquer 911 da geração 992 pode virar esse carro. Mas a Rezvani recebe encomendas de carros que podem começar sendo o 911 Carrera S, o GT3 ou o Turbo S. Potências de 550 até 750 cv são possíveis. Opcionais incluem suspensão, freios, gaiolas de proteção, cintos de corrida e janelas de policarbonato. Você também pode optar por uma pintura retrô personalizada para o exterior.
O preço básico? US$ 149.000. Não é barato, e não inclui o carro-base, só a conversão, e nenhum opcional. Mas ainda assim é bem mais barato que o 935 da Porsche. A produção total será limitada a 50 unidades e Rezvani já tem conversões em andamento com entregas previstas ainda este ano. (MAO)