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Automobilismo Notícias

Audi não irá mais disputar as 24 Horas de Le Mans

Michael Stipe diria que é o fim do mundo como o conhecemos. Não chega a tanto, mas é quase isso: a Audi, maior vencedora das 24 Horas de Le Mans nos últimos 20 anos, anunciou que encerrará seu programa de endurance no final desta temporada. São apenas mais duas corridas e, depois, adeus. Foi bom enquanto durou.

Ao longo de 18 anos a Audi se tornou a força dominante no Endurance mundial. Um carro da Audi no grid, ainda que distante da ponta, não poderia ser descartado da lista de favoritos. Prova disso é que de 185 corridas disputadas pelos protótipos LMP1 da marca, 106 foram vencidas por eles. E isso inclui 13 vitórias nas 24 Horas de Le Mans, nove títulos consecutivos na American Le Mans Series (ALMS) e dois títulos no Mundial de Endurance (WEC).

Mas como toda boa história, esta chegou ao seu fim.

A Audi fez o anúncio nesta manhã e o encerramento de seu programa de endurance tem relação direta com os prejuízos do Dieselgate — além dos recursos financeiros demandados para tal programa, seus carros disputam o WEC com motores diesel, o que não ajuda muito na imagem da marca. Some isso ao retorno da Porsche, que já era a maior vencedora de Le Mans antes da chegada da Audi e continuou vencendo após seu retorno em 2014 — além de faturar o título de construtores e pilotos deste ano —, e você tem as condições ideais para tirar a Audi de cena.

A saída da Audi do WEC não significa o fim do programa de automobilismo da marca. Eles agora se dedicarão à Fórmula-E, onde já atuam como parceiros da ABT (sim, a preparadora de modelos de rua do Grupo VW), e continuarão disputando a DTM, onde sua presença é obrigatória para fazer frente às rivais BMW e Mercedes.

Além disso, a Audi continuará vendendo seu R8 LMS para equipes independentes, e manterá a Audi Sport TT Cup, sua categoria monomarca. Ainda é possível que a fabricante se envolva oficialmente com o Mundial de Rallycross da FIA. Tal como a parceria com a ABT, a Audi pode passar a operar a equipe de seu ex-piloto Mattias Ekström, que venceu o título de construtores e pilotos deste ano.