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“Aumento da gasolina não se anuncia, se pratica” – reajuste sairá até o fim de novembro

A novela do aumento da gasolina ganhou um novo capítulo nesta semana. Como dissemos na semana passada, o reajuste foi discutido na reunião do conselho administrativo na última sexta-feira (31), e até já foi autorizado pelo ministro Guido Mantega, porém o valor e a data para o aumento ainda não foram definidos.

A reunião do conselho iniciou-se na sexta-feira, mas foi interrompida sem uma definição e retomada nesta última terça-feira. A discussão se estendeu por mais de nove horas na sede da Petrobras em Brasília e teve na pauta as denúncias de corrupção contra os dirigentes da estatal, os números do balanço da empresa e, claro, o reajuste dos preços da gasolina e do diesel.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, entregou ao ministro Guido Mantega — que é presidente do Conselho de Administração da estatal — um pedido de 8% de reajuste para reduzir o prejuízo da companhia — a Petrobras atualmente tem uma dívida estimada em US$ 130 bilhões.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, conce

Contudo, levando em conta a diminuição do preço da gasolina no mercado internacional, o ministro Mantega autorizou um reajuste de entre 4% e 5% para que o aumento seja moderado para o consumidor final, pois já não há mais defasagem em relação aos preços praticados no mercado internacional. O reajuste, contudo, ainda não é ideal para a Petrobras, que poderia estar gerando lucros em vez de recuperar-se de um déficit — o que também explica o pedido de 8% da presidente da estatal.

Em situações normais os preços são definidos pela diretoria executiva e aprovados (ou rejeitada) pelo Conselho de Administração, mas diante do avanço da inflação, os reajustes vêm sendo represados pelo ministro da Fazenda como forma de conter o aumento do índice.

guidomantega

Após a reunião, diante da expectativa pelo anúncio do reajuste, Foster declarou . Apesar da declaração de Foster, o reajuste deve ser anunciado até o fim deste mês e dentro da margem autorizada por Mantega — o governo está esperando o momento ideal para liberar o aumento de forma que não impacte significativamente a inflação, que já está acima do limite da meta oficial de 6,5%.

Quando for anunciado (e colocado em prática), o reajuste deve ficar entre 3% e 4% para o consumidor final — que geralmente se traduz em algo entre cinco e dez centavos por litro na bomba. A viagem de fim de ano será um pouco mais cara.