É isso ai! exatamente.

Não é impossível colocar em prática. Impossível é algum psicopata demente que cuida do trânsito no Brasil decidir tentar. Se for nesse sentido que você fala em impossibilidade, concordo plenamente com você.

Você disse que a questão é que nunca foi tentado, mas acho que a questão é porque nunca foi tentado? Concordo, já aconteceu comigo e que realmente essa questão de decidir o limite de velocidade parece ser decida no par ou ímpar.
 Mas continuo com a opinião de que com tudo o disse já é prova que dificilmente (desculpe o impossível) culturalmente e principalmente politicamente implementar essas coisas coisas no Brasil é inviável, já que simplesmente é mais lucrativo, sei que não é ético mas com tudo isso que disse e acontece o Brasil é?

Não acho que seja impossível. Da mesma forma que “reduzir e fiscalizar” supostamente educa o motorista, aumentar o limite e orientar os motoristas também educaria. A questão é que nunca foi tentado: toma-se como verdade que a velocidade tem que ser combatida e pronto, voltamos ao anos 1950 por preguiça técnica. Os aviões estão rápidos como nunca, os ônibus estão rápidos como nunca, as bikes podem ser rápidas como nunca, por que raios os carros têm que ser mais lentos? Em nome de uma segurança que nunca chega e que ainda não foi comprovada pela redução da velocidade? Reduzir a velocidade reduz as chances de acidentes da mesma forma que ficar parado dentro da garagem reduz a zero, mas a razão dos carros é a agilidade. Se você tira isso deles, acaba com o sentido da existência dos carros.

A Alemanha é uma prova disso: há trechos de 160 km/h, trechos de 120 km/h e trechos sem limites de velocidades e ainda assim morre menos gente do que no Brasil, onde a maioria das rodovias têm limites aleatórios variando entre 40 e 80 km/h, uns raros corredores viários de 100, 110, 120 e 130 (o mais alto do país, se não estou enganado) e 50.000 mortes por ano. É lucrativo pro Estado generalizar, coletivizar a culpa, baixar a velocidade geral, meter radares com limites incompatíveis com a realidade e dizer que o motorista brasileiro é irresponsável. É o motorista o irresponsável nessa história? Quem atribui limites aleatoriamente? Eu dirijo razoavelmente em rodovias e vejo várias incoerências de limites â€?tanto para cima quanto para baixo. A rodovia que dá acesso à minha casa é um exemplo: eu ando naturalmente a 60 km/h pois é a velocidade que julgo segura por se tratar de uma via de mão dupla, pista simples, com alto fluxo de caminhões, asfalto irregular (com gente desviando de buracos), curvas planas ou com inclinação “para fora” e muitos estabelecimentos comerciais nos arredores. Mesmo assim, o limite geral é 80 km/h com redução para 60 em dois trechos de subida cega. Por que esse limite é tão alto? Acontece um acidente fatal por semana, por que as autoridades não vêm aqui colocar limites de 60 km/h e radares? Por que a rodovia tem um centésimo do fluxo de uma grande BR? Nesse caso as pessoas morrem sem infringir limites de velocidade. No que a redução de limites nas Marginais de São Paulo irá contribuir para reverter esse quadro? Em nada. A velocidade não é um problema. O problema é a falta de seriedade com a qual a situação é tratada. Não existe rigor técnico para aplicação dos limites, eles são aleatórios, quase sempre baseados na geografia e arquitetura do projeto original adequadas à realidade da época. Nem mesmo o código de trânsito é claro em relação aos limites pois segmenta as vias em locais, coletoras, arteriais, expressas, estradas e rodovias, mas os critérios de definição do tipo variam de acordo com fatores sobre os quais o Denatran não tem competência para gerir, como por exemplo, a localização da via em zona rural ou urbana. Uma rodovia, segundo a definição do Código, não pode estar em zona urbana â€?nesse caso ela é uma via expressa. Mas rodovias passam por zonas urbanas, causando um conflito de conceituação que não pode ser resolvido pelo órgão máximo de trânsito do país, uma vez que quem define zona urbana ou rural é o município. Sem limite postado por sinalização, o limite assumido na rodovia é 110 km/h, mas em via expressa é 80 km/h. O motorista, por estar em uma “BR” sem sinalização de limite, assume que é seguro andar a 110 km/h, mas se ele estiver em uma rodovia em zona urbana, esse limite deveria ser mais baixo, tecnicamente. Nesse caso a culpa é da velocidade do motorista a 110 km/h ou do Estado que se omitiu na questão técnica? Claro, é muito mais fácil admitir que o cara estava rápido e pediu para morrer, culpar a velocidade, produzir limites artificialmente baixos e encher os cofres de dinheiro.

Com tudo isso o que disse, já é a prova que é impossível, cultural e politicamente (fiscalização, administração) implementar coisas assim explicitamente por aqui, entendi o que artigo disse, não foi um incentivo a altas velocidades, mas infelizmente alguns acharam isso (fator cultural). Muitos “motoristas” não sabem nem que estão cometendo infração ao andar abaixo da metade do limite da via. O fato de dizer que não é conclusivo já se pressupõem que estão estudando, planejando…e que caso é um caso ao citar Wyoming e Idaho.

Mike esquece o máximo que o instrutor deixa é andar de 3ª marcha cortando giro em algumas avenidas.
Fiz a prova segunda-feira e passei era um percurso “besta”, uma subida que mais parecia reta… se você fosse ágil faria em 2 minutos o percurso +/- (levei menos de 8 min) e peguei minha CNH.
 Fazia 2 aulas de 50 min cada, sempre na mesma avenida mesmo percurso na 3ª marcha cortando giro =)

Temos que tomar cuidado com o termo velocidade natural /operacional em rodovias brasileiras. Em Rondônia temos a BR 364 que corta o Estado. Dada as características da rodovia, que suporta um grande número de carretas, atravessa regiões pouco habitadas, que tem asfalto e sinalização de baixa qualidade, com muitos trechos sem acostamento, a velocidade máxima na rodovia é de 80 km/h, mas menos de 40 por cento dos motoristas andam nessa faixa. Eu adotei 100 km/h, mas até os caminhoneiros andam mais rápido que isso. A velocidade operacional nessa rodovia seria em torno de 110 km/h, embora eu mesmo já tenha sido jogado para fora da rodovia por uma carreta a 140 km/h.O problema é que a rodovia não tem estrutura para receber veículos rodando em velocidades de até 180 km/h (nem a 100) e fiscalização é algo que não se vê por centenas de quilômetros. Andar a 80 quando a maioria dos motoristas estão bem acima dessa velocidade é muito perigoso e isso tem que ser ensinado para os condutores . A velocidade de fluxo deve ser observada sempre, mas sem fiscalização o abuso impera.

Caro Leonardo, é exatamente por ser um ex-jaloper e conhecedor de longa data desta turma que eu tomo a liberdade de criticar quando necessário. A tua resposta é mil vezes mais instrutiva e embasada do que o conteúdo do artigo. Sem querer desmerecer o Dalmo, que produz excelentes artigos, este infelizmente não me convence.

Grande abraço.

uma multa de milão por trafegar na esquerda ia bem né ?? já q a esquerda é para ultrapassar

Ai a questão já é a formação dos condutores, que aqui no brasil é uma bosta! O que mais me irrita é isso, gente andando lentamente na faixa da esquerda.