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I believe I can fly: as mais bonitas, icônicas ou insanas asas traseiras da história

Dos componentes aerodinâmicos, certamente a asa traseira, ou aerofólio, é o mais icônico e lembrado — afinal, é o mais visível e capaz de mudar a cara de um carro. Não é à toa que, quando vão desenhar um carro rápido, as crianças fazem questão de colocar um aerofólio, mesmo sem saber para que ele serve. Mas quais são os carros com as asas traseiras mais emblemáticas, seja por sua beleza ou ousadia?

Nossa sugestão foi o Ford Escort RS Cosworth, mas sabíamos que existem muitos outros. Mas quais? Foi o que perguntamos ontem para os leitores, e agora é a hora de ver o que eles responderam!

 

Porsche 911 GT2 (993)

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Para muita gente a geração mais legal do Porsche 911 foi a 993, lançada em 1993. Não é difícil enteder a razão: o 993 representa o auge da plataforma original do 911, ainda com refrigeração a ar e com um visual que disfarçava muito bem os 30 anos de idade. Uma das versões mais adoradas pelos fãs é o 911 GT2, construído para homologar um carro de competição na categoria de mesmo nome.

O motor é um flat-6 de 3,6 litros com dois turbos e impressionantes 430 cv, potência que, em 1998, cresceu para 450 cv — impressionante para um carro de quase vinte anos de idade. Contudo, suas características mais marcantes são os alargadores de plástico nos para-lamas, que dão ao carro ares de japonês modificado, e a asa traseira de dois andares com aberturas que canalizavam o ar para o motor.

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Menção honrosa: talvez detalhe técnico e pelo aspecto matador, a asa do GT2 foi a mais citada e votada. Contudo, não há como não lembrar do clássico “rabo de pato”, o aerofólio do primeiro Porsche 911 Carrera RS, de 1972, aí em cima!

 

Dodge Charger Daytona / Plymouth  Superbird

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Estes muscle cars eram a elite banida da Nascar em 1969 e 1970. Primeiro foi o Dodge Charger Daytona, que recebeu um bico especial de borracha com faróis escamoteáveis, novos para-lamas  e uma asa traseira de 58,4 cm de altura — tudo para ficar com um perfil mais aerodinâmico, mais rápido e estável. Deu certo e o Charger Daytona venceu seis corridas entre 1969 e 1970, enquanto seu irmão, o Plymouth Superbird, venceu outras oito em 1970.

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Depois disso, a organização da Nascar achou que os chamados “Winged Warriors” (“Guerreiros Alados”) eram competitivos demais e os baniu das corridas. Seu legado, porém, são cerca de 3.500 unidades, contando com ambos, produzidas para homologação, e um visual tão emblemático que é imitado até hoje e homenageado no cinema, como em “Velozes e Furiosos 6”:

 

Subaru WRX STi 22B

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Verdade seja dita: todo WRX e/ou STi que se preze tem uma grande e exagerada asa traseira, também conhecida como tábua de passar ou mesinha de café:

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Temos certeza de que daria para fazer uma peça de aerodinâmica tão eficiente sem um visual tão exagerado, mas a verdade é que o visual do WRX precisa ser complementado por aquela enorme asa. Faz parte de sua personalidade: gostamos deles porque são barulhentos, feios (de um jeito bonito, claro) e exagerados — e rápidos, claro. Tanto que vê-lo sem a asa causa certo estranhamento e, nos mais radicais, até repulsa:

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Dito isto, a asa de qualquer WRX/STI poderia estar aqui, mas para representá-los vamos escolher um dos modelos mais emblemáticos, e um dos mais indicados por vocês: o STI 22B.

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Por que ele é o mais icônico? Além da carroceria cupê e do belo tom de azul, ele tinha um motor de quase 300 cv, para-lamas alargados feitos à mão, para-choque único e acerto de suspensão exclusivo. Também é um carro muito raro, com apenas 400 unidades fabricadas — que, dizem, esgotaram meia hora depois do lançamento.

 

Mitsubishi Lancer Evolution

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Por alguma razão o maior rival do WRX consegue ficar mais bonito sem sua asa traseira — quer dizer, menos feio: seu visual também precisa dela para ficar completo. Ao contrário da asa do WRX, porém, que já nasceu exagerada e quase caricata, a do Evo foi crescendo com o tempo, começando discreta no Evo I e, no Evo X, ainda mais exagerada do que a de qualquer WRX.

Gostamos de todas mas, se for para escolher uma versão icônica, seria a do Evo VI, que é uma das mais bonitas e pertence a uma das gerações mais lendárias — justamente a que coincidiu com a era de ouro de Tommi Mäkinen nos ralis.

 

Mercedes-Benz 190E 2.5-E Cosworth Evolution II

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Um grande carro, com um nome quilométrico e uma asa traseira das mais bonitas — e exageradas — já concebidas pela mente humana. Feito em 1987 para homologação do Campeonato Alemão de Turismo (DTM), o 190E Cossie já era um belo carro mesmo com o motor de 2,3 litros (passando dos 300 cv nos modelos de competição).

Contudo, é a versão Evolution II (nada a ver com o Lancer) que vai representar o modelo nesta lista. Lançado em 1990 e dotada de um motor maior e mais potente — um 2.5 de 202 cv —,  O 190E Evo II tinha um kit aerodinâmico muito mais ousado, com para-lamas ridiculamente largos (e muito bonitos) e uma grande asa traseira que era bem mais que decoração: ajustável, a peça aumentava do downforce e reduzia o coeficiente de arrasto aerodinâmico para apenas 0,29.

Existe até uma “lenda” contando que, à época, engenheiros da BMW fizeram piada dizendo que “se aquela asa funcionar, vamos ter que reprojetar nosso túnel”. Dizem que eles reprojetaram mesmo.

 

Suzuki Escudo Pikes Peak

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Dizem por aí que o Suzuki Escudo nada mais é do que o Vitara mais sensacional da galáxia — e, bem, se o motor V6 de 2,5 litros biturbo de 995 cv a 8.100 rpm e 95 mkgf de torque a 6.500 rpm montado em posição central-traseira for qualquer indicativo, ele é mesmo. Para evitar que um carro tão monstruoso decolasse em Pikes Peak, foi preciso instalar esta gigantesca asa traseira, que é só uma das coisas que fazem deste carro um ícone entre os gearheads. Você pode ler tudo sobre ele aqui!

 

Lamborghini Countach

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Como já dissemos aqui algumas vezes, quando o Lamborghini Countach foi lançado, em 1974, a impressão que se tinha era que aquele cupê com formato de cunha e motor V12 que substituía o elegante Miura estava uns dez anos à frente de seu tempo. E a sensação provou-se fundada quando, já em meados dos anos 80, o Countach de repente parecia perfeitamente de acordo com a década. Isto, sem dúvida, foi um feito e tanto de seu designer, Marcello Gandini.

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Agora, na verdade a asa traseira foi introduzida como opcional em 1978 — ainda que aumentasse a estabilidade em alta velocidade, a peça reduzia a velocidade máxima em 10 km/h e ainda obstruía a já limitada visão pelo vidro traseiro e até mesmo pelos retrovisores. De qualquer forma, seu visual complementava todos aqueles vincos, cortes e para-lamas alargados que só poderiam ficar bem nos anos 80, mesmo. Por isso a maioria dos clientes encomendava o Countach com a asa, tornando-a um símbolo do carro.

 

Honda Civic Type R 2015

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A Honda está prestes a trazer de volta o icônico Civic Type R, a versão mais potente de seu modelo mais conhecido, que será lançado ainda neste ano e, pela primeira vez, será equipado com um motor turbo de dois litros com comando variável V-TEC e “mais de 280 cv”, marcando sua transformação definitiva de esportivo minimalista e old school em um super hatch cheio de tecnologia.

O visual, mais agressivo do que nunca, ajuda a passar o recado, e culmina na grande asa traseira que integra as lanternas, dando a ela o aspecto de um par de chifres vermelhos e iluminados. De fato, este Type R tem tudo para ser diabólico.

 

Honda NSX

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Foto: Richard Le/Flickr

Há quem prefira a velha escola da Honda, porém, com motores giradores, design funcional e nada de indução forçada — e talvez o NSX original seja o carro que melhor representa esta fase da fabricante japonesa, com seu V6 de 280 cv, projeto que equilibrava praticidade e esportividade e visual clássico — incluindo o aerofólio, que quase não aparecia, sendo integrado de maneira sublime às lanternas e a todo o desenho da traseira. Dá até para esquecer que ele está ali mas, ao mesmo tempo, faria uma falta danada se não estivesse.

 

Toyota Supra GT

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Ainda falando de carros japoneses: talvez o carro que mais desperte saudades seja o Supra, cuja última geração deixou de ser fabricada em 2002. Naquele ano, o mundo perdeu um dos carros que melhor equilibram elegância e poderio bélico debaixo do capô. É só reparar na carroceria com capô longo e traseira curta, quase com um quê de grand tourer, e no seis-em-linha de três litros biturbo debaixo do capô que, com modificações relativamente simples (ênfase no “relativamente”), pode passar de 280 cv para quase o dobro. A asa traseira, quase um semi-círculo, reforça esta impressão com seu tamanho avantajado e seu desenho suave.

 

Ferrari F50

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Não faltaram indicações de Ferrari por parte dos leitores — especialmente a F40, que tem o nome do modelo em baixo relevo na asa traseira, e a LaFerrari FXX K, com suas duas pequenas asas nas extremidades —, mas a mais citada foi, incrivelmente, a renegada F50.

Renegada porque teve a dura missão de substituir uma lenda, e seu visual arredondado foi um choque para muitos fãs da antiga “deusa”, mas a F50 tem seus méritos — entre eles, um brilhante V12 de 4,7 litros e 520 cv na porção central-traseira de cada uma das 349 unidades produzidas (sim, ela é bem mais rara que a F40 e suas 1.315 unidades). E a asa traseira é suavemente integrada ao visual, a ponto de parecer que todo carro foi desenhado para terminar nela. Nada mais justo que incluí-la na lista, até porque a escolha foi feita por vocês. Parabéns!

 

Ferrari F40

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… o que não significa que a F40 deva ficar de fora da lista — afinal ela é, para muita gente, o melhor carro já fabricado pela Ferrari, e todos os elementos de seu design, incluindo, é claro, a asa traseira, foram projetados com o único objetivo de andar rápido, e sua beleza estonteante é quase uma consequência (claro, com um V8 biturbo de 2,9 litros e 478 cv, mas mesmo assim). Ver o “F40” em baixo relevo nas laterais da asa e não sentir arrepios é impossível.

 

TVR Sagaris

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O TVR Sagaris é um monstro, não há outro termo. Com carroceria de fibra de carbono cheia de cortes, aberturas e reentrâncias e um seis-em-linha de quatro litros e 385 cv e sem nenhum tipo de assistência eletrônica, é um carro que tenta te matar o tempo todo e deixa isto bem claro só de olhar para ele… até você chegar à traseira, que é decorada por um singelo aerofólio transparente, feito de acrílico.

É um toque de delicadeza inesperado em um carro que, em todos os outros aspectos, é um dos mais brutais já construídos no mundo.