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Zero a 300

BMW M3 Touring elétrico | O supercarro Cadillac | O restomod português e mais!

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BMW estaria preparando uma M3 Touring elétrica

A BMW recentemente aplicou um pequeno e discreto facelift nos M3/M4, e mostrou o M4 CS, efetivamente um CSL com descontão. O M3 Touring, um dos carros mais legais a venda hoje em dia (apesar da grade horrível) deve também receber uma versão CS no futuro próximo.

Mas a notícia hoje é que mais uma versão, esta bem diferente, do M3 Touring, também estaria sendo preparada. Segundo boatos na indústria originados em fóruns do Bimmer Post, a BMW está finalizando um M3 Touring elétrico!

Não, não esse M3 atual. O próximo M3, baseado na arquitetura Neue Klasse desenvolvida especificamente para EVs. O que significa mais adiante no futuro, mas não muito: a BMW anunciou que lançará um Série 3 baseado na Neue Klasse em 2026, com o M3 elétrico previsto para 2027. A lógica nos diz que a perua virá depois do sedã, então é improvável que seja colocada à venda antes de 2028. Um M3 de última geração com motor a gasolina deve continuar em paralelo.

Neue Klasse elétrico

O código BMW para este M3 a gasolina novo é “G84”, enquanto o modelo elétrico é “ZA0”. O M3 Touring elétrico é o “ZA1”. A marca também está planejando versões M totalmente elétricas do X3 e X4 baseados na Neue Klasse. Aparentemente, eles são chamados de “ZA5” e “ZA7”, respectivamente.

Resta saber o nome desses carros; sabe-se que iM3 está descartado, apenas. Espera-se também para esses novos esportivos elétricos, quatro motores para controle preciso de cada roda, e algo em torno de um total de 700 cv. Certamente o conhecimento de dinâmica da marca junto com pneus modernos e controle total de cada roda via motores elétricos individuais, e todo torque do mundo disponível constantemente à todo momento, deve resultar em um desempenho simplesmente incrível em qualquer situação. Pode-se falar o que quiser do elétrico moderno (e Deus sabe que fazemos isso), mas uma coisa é certa: são realmente rápidos. (MAO)

 

Cadillac considera fazer um hipercarro

Faz pelo menos 70 anos que a GM e suas subsidiárias apresentam conceitos de supercarros e hipercarros, mas só pra mostrar o que eles dizem que poderiam fazer. É tipo aquele blefe de irmãos, sobre ameaçar contar para os pais alguma coisa. “Eu poderia fazer isso, mas não quero”. Tanto que levou 60 anos para o Corvette de motor central-traseiro sair do papel.

Agora, contudo, com a participação da Cadillac no WEC e com a Fórmula 1 no horizonte da marca, parece que as coisas podem andar mais rapidamente por aquelas bandas de Detroit. E não estou falando de carros rápidos. Em entrevista ao site australiano CarSales, o diretor global de design da GM, Michael Simcoe, disse que é possível a produção de um hipercarro pela marca.

“Podemos fazer um hipercarro? Sim. Gostaríamos de fazê-lo? Sim. Estamos fazendo? Aí eu estaria falando demais”, disse o executivo, confirmando o interesse agora que a Cadillac pretende entrar na Fórmula 1 — algo que outras fabricantes envolvidas com a categoria já fizeram com sucesso, caso da Mercedes, da Aston Martin e até da Red Bull, que está trabalhando em um hipercarro projetado por Adrian Newey.

Além de não negar a possibilidade de um hipercarro da Cadilla, Simcoe também continuou fornecendo informações. Quando questionado sobre a eletrificação desse suposto hipercarro, Simcoe disse: “Não, o hipercarro não precisaria ser elétrico, mas poderia ser.”

Considerando a natureza híbrida da Fórmula 1 e do WEC, faria sentido para a Cadillac oferecer um hipercarro híbrido, similar ao AMG One. Além disso, ela já tem base para este carro na plataforma do Corvette — algo que ela já fez no passado com o Cadillac XLR. Uma versão híbrida com o motor V8 de virabrequim plano seria suficiente para convencer o público de que aquele é um Cadillac derivado das pistas.

Agora… a GM tem um histórico de não colocar em prática seus conceitos, e por mais que este Cadillac pareça próximo de se tornar realidade, é possível que ele fique por aí, nessa provocação da GM. Por outro lado, nunca houve tantos motivos e facilidades para se fazer esse carro. Por que não agora, antes que seja tarde demais? (Leo Contesini)

 

Alma Sprint é sensacional restomod português

Ora pois, então: uma empresa portuguesa está mostrando a sua reinterpretação e modernização baseada no sensacional Alfa Romeo Alfasud Sprint. Sem risadas por favor: sim, é um restomod português!

A empresa em questão é chamada Alma, fundada e administrada por Rafael Soares em Oliveira de Azeméis, uma cidade perto do Porto, em Portugal. A empresa diz que é “especializada em melhoria de desempenho, restauração e ajuste de carros clássicos e esportivos. Rafael é um engenheiro automotivo com vasta experiência, de mecânico de carros de corrida vintage a engenheiro-chefe e designer de peças de reposição 4×4.” Deve-se leire isto c’umo na terrinha.

O cupê é baseado na Alfasud, e é a versão mais desejável dele, um sensacional míni-GTV de tração dianteira com motor boxer lá na frente, feito Subaru. O carro da Alma se beneficia de uma série de atualizações externas, internas e mecânicas, inspiradas em um projeto esquecido de carro de rali do Grupo B que nunca se concretizou: o Sprint 6c Autodelta.

Alfa Romeo Sprint 6C (1982): inspiração, mas só em design

Criado em 1982, o protótipo de carro de rali baseado no Sprint tinha na verdade um V6 Busso em posição central-traseira; dele só sobra o desenho externo aqui, com paralamas alargados. O Sprint 6c foi desenhado originalmente por Zagato, mas nunca chegou a competir.

Apesar de inspirado no 6c, o carro da Alma na verdade tem um desenho único. Os para-choques dianteiro e traseiro foram redesenhados para combinar com os novos para-lamas alargados. A frente é dominada por modernos faróis Hella integrados em uma caixa de alumínio billet, enquanto os espelhos retrovisores Vitaloni redesenhados combinam perfeitamente com o perfil lateral.

O interior do carro passou por mudanças significativas tanto no design quanto na ergonomia, misturando o estilo de rali dos anos 80 com requinte e segurança. A posição de dirigir foi melhorada pela adição de novos bancos e um volante realocado. O carro original, há de se lembrar, é na posição italiana popularizada pela Fiat, com o volante virado para cima e pedais idem.

O volante projetado pela Zagato e uma alavanca de câmbio de alumínio sob medida dominam o interior, totalmente reformado em Alcantara e tecido de veludo cotelê. Muitas peças do interior agora são de alumínio, e todo o pacote é finalizado com cintos Sabelt de 4 pontos e um sistema de som com conectividade Bluetooth.

Nada de motor central, porém: o Alma Sprint mantém a mecânica básica de tração dianteira do carro original. Mas muito é mudado, claro: uma versão extensamente preparada, e aparentemente deliciosa, do famoso Boxer Alfasud, é usada aqui.

Para começo de conversa é grande: 1,8 litros (o original era normalmente 1500 cm³), mas não só isso: cabeçotes trabalhados com válvulas maiores, pistões forjados, comando de válvulas personalizados, um sistema de escapamento de aço inoxidável e um circuito de lubrificação revisado. Nada de injeção: o motor é alimentado por um glorioso e belíssimo par de carburadores Dellorto. Desenvolve 160 cv, levados às rodas dianteiras por uma caixa manual close-ratio de 5 velocidades e um diferencial LSD Torsen.

A configuração do chassi utiliza suspensão dianteira e traseira redesenhadas, aproveitando a bitola mais larga, com amortecedores ajustáveis ​​e geometria retrabalhada. Finalmente, os freios foram atualizados com discos ventilados maiores e componentes desenvolvidos em pista. E preste atenção: o carrinho pesa apenas 880 kg.

A empresa não menciona o preço, mas diz o seguinte: “O Alma Sprint proporciona uma experiência de direção excepcional aliada a um design marcante. Ele será produzido em uma tiragem limitada de 20 unidades. Cada pedido é personalizado para atender às preferências exatas do cliente a partir de uma ampla gama de opções. A Alma também está disponível para ajudar você a encontrar o doador ideal para o projeto. Cada Sprint é cuidadosamente feito à mão e projetado com perfeição. As entregas estão programadas para o terceiro trimestre do ano que vem.” Ora pois, e tenho dito, ó pá! (MAO)

 

Lanzante mostra nova versão de seu 911 com motor de F1

Apesar do nome latino, a empresa Lanzante é inglesa; ficou famosa por conseguir um lote de antigos V6 biturbo de F1, o motor TAG projetado pela Porsche que impulsionou os carros de F1 da McLaren a três títulos consecutivos de campeonato de pilotos entre 1984 e 1986. Os motores da Lanzante foram usados em carros de verdade: o histórico de corridas vai numa plaquinha no carro.

Onde eles usaram esses motores? Na traseira de Porsche 911 Turbo original, o 930. Agora a empresa anunciou que revelará uma versão atualizada de seu Porsche 911 com motor de Fórmula 1, chamado Tag Championship, no Goodwood Festival of Speed.

O 911 Lanzante “normal”

O V6 biturbo de 1,5 litro foi atualizado pela Cosworth para uso na estrada, introduzindo novos pistões, bielas e válvulas, além de um novo sistema de arrefecimento e turbocompressores de titânio mais leves. As mudanças permitem que o motor agora forneça 625 cv, ante 503 cv anteriormente. Como um bom motor de F1, girar é seu negócio: mesmo esta versão amansada para ser confiável em uso civil gira até 10.250 rpm.

O transeixo traseiro é um de 993 Turbo, com relações alteradas para lidar com as características diferentes do pequeno, mas mais potente V6. Com esta nova caixa, é possível agora atingir 320 km/h, segundo a Lanzante. Além do motor exótico, o Tag Championship 911 recebe uma revisão do chassi e muitos de seus painéis da carroceria foram substituídos por painéis feitos de fibra de carbono.

Seu interior foi despojado de quase todos os seus luxos, incluindo o funcionamento elétrico dos espelhos e janelas, e uma gaiola de proteção foi instalada para aumentar a rigidez e a proteção contra colisões. Os bancos tipo concha Recaro substituem os itens de couro originalmente instalados no 911 e um volante Personal – semelhante ao usado no carro de F1 MP4/2 da McLaren – completa o pacote. Esta, claramente, é uma versão mais radical do restomod, com desempenho em primeiro plano. O peso total denuncia isso: pesa 920 kg a seco, segundo a empresa.

As rodas são Dymag de 18 polegadas, e a empresa diz que espelha o design das instaladas no MP4/2. Elas são calçadas com pneus Michelin Pilot Sport 4 medindo 235 mm de largura na frente e 275 mm de largura na traseira. Apenas três Tag Championship 911s serão construídos, fazendo referência aos três títulos de pilotos de F1 do MP4/2. O primeiro ostentará uma pintura que faz referência ao design do capacete de Alain Prost de 1985. (MAO)