Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
BMW quebrou recorde de drifting – com direito a reabastecimento em movimento
Os fãs da BMW não ficaram muito contentes em saber que o novo M5 teria tração integral. À primeira vista (ou “ouvida”) a adoção de tração nas quatro rodas parecida a “audização” do mais tradicional super-sedã do planeta. Não que a tração integral da Audi não seja legal, mas esta é uma característica que se espera de um Audi, não de um BMW.
Acontece que a adoção de tração integral no M5 (e também no Mercedes E63 AMG) foi algo quase que obrigatório para vender um sedã de mais de 600 cv a motoristas comuns. Além disso, a BMW M desenvolveu um modo de condução que direciona 100% do torque para as rodas traseiras, como os puristas desejam. E para convencer o mundo de que ele funciona exatamente como a gente gostaria, eles fizeram a melhor ação publicitária possível: chamaram o Guinness e decidiram quebrar o recorde mundial de drift mais longo.
O recorde foi quebrado em 11 de dezembro de 2017 pelo piloto Johan Schwartz, que já havia conseguido o mesmo recorde em 2013. A bordo de um M5 F90, ele fez um drift ao longo de 374,2 km em uma pista circular (skidpad) molhada no BMW Performance Center na Carolina do Sul, nos EUA. O drift durou oito horas seguidas, e precisou até de um reabastecimento em movimento, que a BMW sabiamente usou como imagem de divulgação do feito.
O reabastecimento, aliás, rendeu outro recorde à BMW: o mais longo drift de dois carros, conquistado quando o BMW M5 “tanque” copiou o movimento do M5 recordista para a conexão da mangueira em um bocal especialmente instalado no lugar do vidro fixo da porta traseira esquerda. Foram 79,3 km ao longo de uma hora. O piloto do carro-tanque foi o instrutor do BMW Performance Center, Matt Mullins. Os números foram auditados pelos fiscais do Guinness, o Livro dos Recordes.
Hyundai irá lançar série limitada do HB20 R Spec… ainda sem alterações mecânicas
Com os rumores sobre o fim da produção do Hyundai HB20 turbo, ao saber da edição limitada do HB20 R Spec que a Hyundai está preparando para 2018, a primeira coisa que me veio à cabeça foi “bem, esta poderia ser uma série de despedida do motor turbo na linha HB20”. Mas, infelizmente, não será assim.
A série especial R Spec Limited, será baseada na versão regular R Spec, mas não terá nenhuma alteração mecânica. Seu motor será o mesmo 1.6 16v de 128 cv (bem… este era o mesmo motor Gamma do “esportivo” Veloster) e as mudanças deverão ser limitadas a equipamentos e elementos estéticos. A Hyundai ainda não divulgou detalhes, mas as primeiras fotos revelam que ele terá bancos de couro vermelho com costura preta, o logotipo R Spec nos apoios de cabeça e soleiras de metal escovado com a numeração da série — que terá 600 unidades. Ele ainda deverá ter algum acabamento exclusivo nas rodas e na grade dianteira. Mas custa tanto assim colocar o 1.0 turbo no R Spec, Hyundai?
Primeiro exemplar do Mustang Bullitt será leiloado neste mês
Oficialmente o Mustang Bullitt 2018 (ou 2019) ainda não existe, mas há tantas evidências de sua existência que já o tratamos como certo. Depois de vê-lo em um vídeo promocional e em fotos feitas durante gravações publicitárias, o pessoal do Mustang 6G descobriu que um exemplar misterioso do Mustang está incluído em um futuro leilão da Barrett Jackson, que será realizado em 19 de janeiro.
Apesar de mostrar a foto de um Mustang fastback semelhante ao Bullitt original, o texto diz “Ford Motor Company will auction a special new Ford Mustang to be sold with 100% of the hammer price benefiting charity”, ou “A Ford Motor Company irá leiloar um novo Mustang especial que será vendido com 100% do valor de arremate revertido à caridade”. Ligue os pontos e parece muito claro que a Ford já tem um Mustang Bullitt para entregar à pessoa que der o lance mais alto no próximo dia 19.
Quer mais evidências de que este é o Mustang Bullitt? O dinheiro será revertido à Boys Republic, uma escola particular para garotos “problemáticos”, digamos, que foi frequentada por Steve McQueen em sua adolescência, e depois teve o próprio McQueen como diretor honorário entre 1966 e 1975.
Como já dissemos anteriormente, o novo Mustang Bullitt será baseado na versão GT, com o mesmo 5.0 V8 aspirado, sem nenhuma alteração mecânica, porém com pintura verde escura, rodas de cinco raios e detalhes em cromo e preto, além de emblemas de identificação da versão. Antes do leilão, contudo, o carro será apresentado no Salão de Detroit, que começa nos próximos dias.
Mais uma coleção de Porsche 911 a venda
Ficou louco pela coleção de Porsche 911 GT3 de ontem? Então aqui vai mais uma para seu fraco coração de entusiasta não-bilionário: alguém está vendendo uma coleção de 12 Porsche 964. E não se tratam de todas as versões do 964, e sim das melhores delas.
Os mais especiais são o Carrera RS 3.8 e o RSR 3.8, seguidos pelo Turbo S “Leichtbau”, a versão aliviada do Turbo S. Os três foram feitos em 1993 e estão pintados de amarelo. O RS está avaliado em US$ 1,5 milhão, o RSR em US$ 1,4 milhão e o Turbo em US$ 1,2 milhão.
Logo abaixo na hierarquia de raridade/valor, estão dois Turbo S 1994 flatnose, um prata, avaliado em US$ 650.000 e outro amarelo, com valor estimado em US$ 800.000, seguidos de um Carrera Cup 1991 de US$ 325.000.
Os demais são mais mundanos, mas não menos especiais: há um Carrera RS America 1993 e um raro Speedster 1994, ambos avaliados em US$ 250.000, além de um Turbo flat-nose 1989, um Turbo 3.3 1992, um Turbo 3.6 1994 e um Carrera RS 1992. Todos avaliados entre US$ 200.000 e US$ 250.000.
O leilão irá acontecer no próximo dia 10 de março, durante o Concours d’Elegance de Amelia Island.
SUVs foram a segunda categoria com o maior número de emplacamentos em 2017
Quem diria que chegaríamos ao século 21 e os carros do futuro seriam… SUVs? Se você tem a impressão de que os utilitários esportivos (que não são muito utilitários, nem muito esportivos) estão dominando as ruas, você está certo. De acordo com os dados da Fenabrave, a categoria só perdeu para os hatches pequenos em 2017. E por uma margem muito pequena.
Do total de carros emplacados em 2017, os SUVs corresponderam a 22,34%, enquanto os hatches pequenos como Hyundai HB20, Ford Ka e Chevrolet Onix (o trio de mais vendidos do ano) corresponderam a 27,02%. Os modelos de entrada foram a terceira categoria, com 20,25%. Os sedãs pequenos corresponderam a 14,86%, os sedãs médios a apenas 8,69% e os demais modelos somente 6,84%.
Os dados mostram que os hatches médios e sedãs médios estão, aos poucos, perdendo espaço para os SUVs, enquanto o preço dos modelos de entrada — embora ainda estejam na faixa dos carros populares dos anos 1990 considerando correção monetária — parece tê-los colocado próximos demais dos modelos intermediários, tornando estes mais atraentes.