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Zero a 300

Bugatti de motor dianteiro, Audi RS3 bate BMW M2 em Nür, a nova fábrica Ferrari e mais!

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Um novo Bugatti de motor dianteiro

Agora que o Bugatti Tourbillon já foi lançado e irá iniciar a fase final dos testes de desenvolvimento, a fabricante começa a pensar nos próximos modelos que poderiam usar o powertrain híbrido V16. Ao que tudo indica, o carro será uma espécie de sucessor espiritual do Type 57 SC Atlantic – e isso inclui a instalação do motor na dianteira do carro.

A apuração é dos britânicos da Autocar, que entrevistaram o designer chefe da Bugatti, Frank Heyl, e perguntaram se “o motor pode ser reposicionado no monocoque para permitir silhuetas diferentes”. “Certamente”, respondeu Heyl. “Veja o Type 57 SC Atlantic: ele tem motor dianteiro. Quem sabe mais adiante, mas por enquanto estamos contentes com o que fizemos”.

Apesar da resposta não indicar muita coisa, Heyl a completou dizendo que essa flexibilidade de construção pode expandir o escopo do programa Sur Mesure, chegando ao ponto de criar uma linha de modelos exclusivos ou exemplares de série limitada.

“Começamos com o Bolide, que trouxe o coachbuilding de volta, usando o chassi rolante vestido com uma carroceria diferente. Depois continuamos a mudar com o Cientodieci, e o La Voiture Noire foi uma loucura feita em uma só unidade. Quem sabe o que teremos pela frente? É um aspecto interessante e um mercado crescente, especialmente quando se fala do nicho que a Bugatti atende — esse aspecto da individualidade é muito, muito importante”, disse Heyl.

Ainda tentando pescar informações sobre o GT de motor dianteiro, a Autocar perguntou ao diretor técnico da Bugatti, Emilio Scervo, se se seria possível fazer algo como a configuração mecânica do Type 57 SC, no qual o motor é posicionado atrás e abaixo da linha do eixo dianteiro. A resposta foi vaga: “Podemos mudar os componentes de lugar.”

Mas quem deixa claro que a Bugatti pretende realmente fazer outros modelos em um futuro próximo é o próprio presidente da marca, Maté Rimac. Segundo a Autocar, Rimac vê um papel importante do motor V16 no futuro da Bugatti pois o baixo volume de produção torna a eletrificação menos urgente, e isso significa que o powertrain híbrido do Tourbillon pode acabar em outros modelos da marca.

Rimac ainda disse que “a Bugatti não foi sempre uma marca de esportivos” e que “o Tourbillon veio agora porque a Bugatti tem de ter um hipercarro”, mas não mencionou nada sobre como poderia ser este novo modelo. Questionado mais incisivamente pela Autocar sobre datas de lançamento, Rimac mudou o foco da conversa dizendo que irá dar “um passo de cada vez” e que o Tourbillon é “o primeiro passo” dessa nova era.

Um segundo modelo da Bugatti é algo planejado pela marca desde os anos 1990, quando ainda estava sob o comando de Romano Artioli. Na época, a Bugatti chegou a produzir protótipos funcionais do EB112, um sedã de quatro lugares com uma derivação de seis litros e sem turbdos do motor V12 do EB110. Com a venda da empresa, o projeto foi cancelado. Um novo Bugatti de motor dianteiro voltou a ser considerado em 2009, quando a Bugatti, agora sob o comando da Volkswagen, apresentou o conceito 16C Galibier, com carroceria fastback e uma configuração biturbo do motor W16 de 8 litros do Veyron.

Além disso, em 2022, Rimac já havia descartado a produção de um SUV e de um modelo elétrico da marca nos dez anos seguintes — ou seja: se a Bugatti considera realmente um segundo modelo para os próximos anos, restam apenas duas alternativas: variações de carroceria do Tourbillon (o coachbuilding da divisão Sur Mesure) ou um novo modelo com motor dianteiro — seja ele um GT ou um cupê/fastback de quatro portas.

 

Audi RS3 quebra o recorde do BMW M2

A Audi está prestes a lançar o novo RS3, e está aquecendo o público da melhor forma possível: com um novo recorde em Nürburgring. Com o piloto de desenvolvimento da Audi Sport, Frank Stippler, ao volante, a marca fez seu noso RS3 dar a volta no Nordschleife em apenas 7:33,123 — cinco segundos mais rápido que o BMW M2, considerando o traçado de 20.832 metros.

O tempo também é praticamente o mesmo do Taycan Turbo S (7:33,350) e pouco mais de três segundos mais lento que do Panamera Turbo, atualmente o carro executivo mais rápido do circuito com 7:29,81. Vale ainda citar o teste do Porsche 997 GT2 em 2007, quando Walter Röhrl virou 7:31 no Nordschleife. Em relação ao seu antecessor, o novo RS3 é sete segundos mais rápido (7:40,748).

O carro usado no teste era um RS3 pré-produção, com o motor 2.5 turbo de cinco cilindros e 400 cv que será usado na versão de série, porém com pneus Pirelli P Zero Trofeo R, que são semi-slicks, enquanto o BMW M2 usou Michelin Pilot Sport Cup 2, algo que faz uma grande diferença na pista.

O novo RS3 é mais um facelift no modelo, e não uma renovação completa. Mesmo assim, ele foi testado vestindo a camuflagem completa das mulas de testes, embora ela não tenha sido suficiente para ocultar o conjunto óptico e algumas mudanças na grade e para-choques.

Nas partes que não se vê, também há mudanças: a Audi modificou o sistema de vetorização de torque para para permitir a variação total da distribuição de torque entre rodas traseiras, além de ter refinado o sistema de vetorização, controle de estabilidade e tração. Por último, agora será possível equipar o carro com amortecedores adaptativos e freios de carbono cerâmica.

De acordo com Stippler, estas mudanças foram fundamentais para a obtenção do recorde porque “o RS agora entra com mais vontade nas curvas, o que permite posicionar o carro mais cedo para a tangência e a saída”. Ele completou explicando que “isso resulta em um menor ângulo de esterçamento do volante entre a tangência e a saída da curva, o que resulta em menos esfregamento dos pneus e retomada antecipada da aceleração, permitindo usar mais o embalo e carregar a velocidade para a reta seguinte”.

O novo RS3 será lançado nas próximas semanas e chega às lojas europeias em agosto.

 

Ferrari inaugura nova fábrica em Maranello

Enquanto o mundo se deslumbrava com a chegada do novo Bugatti Tourbillon, a Ferrari inaugurava sua nova fábrica em Maranello. É ali que será produzida a primeira Ferrari elétrica da história, a partir de 2025, mas engana-se que a unidade só irá trabalhar com modelos eletrificados.

Apesar do nome E-building, a Ferrari também pretende produzir ali modelos de combustão interna sem assistência elétrica, trazendo “flexibilidade de produção” para a marca, segundo o comunicado enviado à imprensa na última sexta-feira (21), quando a fábrica foi inaugurada. A letra “e” no nome da fábrica significa “energia, evolução e meio-ambiente (environment, em inglês)”, segundo o comunicado.

A unidade, que tem 42.500 m², começará a operar em janeiro de 2025 para produzir a Purosangue a SF90. Segundo a Ferrari, concentrar todos os powertrains em uma só unidade é uma estratégia de priorizar “qualidade sobre quantidade”. Além disso, componentes elétricos usados nos carros também serão fabricados ali, como baterias, motores elétricos e eixos motorizados.

 

Mitsubishi pode trazer de volta o Lancer Sportback e a Pajero

Há pouco mais de dois meses a Mitsubishi encerrou a produção da “décima geração” do Lancer, que ainda era fabricada em Taiwan e vendida em alguns países do leste asiático — na prática, era um facelift extenso da geração anterior, feito pela Pininfarina. Antes disso, em 2021, eles encerraram a produção do Pajero, seu SUV full-size que era um dos produtos mais conhecidos e reconhecidos da marca. Uma decisão estranha, essa de matar seus dois modelos mais famosos.

Mas agora, ela pode estar planejando trazê-los de volta, porque a imprensa americana descobriu que a Mitsubishi registrou no país alguns nomes como Montero e Lancer Sportback. Montero, caso você não saiba, é o nome do Pajero nos EUA e em outros mercados devido a uma certa gíria em espanhol que designa o sujeito que “se diverte” sozinho, se é que me entendem.

Além dele, o Lancer Sportback também aparece entre os processos de registro junto ao Escritório de Patentes e Marcas dos EUA (USPTO), mas diferentemente do nome Montero, o registro do nome Lancer Sportback foi rejeitado e o processo está em recurso.

Pode ser que a Mitsubishi esteja apenas tentando proteger suas marcas passadas? Pode. Mas lembre-se que a Mit colocou o nome Eclipse em um crossover moderno, então é possível que ela use estes outros dois nomes de sua história em modelos modernos. Há rumores, nos EUA, de que o Lancer Sportback pode ser a versão Mitsubishi do Nissan Leaf, por exemplo.