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Car Culture

Calendário da Fórmula 1 para 2021 é revelado, novo Mustang pode ganhar V8 ainda maior, a segunda volta do Monza e mais

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Fórmula 1 revela calendário para temporada 2021

Foi divulgado hoje (10) o calendário da temporada de 2021 da Fórmula 1. Como previsto, serão 23 corridas – todas as que estavam programadas para este ano, mais o Grande Prêmio da Arábia Saudita, que receberá o campeonato pela primeira vez.

A temporada começará em 21 de março, no GP da Austrália, e foram confirmadas as duas rodadas triplas (ou seja, com corridas em três finais de semana seguidos) –  a primeira na Europa (Holanda, Bélgica e Itália); e a segunda na Ásia (Singapura, Rússia e Japão), no último trimestre. O Grande Prêmio do Vietnã, que era dado como certo até poucos dias atrás, está ausente. A informação que corre é de que escândalos de corrupção no país sejam a causa para o cancelamento da prova. A organização da Fórmula 1 não diz nada a respeito.

Um ponto importante é o Grande Prêmio do Brasil, marcado para o fim da temporada, em 14 de novembro – a antepenúltima corrida do ano. O calendário diz que a prova acontecerá em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, com a observação de que a corrida está “sujeita a contrato” (mesma situação, aliás, do GP da Espanha em Barcelona). De acordo com os colegas do Grande Prêmio, é provável que a confirmação da renovação do contrato por mais cinco anos seja anunciada ainda hoje.

A notícia contraria as informações de que o GP do Brasil de 2021 seria realizado no Rio de Janeiro, em um movo autódromo a ser construído na região de Deodoro. As duas metrópoles disputam há algum tempo o direito de receber a Fórmula 1 em 2021, mas a construção do circuito no Rio esbarra em regulações ambientais e não deve sair do papel tão cedo.

 

Ford Mustang pode ganhar motor ainda maior na próxima geração

 

Na contramão da tendência do downsizing e dos carros híbridos e elétricos, a próxima geração do Ford Mustang, prevista para chegar em algum momento entre 2022 e 2023, terá um motor V8 ainda maior.

A informação vem do Unifor, maior sindicato de trabalhadores do setor automotivo do Canadá. Segundo Jerry Dias, presidente do sindicato, a Ford já está desenvolvendo um novo motor V8 de 6,8 litros no complexo canadense de Windsor. Ele deverá ser usado não apenas no próximo Mustang, mas também na F-150.

Embora a Ford obviamente não confirme a informação, não podemos dispensá-la completamente. Isto porque a fabricante já teve segredos revelados por sindicatos antes. Há alguns meses o UAW (United Auto Workers), que atua nos Estados Unidos e no Canadá, adiantou a descontinuação do Mustang Bullit. E, em 2016, o mesmo sindicato previu corretamente o lançamento do Ford Bronco para 2020, o que de fato ocorreu.

A Unifor também divulgou um press release no qual diz que a Ford se comprometeu a produzir um novo motor V8 de “6,X” litros em Windsor.

Embora a ideia de um motor V8 maior e mais potente que o atual 5.0 usado pelo Mustang soe improvável na atual conjuntura, há quem acredite que o lançamento de modelos elétricos como o Mach-E e a van Ford Transit (que deve receber uma versão elétrica na próxima geração) dará à fabricante créditos suficientes para isto. Vale lembrar que há pouco tempo a Ford apresentou o novo motor V8 de 7,3 litros para a F-Series Super Duty, sua maior picape. Portanto, devemos mesmo aguardar para ter certeza.

 

Opel pode trazer de volta o nome Monza na Europa

Esta notícia deve mexer com os saudosistas: a Opel pode trazer o Monza de volta – mas não da forma que muitos gostariam. Segundo os alemães da Auto Motor und Sport, a fabricante usará o nome em um novo SUV elétrico de luxo, a ser lançado em 2024.

A publicação diz que o novo Monza será feito sobre uma plataforma nova, a feita especialmente para veículos elétricos da PSA, que comprou a Opel (e a Vauxhall, sua equivalente britânica) das mãos da GM em 2017. O novo Monza deverá ficar posicionado acima do Grandland X, que é a versão da Opel para o Peugeot 3008.

O que nos deixa um tanto desconfiados quanto ao uso do nome Monza pela Opel é o fato de existir o Chevrolet Monza na China – um sedã desenvolvido especialmente para o mercado local e lançado em 2018. A situação dos direitos sobre os nomes que a Opel usava quando ainda pertencia à GM não ficou claro. “Corsa”, por exemplo, continua com a Opel  – o novo Corsa com plataforma PSA, aliás, faz bastante sucesso na Europa.

Pelo que entendemos, o nome “Monza” ainda pertence à GM. A Opel o utilizou pela última vez em 2013 em um cupê conceitual apresentado no Salão de Frankfurt, quando ainda fazia parte da General Motors.

 

Logo da Stellantis é revelado

FCA e PSA revelaram ontem (9) o logo da Stellantis – que será o resultado da fusão entre as duas empresas, a ser concretizada no primeiro trimestre de 2021.

A Stellantis será a quarta maior fabricante de automóveis do planeta – atrás apenas de Volkswagen, Toyota e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em volume de produção.

O nome Stellantis será usado apenas no meio corporativo, e não aparecerá nos produtos – as marcas do grupo, incluindo Alfa Romeo, Fiat, Maserati, Ram, Jeep, Chrysler, Dodge, Opel, Peugeot, Citroën e DS, seguirão inalteradas. E, claro, compartilharão plataformas, motores e tecnologias.

Talvez por isso PSA e FCA não se preocuparam em colocar na logo qualquer referência aos automóveis – as letras brancas sobre o fundo azul nos remetem muito mais a alguma fabricante de medicamentos ou uma rede de clínicas ortodônticas do que a qualquer coisa sobre rodas…

Para quem não lembra, o nome Stellantis é uma conjugação do verbo stello, e em latim significa “fazer brilhar com estrelas”.

 

Polestar é proibida de usar seu próprio emblema na França

A Polestar, que já foi uma divisão esportiva da Volvo e hoje é sua submarca de carros elétricos, enfrenta uma situação inusitada: a justiça francesa determinou que seu emblema não poderá ser usado no país por seis meses.

A decisão coloca fim em uma disputa judicial que já dura três anos. Em 2017, a Citroën abriu um processo pedindo que a Polestar modificasse seu emblema, alegando que o mesmo é parecido demais com os emblemas da própria Citröen e da submarca DS.

Foi a Polestar quem confirmou a existência de um processo aos britânicos da Autocar. A empresa fez questão de esclarecer que não está nem aí – até porque a Polestar sequer vende carros na França.

“A Polestar não opera na França e no momento não temos planos de operar na França”, disse um porta-voz da empresa à publicação. “Existe um processo judicial na França a respeito do uso do emblema da Polestar, iniciado pela Citroën. O caso só tem relação com a França e não se aplica a nenhum outro país.”

A justiça francesa também determinou que, além de não usar seu emblema na França por seis meses, a Polestar também deve pagar uma multa de € 150.000 à Citroën (cerca de R$ 950.000 na cotação atual), mais € 70.000 (R$ 444.000) em despesas judiciais. O valor corresponde a 0,05% do que a Citroën gasta com publicidade na França.