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ePrix de São Paulo foi cancelado
O ePrix de São Paulo está oficialmente cancelado. A prova seria a primeira da categoria de monopostos elétricos no Brasil, e seria disputada no Anhembi, em um traçado semelhante ao usado pela Indy entre 2010 e 2013. Contudo, os organizadores do evento não chegaram a um acordo com a SPTuris devido ao processo de privatização do complexo.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que entrevistou os organizadores da prova, o adiamento foi solicitado pelas autoridades municipais porque o processo de privatização está levando mais tempo que o esperado, e por isso a prefeitura decidiu paralisar as negociações até que o processo fosse completado. Com o cancelamento do ePrix no Anhembi, o Brasil ficará fora do calendário pela segunda vez. A primeira foi na temporada inaugural da categoria, que teria uma corrida no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, mas os planos acabaram cancelados antes mesmo de qualquer negociação.
Ainda existe a intenção de realizar uma corrida na próxima temporada (2018/2019), que também faz parte das negociações da Fórmula-E com a SPTuris, mas nada será definido antes de março, quando a prefeitura espera concluir a privatização do complexo.
A temporada da Fórmula-E começa neste próximo sábado (2) em Hong Kong.
Mercedes revela o novo CLS com motor seis-em-linha e AMG híbrido
A Mercedes apresentou nesta quinta-feira (30) em Los Angeles a nova geração do seu CLS. Ele mantém sua silhueta básica que inaugurou o atual segmento dos “cupês de quatro portas”, e traz novidades como o motor seis-em-linha e o primeiro AMG híbrido da história.
Como havíamos visto nas primeiras fotos do carro há alguns dias, o novo CLS tem muito do AMG GT 4 na dianteira, com os farois incisivos e a grade baixa. Já a traseira segue o estilo dos cupês da marca, com as lanternas planas na parte superior unidas por uma régua que atravessa a traseira. No lado de dentro as linhas são exatamente as mesmas da Classe E, com o painel de tela dupla e as saídas de ar iluminadas. Só o volante é sutilmente diferente, com um visual mais esportivo que o do sedã. A luz ambiente que aparece nas fotos é alterada de acordo com a temperatura do ar-condicionado. No banco de trás o CLS pela primeira vez acomoda três pessoas em vez de apenas duas. O porta-malas é grande o bastante para todos, com 520 litros.
O CLS sempre foi um meio termo entre a Classe E e a Classe S, e desta vez não é diferente: ele tem o visual interno do menor, mas toma emprestado os sistemas de segurança do irmão maior, como sistema de frenagem automática de emergência, assistente de permanência na faixa, limitador de velocidade, cruise control com esterçamento, frenagem e aceleração ativos e alerta de pontos cegos.
Sob o capô o CLS terá somente uma opção de motor a gasolina, neste primeiro momento. Trata-se do mais recente seis-em-linha (sim, a Mercedes voltou aos cilindros enfileirados) de três litros e dois turbos, com um sistema elétrico de 48 volts integrado. No CLS 450 4MATIC ele terá 370 cv e 50,9 kgfm enviados às quatro rodas pelo sistema 4 Matic. O motor elétrico entre o seis-em-linha e o câmbio ajuda a produzir mais 22 cv na função EQ Boost, chegando a 392 cv. Com esse conjunto, o CLS roda até 13,3 km/l em percurso misto, e pode chegar aos 100 km/h em 4,8 segundos.
Mais adiante, provavelmente em janeiro, o CLS ganhará sua versão AMG. Ela não terá um V8 biturbo como o antecessor — não houve nenhuma menção ao CLS 63, o que nos leva a crer que a Mercedes o matou para preservar o E63. Em seu lugar, o seis-em-linha usará mais pressão do turbo para produzir 435 cv. Será o primeiro AMG híbrido da história.
Nova geração do Jeep Wrangler fica mais leve e ganha motor turbo
Há algumas semanas vimos aqui mesmo no Zero a 300 as primeiras imagens da nova geração do Jeep Wrangler. Embora ele tenha mantido sua aparência tradicional, com os faróis circulares e a grade com sete barras, ele ganhou uma nova plataforma, ficou mais leve, mais potente, mais off-roader e agora tem um motor turbo a gasolina.
Batizada JL, esta nova geração do Wrangler agora usa capô, quadro do para-brisa e portas de alumínio, além de um novo chassi feito com uma quantidade maior de aço de alta resistência para ficar 90 kg mais leve que seu antecessor sem deixar de ganhar rigidez à torção.
À primeira vista não dá para notar, mas o novo Wrangler ganhou um para-brisa 38 mm mais alto e uma linha de cintura mais baixa para aumentar a área envidraçada lateral e assim melhorar a visibilidade externa do carro.
O visual ficou mais moderno, especialmente com o formato da dianteira e com o arranjo interno dos faróis, que usam LEDs nas luz baixa e nas DRL. O único elemento anacrônico são as dobradiças das portas expostas nas laterais. Anacrônico mas não dissonante. Até porque a Jeep fez um estudo de design com as dobradiças embutidas e não gostou do resultado. Além disso, desta forma a remoção das portas fica mais fácil de se fazer.
Até mesmo a aerodinâmica do Wrangler ficou melhor, algo que normalmente não se pensa quando se fala em modelos Jeep. Para reduzir o arrasto, o Wrangler agora tem um pequeno spoiler acima do para-brisa traseiro. O entre-eixos também aumentou, são 7,5 cm a mais que na geração anterior, em parte porque a caixa automática de 8 marchas da ZF precisa de mais espaço na dianteira.
Ali o Wrangler poderá ter duas opções de motorização diferentes: o tradicional V6 3.6, que agora tem sistema stop-start, 290 cv e 35,8 kgfm, que são controlados pelo câmbio manual de seis marchas ou automático de oito marchas; ou o novo 2.0 turbo de 270 cv combinado somente ao câmbio automático.
Em 2020 (daqui a dois anos) também veremos um, pasme, Jeep híbrido, que usará um sistema elétrico de 48 volts, provavelmente combinado ao V6 de 3,5 litros da Chrysler, como na minivan Pacifica.
As capacidades off-road foram aperfeiçoadas com a adoção de uma relação ainda mais curta na marcha reduzida e o acelerador foi reprogramado para tornar o controle mais preciso nestas situações.
A versão off-roader será a Rubicon, que poderá ser equipada com o motor V6 ou turbo, e tem suspensão 25 mim mais alta e pneus off-road de 33 polegadas, bloqueio elétrico das rodas e pára-lamas mais elevados capazes de acomodar pneus ainda maiores, de 35 polegadas.
Lá dentro um novo quadro de instrumentos agora tem um computador de bordo colorido e indicador de posição da caixa de transferência. O acabamento usa borracha ao redor da tela do sistema multimídia e peças de metal na mesma cor dos ganchos externos do modelo.
As assistências eletrônicas também chegaram ao Wrangler pela primeira vez: ele agora tem monitoramento de pontos cegos, alerta de risco de colisão e frenagem automática.
Ainda não sabemos se a Jeep irá trazer o modelo ao Brasil como vinha fazendo com a geração anterior. Um ponto positivo é que ele agora usa um motor 2.0 turbo que paga menos IPI que o modelo V6 trazido até este ano, o que ajuda a Jeep a vendê-lo por aqui com um preço atraente. Por isso, é nossa aposta que, caso seja importado, ele venha com o 2.0.
O IPVA mais caro do Brasil
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (30) a tabela de valores venais dos veículos automotores para base da cálculo do IPVA 2018. Como a alíquota no Estado é a mais alta do país, 4% sobre o valor venal do veículo, também é daqui o IPVA mais caro do Brasil.
O felizardo é o proprietário de uma das Ferrari F12 TdF que circulam no país. Com valor venal de R$ 3.982.466, o valor devido ao governo como imposto pela propriedade do carro é de nada menos que R$ 159.298,64.
Na outra ponta da tabela, o IPVA mais barato do estado será cobrado do proprietário de um ciclomotor Brandy Hero Stream, de 50 cm3 fabricado em 1999. Com valor venal de R$ 261 (isso aí: duzentos e sessenta e um reais) o imposto devido é de R$ 10,44.