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Project Cars Project Cars #262

Caravan V8 Small Block Chevy: a última etapa da preparação e a conclusão do PC#262

Tudo certo, pessoal? Neste terceiro post vou contar as últimas etapas da montagem da Caravan V8 — o eixo traseiro, a cor verde, as rodas palito etc. Se você não lembra das outras partes, pode ler aqui e aqui.

Na hora de montar o eixo, foi incrível como tudo se encaixou perfeitamente. Descravei do eixo velho de Opala os montantes, descravei os suportes dos feixes de mola do eixo de Maverick, soldei os suportes de Opala nele, pus a luva de Camaro no cardã do Maverick e em um único movimento, simples deste jeito, eliminei o cardã original com as cruzetinhas fracotas, me livrei do eixo original do Opala — que não são assim a melhor tradução de um eixo verdadeiramente resistente e parrudo — e ainda ganhei um blocante.

Isso fez um mundo de diferença no uso normal do carro. Agora, com o eixo maior, blocado e com o cardã sem a junta original, acelerar de verdade e com força seria muito fácil, muito mais seguro e prazeroso. Bom demais, uma modificação não tão complexa assim, que rendeu um monte de diversão a mais a um custo não tão absurdo.

Curiosamente, esta parte de diferencial, câmbio e blocante aparentemente não foi muito afetada pela diminuição da oferta de carros de nosso interesse, porque a natural obsolescência das picapes Ford e Chevy, anos 70, 80 e 90 nos propicia uma oferta plena de peças pertinentes a peços ainda bem bons, valendo sempre lembrar, você cata peças de picape e não mais de Maverick ou Dodge. Pode acreditar, faz toda a diferença do mundo.

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Um ponto que sempre me desagradou nela foi a cor. O verde original queimava muito ao sol, e era bem difícil de retocar. Num belo dia eu tomei uma decisão importante: eu não queria mais o verde ouro metálico (abaixo), queria super verde. E assim tudo mudou, apesar de continuar o mesmo!

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Há uns anos repintei ela meio que rapidinho, e este ano com mais calma levei ela de novo a oficina, reparamos os defeitos, refiz um podrinho ou outro que sempre aparece, novos para-choques, um trato no interior, novos carpetes e um recuperada nos bancos e um forro de teto novo, preto, e uma boa revisão na elétrica. O visual ficou tão legal, mas tão legal que fiquei feliz de verdade!  Aquela sensação maravilhosa que a gente tem ao terminar um serviço num carro que a gente realmente gosta e ver que tudo saiu como planejado e que tudo ficou como se tinha planejado.

De quebra, como ia transferir o carro junto com mais alguns pro DF, ainda acabei levantando ela, dando um jato de areia em uns pedaços que precisavam de mais atenção e repintamos ela toda pela parte de baixo. Também aplicamos mais um produto tipo batida de pedra para maior proteção e outra camada de tinta por cima para proteger tudo. Agora tanto por cima, quanto por baixo, tudo bem legal.

Nesta foto ela está do modo que a mantenho há muito tempo, as rodas cruz de malta foram trocadas ainda no Rio por estas palito, 14X6 na frente e 14X7 na traseira. As rodas foram feitas novas na Conquista Rodas, no Rio de Janeiro, lá pelos idos de 1996.

Aqui em Brasília finalmente ela viu alguma ação em pista, na foto abaixo, do DragsterBrasil.com, a Caravan ainda na cor antiga. Entrei meio que na bagunça, categoria desafio, alguns ainda acharam que ia ser muito fácil quebrar o velho barbudo com a Caravan velha. Not so easy, fellows…

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Num futuro próximo, pretendo desmontar novamente o motor para uma longa revisão, fazer a troca dos cabeçotes originais GM de ferro fundido por outros de aluminio que já comprei e guardo carinhosamente, bomba d’água nova de alumínio, e um comando mais amigável menos old school que o Isky, que depois de tantos anos ainda está firme e forte nela. Mas isso aí, meus caros, é assunto para outras postagens bem mais ali na frente.

Fica muito óbvio que, por mais que se queira, mexer num carro — pelo menos no meu entendimento — é um processo longo, que nos toma muito tempo, recursos financeiros, sonhos e desejos. Normalmente por mais que se faça, nunca se tem um projeto completo, eu vejo que cada vez que mexemos em algo, sempre aparece mais uma coisinha, mais um detalhe.

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Ficar com um carro assim um período longo de tempo me parece muito fascinante porque você acaba fazendo muitas coisas nele com o claro intuito de deixar ele o mais de acordo com seus desejos e ao mesmo tempo, a convivência acaba te fazendo aceitar um monte de coisas inerentes a ele. Mesmo no ponto que estou com este PC, sempre olho, sempre aparece algo de novo, uma nova ideia, uma possibilidade que antes não era possível e por aí vai. Como tenho alguns outros PC para dividir meu tempo e a minha grana, vamos dentro do possível fazendo o máximo para deixar sempre o carro o mais legal possível!

A quem teve paciência, a quem curtiu este PC, meu muito obrigado!

Por Alexandre Garcia, Project Cars #262

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Uma mensagem do FlatOut!

Alexandre, que verdadeira aula esse seu Project Cars. Além de ter os elementos certos para um carro matador — uma perua old school no visual e na preparação — ela ainda dá um couro na galera que se mete a pisar “com o velho barbudo na pista”. Belo projeto, bela preparação. Grande aula. Parabéns e esperamos pelos próximos!