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Chevrolet confirma Montana como sua nova picape intermediária
A Fiat Toro reina sozinha em seu segmento – vendeu mais de 300.000 unidades desde que foi lançada, em 2016. A Renault Duster Oroch, apesar de simpática (e de ter chegado antes da Toro, em 2015), sequer arranha o desempenho da Toro em vendas. Mas essa situação pode mudar.
A Chevrolet confirmou que sua nova picape intermediária se chamará Montana, herdando um nome consagrado em um produto completamente novo. Sai a picape compacta derivada do Corsa (e do Agile, que no fim das contas também era baseado no Corsa), entra uma adversária com potencial para encarar de frente o fenômeno da Fiat.
A confirmação veio através de um vídeo no qual a Chevrolet destaca a modernização de sua linha de produção em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Foi uma boa sacada, na verdade: a GM aproveitou a paralisação da fábrica para fazer as modificações necessárias no ferramental antes do lançamento da Montana. O vídeo também mostra um teaser da picape, com uma silhueta aparentemente mais próxima de uma caminhonete tradicional que a Fiat Toro.
O que já se sabe sobre a picape: ela usará a plataforma GEM, mesma arquitetura modular de Onix, Onix Plus e Tracker – o que indica que ela provavelmente será vendida com o mesmo motor do Tracker – no caso, o 1.2 turbo 133 cv e 21,4 kgfm.
A Chevrolet Montana foi lançada em 2003 como picape do Corsa, e conquistou pela mecânica robusta, pelo visual arrojado e pela boa capacidade de carga. Quando trocou de identidade e passou a vir com a dianteira do Agile, em 2010, a Montana perdeu charme, mas manteve as boas qualidades do projeto e manteve as boas vendas até sair de linha em maio.
Com um nome conhecido e consagrado, a Chevrolet tem a chance de criar um produto bem interessante e, caso acerte no visual e no preço, pode mesmo dar trabalho à Toro.
Citroën terá modelos específicos para a América do Sul
Falando em novidades para o Brasil: a Citroën também terá as suas. Na verdade, uma linha de modelos específica para a América Latina, o que inclui nosso País.
A mudança faz parte do plano de reestruturação que começou a ser colocado em prática após a fusão da PSA com a FCA, formando o grupo Stellantis. Entre as diversas mudanças internas pelas quais passam as 14 marcas do grupo, a Citroën ganhou uma nova presidente na América do Sul: Vanessa Castanho, que já era diretora da Citroën na América Latina desde 2020, ainda sob o comando da PSA. Agora, ela responde diretamente a Antonio Filosa, o presidente da Stellantis para a região.
Foi Vanessa Castanho quem anunciou o plano “Citroën For All”, que consiste no desenvolvimento de modelos exclusivos para a América do Sul. Segundo a executiva, os carros serão criados levando em conta o mercado e a geografia local – ou seja, serão acessíveis, com bom custo-benefício, e também robustos – com especial atenção à suspensão, que será adptada para as condições pouco favoráveis de boa parte das vias não só do Brasil, mas dos países vizinhos.
E a migração já começou – nos últimos meses a Citroën tirou de linha o C3, o C3 Aircross e o C4 Lounge, deixando apenas o C4 Cactus no portfólio. O próximo passo, ao que tudo indica, será desenvolver um modelo para ficar abaixo do Cactus, baseado na plataforma do Peugeot 208 (a modular CMP), criado especificamente para países emergentes. A princípio será um SUV compacto, mas existe a possibilidade de o projeto dar origem a outras carrocerias.
Novo Honda HR-V é registrado no Brasil
Enquanto não define o futuro do Civic no Brasil, a Honda prepara terreno para outras novidades. E uma das mais importantes é o novo HR-V, cuja terceira geração foi registrada no Brasil junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) nesta semana.
O visual do carro não é novidade – lá fora, o novo Honda HR-V foi registrado em fevereiro. É notável o crescimento do modelo e a evolução de seu estilo, que adota formas mais retilíneas e imponentes: dianteira mais alta com faróis afilados e grade em filetes ou colmeia, uma linha reta para o teto, que segue até o vigia traseiro bastante inclinado, e lanternas traseiras horizontais ligadas por uma barra de LEDs. Por dentro, o HR-V tem estilo semelhante ao do Honda Civic, com painel mais enxuto e arquitetura mais horizontal.
Os dois estilos da dianteira foram registrados no Brasil, onde o HR-V deve chegar no fim de 2022 como modelo 2023. Espera-se que ele adote o novo motor 1.5 turbo com injeção direta, devidamente adaptado para rodar com gasolina ou etanol. E não descarta-se a possibilidade de uma versão híbrida.
Parece que a Honda vai elevar o nível de acabamento e equipamentos do HR-V (com a forte possibilidade de uma suíte de recursos semi-autônomos). Some-se a isso a chegada iminente do novo City, que também ficou mais sofisticado e agora será vendido também como hatchback, e o resultado é uma indefinição ainda maior sobre o Civic. A nova geração ainda não tem data para chegar e, com City e HR-V renovados, sequer pode-se descartar a possibilidade de o Civic deixar de ser vendido no Brasil no modelo atual. Ainda é cedo para cravar qualquer coisa e a Honda também não deixa escapar nada, então fiquemos atentos a qualquer novidade.
Coleção de carros de Neil Peart, baterista do Rush, será leiloada
Neil Peart, baterista do Rush que faleceu em janeiro de 2020, era entusiasta de mão cheia. Sua paixão eram as motos, mas os carros também marcaram sua vida – vide a bela Red Barchetta e sua inspiração nas Ferrari clássicas. E agora a coleção de carros do músico será leiloada, e os carros do acervo mostram o nível de bom gosto de Peart para automóveis.
A venda da coleção foi anunciada pela Gooding & Company, que também compartilha algumas informações interessantes. Neil Peart chamava sua coleção de carros de “The Silver Surfers” e, de acordo, todos eles eram prateados.
Quer dizer, quase todos: o carro que a agência de leilões considera a atração principal é preto: um Shelby Cobra 289 1964 – um Cobra legítimo, e não uma das incontáveis réplicas que vieram depois. Por ele, a Gooding & Co. espera arrecadar até US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,96 milhões em conversão direta).
Os outros carros são mesmo prata – e cada um é mais valioso que o outro. Há um Chevrolet Corvette C3 1963 (único ano da janela traseira bipartida, ou split window), com valor de arremate estimado em até US$ 180.000 (R$ 890.000); um Aston Martin DB5 1964 – um de 1.000 produzidos naquele ano – que deve ser vendido por até US$ 725.000 (R$ 3,6 milhões) e um Jaguar E-Type também de 1964, restaurado e equipado com câmbio Tremec e freios a disco Willwood, no qual a agência aposta em até US$ 160.000 (R$ 790.000).
Fora esses carros, a coleção Silver Surfers de Neil Peart também conta com dois Maserati: um Mistral, roadster fabricado em 1965 e com preço estimado em US$ 650.000 (R$ 3,22 milhões); e um Ghibli, cupê de 1973 equipado com um V8 DOHC de 4,9 litros e 340 cv, pelo qual espera-se arrecadar ao menos US$ 300.000 (R$ 1,48 milhão).
O carro mais valioso do lote, porém, é o Lamborghini Miura P400S de 1970 – o supercarro com motor V12 de quatro litros e 370 cv deve ser arrematado por algo entre US$ 1,2 milhão e US$ 1,5 milhão, ou seja, entre R$ 6 milhões e R$ 7,5 milhões. Foram feitos apenas 338 exemplares do carro entre 1968 e 1971.
A coleção de Neil Peart terá destaque durante os eventos de 2021 em Pebble Beach, com leilão marcado para os dias 13 e 14 de agosto.
Volkswagen Fox sobrevive no Brasil e fica mais caro na linha 2022
Lançado no Brasil em outubro de 2003, o Volkswagen Fox atinge a maioridade e chega à linha 2022 – meses depois que o Volkswagen Up saiu de linha. É especialmente emblemático, já que o Up foi criado para substituir o Fox na Europa e veio para o Brasil com a mesma missão. E o próprio Fox era uma criação brasileira vendida no Velho Mundo.
O Fox continua oferecido em duas versões, apenas: Connect e Xtreme, ambas com motor 1.6 de 104 cv e câmbio manual de cinco marchas. E as duas ficaram mais caras: o Connect foi de R$ 59.940 para R$ 62.340, enquanto o Xtreme foi de R$ 66.140 para R$ 67.990. Com isso, já não se pode comprar um carro 1.6 no Brasil com menos de R$ 60.000. Mas o Fox mantém o posto de modelo 1.6 mais barato do mercado.
O Fox Connect vem de série com direção elétrica, ar-condicionado, rodas de liga leve de 15 polegadas, multimídia com tela de 6,5 polegadas e integração com Android Auto e Apple CarPlay, volante multifuncional, computador de bordo, trio elétrico, faróis de neblina, sensor de ré e controlador de velocidade. Já o Xtreme acrescenta rodas de 16 polegadas, câmera de ré, rack de teto, spoiler traseiro, faróis de longo alcance e para-lamas com molduras plásticas. O desenho do para-choque é exclusivo, e o interior tem acabamento escurecido. Não é um pacote ruim, e faz do Fox uma opção interessante para quem não se importa com o projeto antigo.
O único opcional em ambas as versões é a pintura metálica – as tonalidades Cinza Platinum e Prata Sargas adicionam R$ 1.610 ao preço final.