Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do , o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, (e não esqueça de ativar o sininho)!
Novo Citroën C3 chega daqui a uma semana
O novo Citroën C3 já não é mais tão novidade assim — a Citroën já mostrou o carro há alguns meses, já confirmou sua vinda há ainda mais tempo, já tem até uma websérie rolando no YouTube apresentando os detalhes do carro aos poucos. Faltava só a data de lançamento. Faltava, porque agora ela também foi divulgada: dia 30 de agosto, daqui a sete dias. Mais uma semana e conheceremos tudo o que resta sobre o Citroën C3.
O que resta saber? Bem… já sabemos as opções de motorização: 1.0 GSE de origem Fiat, com 75 cv/71 cv (E/G) a 6.000 rpm e 10,7 kgfm/10 kgfm (E/G) a 3.250 rpm; e o 1.6 16v da PSA, com 120 cv/113 cv (E/G) e 15,6 kgfm/15,4 kgfm a 4.250 rpm (E/G).
Já sabemos também as versões de acabamento, divulgadas pelo registro no Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran. Segundo os dados, elas são Live 1.0, Feel 1.0, First Edition 1.0, Feel 1.6, Feel 1.6 Pack AT, First Edition 1.6 AT. O AT significa o que você está pensando mesmo: o C3 terá câmbio automático, apesar de ser um modelo de entrada. Com esse tanto de versões e os preços partindo da faixa dos R$ 70.000, é muito provável que os modelos com câmbio automático esbarrem nos R$ 100.000.
Isso também nos leva a crer que a Stellantis deverá preencher com o Citroën C3 alguns espaços entre Fiat Mobi, Fiat Argo e Peugeot 208, além de oferecer algo mais “aventureiro” nesta faixa de entrada. (Leo Contesini)
De Lorean é acusada de infringir propriedade intelectual de fabricante de elétricos
Parece que a “nova” DeLorean terá mais problemas do que imaginava ao “ressignificar” a marca com modelos elétricos sem relação com o DeLorean original. A fabricante americana está sendo processada pela Karma Automotive, uma fabricante de elétricos criada a partir da antiga Fisker, por violar sua propriedade intelectual.
Segundo o site The Verge a acusação da Karma é que a DeLorean se apropriou de segredos industriais para criar seu carro Alpha 5 e reestruturar a empresa como DeLorean Automotive Reimagined. Os segredos, ainda segundo a acusação, foram obtidos com quatro ex-funcionários da Karma, que foram contratados como diretores da DeLorean e trabalharam no DMC-12 elétrico.
De acordo com a Karma, estes funcionários são Joost de Vries, Alan Yuan, Troy Beetz, and Neilo Harris. De Vries é atualmente o diretor executivo da DeLorean Motors Reimagined (DMR, pode ser?), enquanto Yuan é o diretor de operações, Beetz é o diretor de marketing e Harris é o vice-presidente. De acordo com a acusação, os quatro, após deixarem a Karma, se uniram à DeLorean e usaram seu acesso a estratégias confidenciais para criar uma concorrente.
As acusações são ainda mais pesadas, pois a Karma diz que a DMR sequer existiria sem ela, pois foi ela a a fornecedora da arquitetura elétrica para o DeLorean DMC-12 elétrico. Este fornecimento foi feito na forma de uma joint venture chamada Project 88 e, segundo a Karma, foi durante este projeto que os quatro ex-funcionários usaram suas posições para “usurpar a oportunidade corporativa” da Karma para si próprios. O processo foi aberto no último dia 8 de agosto.
De Vries se pronunciou sobre o caso, dizendo que os novos DMR não têm nada a ver com a Karma Automotive em termos de design, engenharia, rede de fornecedores ou manufatura. Ele ainda disse que a Project 88 acabou devido à incapacidade da Karma em financiar e produzir as entregas necessárias para consolidar o projeto.
“A DMR é uma empresa completamente nova, com veículos elétricos completamente novos, sem relação com a réplica de baixo volume [do Delorean DMC-12], disse de Vries ao site Automotive News. (Leo Contesini)
Duesenberg Figoni&Falaschi Torpedo vence Best of Show em Pebble Beach
Será que o mundo verá de novo algo tão incrivelmente chique e classudo, e superior em velocidade e tecnologia à todo resto, como foi um Duesenberg J em 1928? Mesmo que sim, o carro original, quase 100 anos depois de seu lançamento, ainda deixa todos de queixo caído.
Um exemplo é este: O prêmio Best of Show do 71º Pebble Beach Concours d’Elegance, que acabou de ser realizado durante a Monterrey Car Week na Califórnia, foi este maravilhoso Duesenberg Model J Figoni Sports Torpedo de 1932. De propriedade de Lee Anderson, de Naples, Flórida, o roadster de oito cilindros em linha, 6,9 litros e 265 cv (numa época em que 40 cv era considerado veloz) tem também uma carroceria belíssima, rara e diferente. Marca a primeira vez que um carro americano ganhou o “Best of Show” desde 2013 e é a sétima vitória da marca Duesenberg.
A maioria dos Duesenberg foram encarroçados por construtores de carrocerias americanos de primeira linha, o carro sendo eminentemente um fenômeno americano, apesar de alguns terem sido exportados, como é o caso deste.
O Duesenberg J número de chassi 2509 foi enviado novo sem carroceria para o representante parisiense da marca, Motors Deluxe. O construtor francês de carrocerias Joseph Figoni equipou o Duesenberg com uma carroceria Sports Torpedo exclusiva, e a devolveu ao proprietário da Motors Deluxe, E.Z Sadovich, que então dirigiu o carro na edição de 1932 do Paris-Nice Rally antes de entregá-lo ao seu proprietário original, um peruano herdeiro de uma fortuna açucareira chamado Antonio Chopitea.
Chopitea exibiu seu novo Duesenberg em um concurso de elegância realizado em Cannes e ganhou o Grand Prix. O que aconteceu a seguir permanece um pouco obscuro: o que é certo é que o Duesenberg viajou para os Estados Unidos em 1933 e perdeu sua carroceria projetada por Figoni na década de 1960. O chassi acabou usando uma outra carroceria diferente por décadas, enquanto a original foi montada em outro Modelo J, de acordo com Hagerty. Felizmente, os dois carros chegaram à mesma coleção. Anderson comprou a dupla e iniciou o longo e meticuloso processo de reconstrução do chassi 2509.
Vencer este concurso em Peeble Beach requer uma restauração excepcional. É o caso aqui: uma tremenda atenção, mesmo aos detalhes mais minuciosos. O virabrequim original teve que ser localizado; ele havia sido instalado em um carro localizado em Vancouver. O proprietário concordou em fornecer a peça para o projeto de Anderson. Mas valeu a pena: o Modelo J de Anderson bateu 39 carros para ganhar o que muitos consideram o prêmio mais cobiçado do mundo dos carros clássicos.
“Toda a preparação – a história por trás deste carro é simplesmente incrível. Há apenas um Duesenberg Figoni&Falaschi afinal de contas; este aqui. Estamos muito felizes com o prêmio”, disse Anderson. (MAO)
Este é o Mustang Shelby GT500 Code Red
A Shelby American criou uma versão de produção de um de seus carros experimentais: o Shelby GT500 Code Red. Diferente do usual com Shelby (compressor mecânico), o motor é um V8 biturbo, baseado no Mustang GT500.
Além das diferenças visuais do Shelby GT500 usual, no Code Red o V8 de 5,2 litros do carro recebe dois turbocompressores e intercooler, um sistema de combustível todo novo, bem como gerenciamento de motor próprio.
O resultado são “mais de 1.000 cv” e 110 mkgf de torque, usando combustível de 93 octanas. Com E85 e ele chega até “mais de 1.300 cv”. A transmissão é reforçada para os novos níveis de torque e a Shelby American também adicionou o pacote widebody, juntamente com novas rodas, pneus, eixos, ajuste de suspensão, interior, emblemas, capô de fibra de carbono e muito mais.
Apenas 10 unidades por ano modelo serão feitas, com um pacote de modificação que começa em US$ 209.995 (R$ 1.079.374,30). Sim, isso é só a modificação, que deve ser somada ao preço de um GT500, que custa US$ 74,555 zero km, equivalente a R$ 383.212,70. Cada compra do Code Red vem com a adesão ao Team Shelby, e será documentado no registro oficial da marca. (MAO)
Tuthill 911K: um Porsche clássico de 11.000 rpm e 850 kg
O mundo precisa de mais um restomod baseado no 911? Aparentemente não há limites para este mercado; todo dia aparecem novas e criativas maneiras de se modificar um velho 911. Sim, velho; estamos falando aqui de um carro provavelmente dos anos 1970; 50 anos de idade.
Provavelmente porque Richard Tuthill, a mente por trás deste novo-velho 911, ainda não revela em que carro baseou seu 911K. Mas certamente não é baseado em 964 como a maioria das coisas deste tipo; não, a especialidade de Tuthill é nos carros anteriores à esta geração, correntes nos anos 1970 e 1980.
Ao contrário de muitos restomods de 911 que vemos por aí, a casa inglesa de Tuthill começa preparando 911 para competição, especialmente rally. É por isso que quando os notórios perfeccionistas da Singer quiseram fazer o seu 911 ‘Safari”, eles pediram ajuda a Tuthill para ajudar no desenvolvimento e construção dos carros.
Mas o que interessa aqui é o seguinte: este novo 911 restomod pesa, completo em ordem de marcha com todos os fluidos, 850 kg. Parem um pouco para pensar nisso. O carro pesa quase 100 kg menos que uma Marajó. São 250 kg a menos que um Mazda Miata zero km, nada menos que 426 kg a menos que um Toyota GR86. Aproximadamente o peso de um Kwid completo, lembrando que este é um dos carros zero km mais leves que existem no mundo.
Esta extrema redução fica mais aparente quando lembramos que mesmo um Porsche 911 1972 pesava ao redor de 1100 kg, ou 250 kg acima do 911K de Tuthill. E como ele conseguiu isso?
Gastando muito dinheiro, claro. O carro tem uma pletora de peças em materiais para lá de exóticos. O transeixo manual de seis velocidades tem carcaça fundida em magnésio, e a travessa que o suporta é em fibra de carbono. Em carbono também são (respire fundo): portas, teto, paralama dianteiro, paralamas traseiros, para-choque dianteiro e traseiro, capô dianteiro, tampa do motor traseira, a parede corta-fogo traseira do motor, o painel de instrumentos, bancos, volante, alavanca do freio de mão (que é hidráulico), plenum de admissão do motor, rodas (15×7 e 15×9), entre outras peças menores.
O santantônio interno é em titânio. Este material nobre, leve e caríssimo também é usado nas barras de torção da suspensão e nas barras estabilizadoras; e no pomo da alavanca de câmbio. Os freios são carbono-cerâmicos, e os vidros são mais leves, criados sob encomenda.
O motor tem poucos detalhes declarados, mas o pouco dito já impressiona: refrigerado a ar e projetado especialmente para o carro, o flat-6 aspirado desloca apenas 3,1 litros para ter um curso de pistão excepcionalmente curto, tem 4 válvulas por cilindro, e limite de giro de 11.000 rpm. Não foi divulgada potência, mas fala-se em algo em torno de 350 cv. O que em 850 kg, é deveras interessante.
Não foi revelado o preço também, mas aqui certamente vale o ditado popular: se você precisa perguntar, não é para você. (MAO)
Gunter Werks “Projeto Tornado” é o mais veloz 911 refrigerado a ar em pista
A Gunter Werks apesar do nome comicamente alemão, é uma empresa californiana especializada nesta que parece ser a ocupação preferida do entusiasta moderno com dinheiro: modificar 911 refrigerado a ar. O último 911 refrigerado a ar saiu de linha a 24 anos atrás, e o primeiro foi lançado 58 anos atrás, mas mesmo assim, é o 911 preferido de 10 entre 10 entusiastas da marca; daí esta verdadeira indústria de modificação e recuperação. Um 911 refrigerado a ar em perfeito estado hoje vale mais que um 911 zero Km fácil, embora não sejam especialmente raros; o que prova que nem sempre o mais novo e avançado é o melhor.
Mas voltando a Gunter Werks: a empresa não se preocupa muito em fazer o carro parecer mais velho, como a famosa Singer. Pega os 993, os últimos e mais avançados 911 refrigerados a ar, e tenta melhorá-los apenas. Sua última criação é esta: o carro que chamam de “Projeto Tornado”.
Por fora, todos os painéis da carroceria do Projeto Tornado, com exceção das portas, são feitos de fibra de carbono. Isso o torna 227 kg mais leve que o 993 turbo original, resultando em 1.225 kg. Além da redução de peso, a carroceria redesenhada melhora muito o fluxo de ar para motor e radiadores, e aumenta o downforce.
No interior, tudo é revestido em fibra de carbono ou Alcântara, com detalhes contrastantes na cor da carroceria. Os novíssimos bancos em fibra de carbono oferecem suporte máximo com espumas adaptadas à forma do corpo do proprietário, sob medida. O volante também é feito de fibra de carbono, enquanto o console central possui um suporte magnético para tablet que oferece carregamento sem fio.
O motor é um flat-6 biturbo de 4,0 litros refrigerado a ar, criado pela Rothsport Racing, com um ventilador plano derivado de competição, e gerenciamento via um sistema Motec. A potência é de 608 cv, ou opcionalmente 710 cv no modo de pista.
Este motor é acoplado a um transeixo manual de seis velocidades apenas com tração traseira. O chassi é afinado com padrões modernos, utilizando um sofisticado sistema de suspensão e freios Brembo CCMR. A empresa espera bater os tempos de volta estabelecidos pelo Porsche 918 Spyder e pelo McLaren P1 em Laguna Seca, o que mostra que é um carro de pista sério.
Gunther Werks não disse quantos deles vai produzir, mas se ventila algo em torno de 25 unidades. O preço? Se você precisa perguntar… (MAO)
Mercedes-AMG lança GT3 não-homologado pela FIA — e mais radical
A Mercedes-AMG está completando 55 anos neste ano e vem lançando uma série de edições especiais comemorativas. A maioria, até agora, eram apenas pacotes estéticos, mas este AMG GT é um pouco diferente: ele é um GT3, mas que não está homologado sob o regulamento da GT3. É mais ou menos como o Porsche 919 Evolution, que era um LMP1, mas sem as restrições do regulamento.
Isso significa que este AMG GT3 Edition 55 não precisa ser limitado aerodinamicamente, nem mecanicamente, nem ter peso mínimo ou máximo. Por isso seu V8 de 6,2 litros tem 100 cv a mais que o modelo homologado, chegando aos 650 cv. Também por isso, ele não tem o abafador no escape, exigido pela FIA.
Sendo um GT3 não homologado, nem preciso dizer o óbvio: ele é um carro de pista para divertir endinheirados em seus track days exclusivos. Cinco deles, para ser mais exato: a AMG irá produzir apenas cinco unidades do GT3 Edition 55. Além do motor mais potente e sonoro, o Edition 55 tem pintura prata com detalhes vermelhos, enquanto o interior tem fibra de carbono exposta e detalhes em cinza “Anthracite Grey”.
Os cinco compradores terão de desembolsar US$ 620.000 por cada exemplar, o que resultaria em um preço local de aproximadamente R$ 7.000.000 considerando impostos. O carro ainda vem com um mimo da IWC Schaffhausen, patrocinadora da Mercedes no automobilismo: um relógio Pilot’s Watch Chronograph Edition AMG, cujo valor de mercado é de, aproximadamente, US$ 10.000. (Leo Contesini)
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!