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Carros movidos à combustíveis sintéticos estão liberados na Europa depois de 2035
A Alemanha e a União Europeia chegaram a um acordo sobre uma proposta de proibição de veículos movidos a combustão a partir de 2035, segundo a Reuters. E a Alemanha venceu: os combustíveis sintéticos estão fora do banimento geral de combustão interna a partir de 2035.
A Alemanha e a Itália rejeitaram a proposta original que eliminaria completamente os veículos com motor à combustão interna em 2035. Como parte desse compromisso, a Comissão Europeia concordou em criar uma nova categoria de veículos para modelos que só podem andar com os combustíveis sintéticos neutros em carbono, como os da fábrica-piloto da Porsche no Chile.
Os veículos desta nova categoria não poderão rodar com gasolina ou diesel; os fabricantes devem equipá-los com sistemas que garantam isso automaticamente. Obviamente esses sistemas terão que ser desenvolvidos ainda: ninguém sabe exatamente como funcionarão.
Esses novos combustíveis vem de um processo que envolve a captura de dióxido de carbono e a produção de hidrogênio a partir de energia renovável. É carbono neutro durante a combustão porque o CO2 retorna para a atmosfera.
Não se sabe como a produção destes combustíveis e seu preço ao consumidor vão se comportar; ainda é uma indústria que não existe em grande escala, apenas estudos. Muito provavelmente garantirão que os caros carros esporte produzidos pela Itália e Alemanha, os principais proponentes deste waiver, poderão continuar com esses combustíveis. O resto da população, provavelmente ficará com os elétricos. Mas tudo pode mudar, agora que são parte da lei. Veremos. (MAO)
Pininfarina Battista é o carro mais rápido da India.
Na India, o Pininfarina Battista bateu um recorde local de velocidade ao atingir 332,2 km/h, no complexo de Natrax. O recorde foi batido pela Autocar India.
Com 11,3 km de extensão e com quatro pistas de rolagem, o complexo é uma das maiores pistas de teste para alta velocidade do mundo. O hipercarro elétrico atingiu seu limitador eletrônico de velocidade máxima, o que indica que poderia ter ido ainda mais rápido, os pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 sendo o fator limitante.
Não é o elétrico mais veloz do mundo: este título é do Rimac Nevera, que é relacionado mecanicamente ao Battista. O Nevera já foi cronometrado à 412 km/h. Mas o Battista é o carro de produção mais rápido do mundo no quarto de milha, com 8,55 segundos. Além disso, é também o primeiro a atingir meia milha, com 13,38 segundos, e o primeiro a chegar a 300 km/h, em 10,49 segundos. O Battista também faz o 0-100 km/h em 1,86 segundos.
O supercarro elétrico da Pininfarina usa quatro motores elétricos que produzem uma potência combinada de 1.900 cv e 235 mkgf. A Rimac fornece a bateria de 120 quilowatts-hora, em forma de T e montada na parte inferior. Cada carro é construído à mão na Itália, levando aproximadamente 1.250 horas para ser concluído. Apenas 150 carros estão planejados para produção, com preços a partir de € 2,2 milhões, ou R$ 14.542.000. Na Itália! (MAO)
RML Short Wheelbase leva nada menos que oito meses para ficar pronto
Você se lembra do RML Short Wheelbase, uma réplica do Ferrari 250 GT SWB 1958 criada em cima da mecânica de uma Ferrari 550 Maranello. Erroneamente é chamada por aí de restomod; como não é baseado no carro original, e sim uma carroceria parecida com ele em cima de uma mecânica mais moderna, é uma réplica.
Agora vem a notícia de que o primeiro deles está programado para ser entregue ao seu novo proprietário no próximo mês, após oito meses de produção. A empresa inglesa aproveitou o ensejo para compartilhar alguns detalhes da linha de produção.
O carro começa com uma restauração completa do chassi do 550 Maranello doador, que inclui uma nova pintura a pó no final. Em cima deste chassi spaceframe vem a nova carroceria de fibra de carbono em duas peças, que pesa só 42,5 kg.
A carroceria então pode ser preparada com uma tinta especial projetada para fibra de carbono. A RML aplica várias camadas de primer, bem como uma camada de base prateada, para ajudar a realçar a cor final.
Com a pintura finalizada, a RML começa o trabalho de instalação do chicote elétrico e do isolamento da cabine. Depois disso, os acabamentos interno e externo serão instalados. Finalmente, o motor V12 de 5,5 litros e 486 cv é acoplado a uma transeixo traseiro manual de seis marchas com um diferencial autoblocante.
“Cada RML Short Wheelbase é construída à mão”, diz Michael Mallock, CEO da RML, ao site Carscoops. “Mas também usamos a tecnologia mais avançada para garantir que a qualidade de sua construção atenda aos níveis mais altos”. É realmente uma obra de arte.
Mas um cara não pode deixar de pensar no que há de errado com um Maranello original, tanto que ele precise fazer cosplay de uma 250 GT do longínquo ano de 1958. Nunca será uma, a não ser, vagamente, na aparência. Mas não devemos questionar: se esta 550 Maranello se identifica com uma 250 GT SWB 1958, a gente deve apenas aceitar. (MAO)
National Motor Museum do Reino Unido restaura o Sunbean 1000 hp
Em 1927, o modelo T, um carro de 20 cv e capaz de, talvez, 80 km/h, era de longe o mais popular carro do mundo. Em 1928 seria substituído pelo mais moderno modelo A, um foguete comparativamente com 40 cv. Na Inglaterra, o carro mais popular era o Austin Seven, um carrinho de 750 cm³, válvulas laterais e 10 cv. Qualquer coisa com 100 cv era vista com reverência e espanto. O vencedor de Le Mans em 1927, o Bentley 3-litre, tinha no máximo 80 cavalinhos.
É neste mundo que apareceu “The Slug”. Um enorme carro com forma de lesma, vermelho, onde se lia nas laterais: “1000 hp car – Built by the Sunbean Motor Co, Ltd, Wolverhampton, England”
Mil cavalos-vapor! Um número que beirava o inacreditável.
Em 29 de março de 1927, quase exatamente 96 anos atrás, Sir Harry Segrave, dirigindo este carro na praia de Daytona nos EUA, em frente à uma multidão de 30 mil pessoas, se tornou a primeira pessoa a superar a marca de 200 mph, atingindo 327,981 km/h, ou mais de 203 mph.
Mas os 1000 hp eram propaganda enganosa, na realidade. O carro usava dois V12 aeronáuticos Sunbeam Metabele de 22,5 litros e 48 válvulas cada, que davam 435 hp cada, para um total de 870 hp. Ainda um pouco longe dos 1000, portanto. Mas era uma época mais inocente, e detalhes como esse eram pouco importantes.
Agora, o National Motor Museum, no Reino Unido, anunciou que deseja restaurar o carro, a fim de prepará-lo para o 100º aniversário de seu incrível recorde. Para tornar isso possível, está buscando arrecadar £ 300.000 (R$ 1.920.000).
Para atrair investidores para o projeto, o museu exibirá o carro em exibições e feiras de automóveis no Reino Unido e na Europa, bem como em museus nos Estados Unidos. O carro está com o National Motor Museum desde 1970, mas os componentes internos dos motores travaram e o carro não funciona há quase 50 anos.
O trabalho já começou, e o motor traseiro foi removido pelo engenheiro sênior do museu, Ian Stanfield. A equipe quer dar ao carro a restauração completa que ele merece, para que ele possa retornar a Daytona Beach em 2027 para o 100º aniversário de seu recorde. Andando. (MAO)
Kia lança o Bongo 4×4 2024 no Brasil
Antes de seu prometido irmão Hyundai HR 4×4, a Kia lançou esta semana o novo Bongo K2500 4×4 2024. Já está disponível nas concessionárias da marca.
E o que é um Kia Bongo K2500 4×4 2024, você me pergunta? É um caminhão pequeno de cabine avançada, que na verdade tem capacidade de carga de caminhonete grande, e por isso pode ser dirigido com carteira de habilitação B. A capacidade de carga é de 1811 kg. Agora, seu leque de utilidade é aumentado pela tração nas quatro rodas. Todo Bongo passa a ser 4×4, a versão 4×2 descontinuada.
O caminhãozinho vem também com um motor atualizado, com injeção eletrônica Common Rail. É um 2.5 litros turbodiesel de 4 cilindros em linha, 16v, 130,5 cv a 3800 rpm, e 26 mkgf a 1250 rpm.
O carro conta também com freios ABS e controle de estabilidade, painel de instrumentos redesenhado, volante e bancos novos, chave com controle de abertura remota das portas. Por fora, ganhou repetidores de seta nas portas e um redesenho nos faróis para abrigar as luzes diurnas.
O veículo chega com garantia de 3 anos ou 100 mil km, o que ocorrer primeiro, e custa R$ 164.990. (MAO)