Outro carro que usa esse sistema de detecção de buracos é o Ford Fusion Sport, o modelo V6 biturbo de 330 cv vendido exclusivamente nos EUA. O funcionamento no Ford, contudo, é um pouco mais simples e foi derivado do sistema já oferecido no Lincoln MKZ. Ele não usa câmeras, mas 12 sensores de alta resolução na parte inferior do para-choques dianteiro para perceber que há uma imperfeição adiante.
Quando isso acontece, o sistema envia um sinal elétrico que retém a compressão do amortecedor, segurando a roda em sua posição e impedindo-a de cair no buraco. Outra diferença em relação ao sistema da Mercedes é que, por ser baseado em sensores em vez de câmeras, ele funciona mesmo em condições adversas de visibilidade, e seu monitoramento é constante.
O mais recente modelo equipado com um sistema ativo capaz de ler buracos é o Audi A8 Sedan. Sendo de uma geração mais moderna que os outros dois modelos, ele também usa um sistema mais complexo.
A base do sistema da Audi são as câmeras estéreo, como no Mercedes, porém elas são capazes de gerar 18 imagens por segundo. Outra diferença é que em vez de bolsas de ar e amortecedores hidráulicos, a Audi está usando um sistema eletromecânico de alta potência (algo possibilitado por seu sistema elétrico de 48 volts) que consiste em um motor elétrico, um atuador mecânico e um tubo rotativo com uma barra de torção ligada à suspensão de cada roda.
Quando o sistema detecta alguma imperfeição na pista à frente, o motor elétrico recebe o sinal de seu módulo de controle e atua sobre a suspensão também controlando compressão e retorno dos amortecedores. O motivo do uso de um sistema eletromecânico em vez de hidráulico, como no Mercedes, é a velocidade de ação mais rápida — incluindo no controle de rolagem das curvas, uma vez que sua atuação pode ser vinculada ao movimento da caixa de direção. Veja como ela funciona na prática:
O sistema da Audi ainda vai além do conforto e inclui ainda um recurso de segurança: caso as câmeras e sensores detectem a iminência de uma colisão lateral em T, os motores elétricos elevam a lateral que será atingida em 80 mm para proteger os ocupantes.