No último final de semana dos dias 22 e 23 de outubro, rolou o 2º Encontro de Autos Antigos de Casa Branca, no interior de São Paulo. É a segunda vez que a pequena cidade de 30.000 habitantes promove o encontro como parte das comemorações de seu aniversário. Neste ano o encontro reuniu mais de 200 clássicos nacionais e estrangeirs vindos de São Paulo, Araraquara, Leme, Campinas e da própria cidade sede.
Expostos ao redor da histórica Praça da Matriz, os veículos foram divididos de acordo com a marca e período histórico. Em frente à majestosa igreja de estilo eclético neo-renascentista ficaram os modelos de maior destaque como Cadillacs 1963 e 1952 Limousine Derhan, Lincoln Mark V, Rolls-Royce, Bel Air 1957 e Mercury 1948. Este último, um modelo “Fordor” impecavelmente restaurado pela PJS Restaurações Especiais e merecidamente premiado no último encontro de Águas de Lindóia.
Ao redor do largo da Matriz viam-se Fords das décadas de 20 e 30 enfileirados sob as árvores, parecendo táxis esperando por passageiros de tempos distantes. Ao lado deles uma dupla de Oldsmobile 442 representava a categoria dos muscle car americanos. Além destes, os motores V8 estiveram presentes em Dodge Charger, Plymouth Cuda, LeBaron, Ford LTD e diversos Galaxie e Landau.
Um deles, exposto bem ao lado de um Aero Wyllis 1967, permitia vermos exatamente a transição pela qual o segmento de luxo passou quando a Ford adquiriu a Wyllis. Há quem diga que quando Henry Ford II esteve no Brasil os executivos da montadora foram recepcioná-lo com o que a marca tinha de melhor no país – o Itamaraty Executivo – e que teria sido dentro deste carro que ele anunciou aos diretores da Ford a intenção de iniciar a montagem do Galaxie 500 por aqui, selando assim o destino do longevo Aero.
Poucos metros adiante da dupla Aero-Galaxie, na lateral da igreja, um extenso corredor formado por Opala, Caravan, Chevette e Monza contava a história dos carros de passeio da GM até a década de 90. Encabeçada por um Comodoro 1980 com teto Las Vegas, a fila ainda contemplava Caravan Diplomata 1986 com placa preta, Caravan 1992, um dos últimos coupés da linha e diversos modelos Chevrolet que marcaram época.
Na mesma rua, um quarteirão com casas do século XIX servia de fundo para uma fileira de DKWs coroada com os ilustres Fissore e Puma DKW 1967, cuja produção estima-se ser limitada a 135 unidades.
Contrastando com os clássicos da década de 60, um Mustang 1995 e seu rival Camaro competiam com uma dupla de Miura pela atenção dos visitantes. E não faltaram importados de luxo: Mercedes SL 600 V12, Mercedes 280, Mercedes SL, Jaguar e também um inusitado Toyota Avalon 1996 com 33 mil milhas originais e todos os clichês de um legítimo full-size americano dos anos 1990, como interior em couro bege, câmbio automático com alavanca na coluna, banco dianteiro inteiriço e telefone fixo no apoio de braço.
No lado oposto da praça um quarteirão inteiro tomado por VWs e modelos de motor AP. Um VW Sedan 1954 abria a sessão que trazia Karmann-Ghia, Gurgel, Kombi, SP2 e inúmeros Fusca de diversos anos, cores e modelos. Modelos mais novos como Gol GTS e GTI também marcaram presença no encontro.
Tão comuns em cidades do interior, os utilitários tiverem participação especial com modelos como Rural, Pick-Up e Jeep Wyllis, F1000, caminhão Mercedes, Chevrolet 1948, Chevrolet C10, Ford 1929, Fiat 147 Pick Up e uma Studebaker customizada, entre outros.