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Corvette pode se tornar marca e não modelo
Talvez seja inevitável. Talvez todo fã do carro como eu, acostumado com apenas carros esporte com este nome, seja apenas gente boba dando importância demasiada a algo que na verdade não é importante. Mas não é possível evitar: nomes costumavam significar algo, ainda que hoje nem os donos desses nomes famosos parecem se importar. Parece que a população é boba o suficiente para acreditar que um nome sozinho vale algo; não precisa de significado real.
Mas enfim, a notícia é esta: a Car & Driver americana diz que a partir de 2025, a GM planeja lançar uma marca Corvette que também incluirá um cupê de quatro portas e um SUV crossover. Ambos os futuros novos Corvettes serão elétricos, é claro. Se a Ford fez isso com o Mustang, a GM acredita que pode fazer o mesmo com o Corvette.
A reportagem parece uma encomenda da GM; a revista cita “um amigo nosso no GM Tech Center” como a fonte, mas é claramente algo que tenta passar a impressão que é uma boa ideia. Cita os SUV já cometidos pela Porsche, Maserati, e até Ferrari como um passaporte, uma autorização para se bastardizar mais este nome. Diz “por que o Corvette não deveria também considerar a criação de sedãs, crossovers ou, Deus nos livre, até pickups?”
Então é isso: logo depois de criar o mais sensacional Corvette que já existiu, na forma do novo Z06, chegamos ao fim de mais uma longa linhagem de puro-sangues. Corvettes não mais serão somente carros esporte, mas também um meio de transporte tão insípido, incolor e inodoro quanto qualquer outro. Existem países onde o nome é só o que interessa mesmo, e o que são décadas e décadas de dedicação e trabalho duro para criar a credibilidade de um nome quando há algum dinheirinho para ser ganho, não é mesmo?
“O objetivo não é vencer Taycan e Cayenne em seu próprio jogo, mas criar lendas americanas capazes de abrir novos caminhos, tornando a essência do Corvette escalável. Para fazer isso, essa essência deve estar sempre em um estado de fluxo progressivo”, diz a fonte da revista.
O nome é dela, e ela faz o que quiser com ele, afinal de contas. E sim, há dinheiro a ser ganho nisso. Mas como um fã fervoroso do profundo significado que o Corvette continua a ter até hoje no mundo do automóvel, mesmo depois de tantas administrações e mudanças radicais na empresa e no mundo, não há como não se revoltar com isso. E o motivo disso é simples.
Falamos da GM aqui, não da Porsche. Chevrolet já não consegue prestígio, Cadillac idem, Oldsmobile, Pontiac, Saturn, e tantas outras já morreram. Agora vão pegar o único nome imaculado da empresa, que tem algum valor, por ter um significado claro e imutável, cultivado por produtos certeiros por décadas a fio, para também acabar com ele?
A GM acabou com a credibilidade de todas essas marcas sozinha. Ninguém ajudou nessa. Agora parece que tem vergonha dessas suas marcas, que quer ser Tesla, ou neste caso, Porsche, Lamborghini, Ferrari. A GM faria bem em lembrar que, não importa quantos nomes antes importantes destrua nesta busca, definitivamente não é uma Porsche. E não existe um nome sequer debaixo do sol que, sozinho, a fará assim. (MAO)
O mais famoso Maserati 450S reaparece em Goodwood
Uma das mais fantásticas características do automóvel é a de que além da história de sua criação como máquina, como produto de intelecto e de paixão de pessoas que fazem coisas de verdade no mundo real, há também a história de cada carro individualmente. Um automóvel pode viver para sempre e ir, durante este tempo, juntando mais histórias humanas incríveis pelo caminho. Isso, é claro, se por acidente não desaparecer numa bola de fogo visível da mesosfera, no meio desse caminho.
Este Maserati 450S é um grande exemplo disso. Primeiro, é uma criação de uma empresa sensacional, e de um engenheiro lendário, Giulio Alfieri. O seu magnífico V8 DOHC de 4,5 litros e 400 cv fazia dele o carro esporte de corrida mais potente que existia, e uma lenda. Depois este motor viraria, como o V12 Colombo para a Ferrari, a base da lenda dos Maserati de rua também. Versões dele apareceram no 5000GT, no Ghibli, no Bora, no Khamsin, e nos grande Quattroporte.
Mas o 450S era um carro de corrida, e sua história, longa e ainda mais interessante. Em 1957, Moss e Jenkinson tentaram ganhar a Mille Miglia de novo com ele, depois que a Mercedes-Benz abandonou as corridas em 1955. Mas o pedal de freio quebrou no meio quando Moss pisou nele na corrida, causando um acidente e o fim da prova para os dois.
Até o fim de sua vida Moss dizia ter sido este um dos momentos mais apavorantes de sua carreira; “quando fiquei sem freio a 230 km/h no meu Maserati na Mille Miglia em 1957, foi bastante assustador”- disse ele, com a fleuma britânica característica.
Moss correu em Nurburgring aquele ano com o 450S ainda, mas também sem sucesso. O chassi 4505 foi então renumerado 4506 na fábrica e foi vendido para o americano John Edgar. Após sua chegada o carro teve uma carreira de imenso sucesso nas provas do SCCA, com um certo texano chamado Carrol Shelby ao volante. Venceu em Lime Rock, VIR, Palm Springs e Riverside, juntamente com vários outros pódios.
Outro piloto famoso, Dan Gurney, então assumiu o volante para uma única corrida SCCA em maio, mas não conseguiu terminar a corrida. O carro então passou por uma série de trocas de motor, com um Pontiac V8 de 6,3 litros durando apenas sete meses antes de ser trocado por um Maserati V8 de 5,7 litros.
Eventualmente, o carro acaba na Coleção Rosso Bianco de Peter Kaus, sob cuja administração recebeu outra troca de motor: um Maserati V8, mas com 6,2 litros de deslocamento. Não há Maserati V8 de 6,2 litros? Não em terra: era um motor marítimo de competição.
Thomas Escher comprou o carro em 1990, que mantém sua carroceria original e está efetivamente em condições originais, não restauradas, embora seu atual dono o tenha devolvido a uma especificação de motor original.
Um carro de quase 70 anos de idade, mas ainda um monstro de dar medo, com seu potente V8 de corrida com 400 cv a 7200 rpm, e pesando apenas 790 kg; um testamento vivo da genialidade de Alfieri, e da capacidade fabril da Maserati. Mas também é um testemunho vivo de incontáveis batalhas, e montaria de inúmeras lendas da pilotagem, em dois continentes. Não é algo simplesmente fantástico? (MAO)
Este é o De Tomaso P900
Sim, mais um supercarro sensacional, com um preço de fazer adulto chorar. Sim, é uma época boa para ser um sheik árabe ou coisa parecida; as opções parecem infinitas.
Este é uma obra da De Tomaso, uma nova empresa que usa o nome e a fama do argentino mais controverso da história da indústria automobilística, o saudoso e incrível Alejandro De Tomaso.
Este carro se chama De Tomaso P900, e é uma máquina exclusiva para pistas, o que certamente economiza uma tonelada de trabalho de certificação. Apenas 18 carros serão feitos, por US $ 3 milhões cada, é apresentado como neutro em carbono graças a um V12 recém-desenvolvido projetado para funcionar com combustíveis sintéticos. Tá bom.
A empresa afirma que o motor é o menor e mais leve V12 já desenvolvido, pesando apenas 220 kg. Ele atinge 12.300 rpm ou 200 rpm a mais do que o Cosworth V12 instalado no Gordon Murray T.50. Dá nada menos que 900 cv, e o P900 do nome vem do peso: 900 kg. Sim, apenas 1 kg para cada cavalo-vapor carregar. Barrabás…
O transeixo é uma caixa sequencial Xtrac, mas o V12 ainda não existe na verdade: estará pronto só no final de 2024. Mas você poderá comprar o carro já, se se contentar com um Judd V10, como usado pelos Benetton B197 de fórmula 1, nos anos 1990. Uma oferta que me parece bizarra, mas quem sou eu para avaliar este tipo de aquisição de artigo de luxo?
Os números de desempenho ainda não foram divulgados, embora a empresa diga que o P900 será quase tão rápido quanto um carro de corrida LMP. Em outras palavras, deve ser um concorrente digno do Aston Martin Valkyrie AMR Pro, outro hipercarro sem placa. Mas ainda não existe em carne e osso; as imagens são renderizações ainda. O primeiro veículo real ficará pronto no meio de 2023, segundo a empresa. (MAO)
Mattia Binotto deixa a Ferrari
Mattia Binotto está fora do comando da equipe de Fórmula 1, após uma temporada difícil com a Scuderia.
“Com o pesar que isso acarreta, decidi concluir minha colaboração com a Ferrari”, disse Binotto em comunicado. “Deixo uma empresa que adoro, da qual faço parte há 28 anos, com a serenidade que advém da convicção de ter feito todos os esforços para atingir os objetivos traçados. Deixo uma equipe unida e em crescimento. Uma forte equipe, pronta, estou certo, para atingir os objetivos mais elevados, aos quais desejo as maiores felicidades para o futuro.”
A Ferrari teve um início de 2022 extremamente bom. Seu carro foi um dos melhores que já construiu em muito tempo e acumulou algumas vitórias no início da temporada. Mas com erros de estratégia, problemas de confiabilidade e falta de desenvolvimento em comparação com a Red Bull, tudo se esvaiu. Na metade da temporada, os campeonatos de Max Verstappen e Red Bull pareciam já inevitáveis.
Binotto se tornou chefe de equipe da Ferrari em 2019, e sua gestão foi marcada por altos e baixos. Este ano, ao que parecia, seria o ano em que a Ferrari voltaria ao topo, mas seu status de vice-campeão esconde sérios problemas na equipe. A Ferrari não obteve vitórias nas últimas 11 corridas da temporada, e até a Mercedes, que não estava em nenhum lugar nos estágios iniciais de 2022, parecia que poderia roubar o segundo lugar.
Com a Red Bull em rara forma e a Mercedes parecendo promissora para 2023, a Ferrari precisa agir rapidamente. Há rumores de que o chefe da equipe Alfa Romeo, Fred Vasseur, parece ser o favorito para o cargo de Binotto. (MAO)
KTM 890 R 2023 já disponível no Brasil
A nova 890 R 2023 foi lançada em setembro, mas já está disponível também nas lojas brasileiras. Está pronta para competir na concorrida faixa de modelos big trail, contra motos como a BMW F 850 GS e aTriumph Tiger 900. Lá fora a 890R tem o nome “Adventure”; aqui não pode usá-lo para não ser confundida com as Palio Weekend; o nome é da Fiat.
Para 2023, a moto recebeu um novo painel de instrumentos digital com tela TFT colorida de cinco polegadas, com saída USB-C. O visor tem novos grafismos mais nítidos para o condutor, e navegação por GPS passo a passo.
O motor é um bicilíndrico paralelo arrefecido à líquido de 889 cm³, com injeção eletrônica. Fornece 106 cv e 10,2 mkgf de torque, através de uma transmissão de seis velocidades. O entre-eixos é de 1529 mm, e a altura do assento é de 880 mm. Leva até 20 litros de combustível no tanque. A moto pesa 196 kg a seco.
Além disso, a moto vem com grafismos inspirado nas motos de competição da KTM, e uma suspensão recalibrada para maior conforto em longas viagens, além de pneus focados no off-road. O sistema de freios ABS tem um sistema novo, e tem modos Offroad e Rally . Controle de tração com sensor inercial de 6 eixos, controle de cruzeiro e quickshifter bidirecional também fazem parte do pacote.
A moto já está disponível para encomenda nas lojas brasileiras da KTM, mas não é barata: começa em R$ 139.990. (MAO)