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De repente 30: os carros mais legais que completam trinta anos em 2015 e agora podem ser importados

Enfim, mais um ano chegou. E você sabe o que isto significa? Que dezenas de carros incríveis completarão 30 anos e finalmente poderão ser importados legalmente para o Brasil. Para te poupar do trabalho sujo e ingrato de ter que escolher seu novo carro importado (mentira, quem não gosta de um window shopping automotivo…) , nós selecionamos oito modelos que completarão três décadas de lançamento em 2015, poderão atravessar os mares e desembarcar na sua garagem.

Claro que nunca é demais lembrar que encontrar um carro de três décadas é só o primeiro passo: além de você precisar esperar alguns meses dependendo do modelo (é obrigatório que ele tenha 30 anos completos), o processo de importação de um carro é doloroso no bolso e bastante burocrático. Só que não é impossível — temos até um guia que vai te adiantar boa parte dos percalços. Antes de continuar, recomendamos fortemente a leitura (ou a releitura).

Pronto? Então vamos lá!

Chevrolet Camaro Iroc-Z

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Todos parecem lembrar da primeira geração do Camaro, lançada em 1967 para competir com o Mustang, ou da segunda geração, de 1970 (que é bem melhor que o desastre estilístico chamado Mustang II, de 1974. Ao menos, ele tem uma bela suspensão dianteira, muito adaptada em projetos Pro Touring). A partir da terceira geração, lançada em 1982, o Camaro ficou mais moderno, ganhou opções de motores de quatro cilindros, mas nunca deixou suas raízes de muscle car de lado: em toda a sua história, sempre houve um V8 para se escolher no catálogo.

Mais ainda: em 1985 surgiu o Camaro Iroc-Z, dotado de um V8 de 305 pol³ (cinco litros) com injeção eletrônica e 215 cv. Seu nome era uma homenagem à famosa International Race of Champions, disputada nos EUA entre 1974 e 2006, e ele tinha como característica mais marcante sua dinâmica exemplar, conseguida graças aos amortecedores pressurizados Delco-Bilstein, molas mais firmes e barras estabilizadoras mais grossas. Câmbio? Nada de automático: um T-5, manual de cinco marchas, de série! Para se ter uma ideia, a Chevrolet anunciou o Iroc-Z como “o Camaro que queria ser um Corvette”, e a revista Car and Driver o colocou como um dos dez melhores carros lançados em 1985 — em boa parte, graças às suas qualidades dinâmicas.

OK, 215 cv não são exatamente uma potência astronômica, mas eram fruto de sua época: as leis de emissões estavam no auge de suas restrições, o que resultou em motores com comandos de válvulas de geometria mais mansa, cabeçotes com válvulas menores, taxa de compressão mais baixa (no caso do Iroc-Z, 9,5:1, sendo que os muscle cars em seu auge nunca tinham menos que 10:1), mapeamento de ignição mais contido e catalisadores, que prejudicavam bastante o fluxo. Apesar disso, tirar as amarras dos motores não era um trabalho tão grande – por causa disso, muitos donos iam com o carro direto da concessionária para a oficina para reverter estas restrições de potência.

Agora, um detalhe: o Camaro Iroc-Z ganhou um motor de 350 pol³ (5,7 litros) e 225 cv em 1987, mas você vai ter que esperar dois anos se quiser importar um desses.

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Alfa Romeo 75

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Via de regra, os Alfa Romeo podem ser divididos em dois grupos: os belíssimos e desejáveis, e os nem-tão-belíssimos-assim mas desejáveis do mesmo jeito. O Alfa Romeo 75 cai no segundo grupo porque suas linhas não são exatamente elegantes, mas nós queremos um do mesmo jeito — afinal, ele foi o último Alfa lançado antes de a marca ser comprada pela Fiat e o último a ser equipado com transeixo, isto é, com a transmissão acoplada ao diferencial traseiro. Com esta disposição de elementos, o Alfa 75 tinha uma distribuição de peso perfeita (50/50), que refletia no comportamento dinâmico.

No ano do lançamento (que, caso você não tenha sacado, foi 1985), o Alfa 75 tinha motores de quatro cilindros de 1,6, 1,8 e dois litros, além de um V6 de 2,5 litros com injeção eletrônica e 156 cv a 5.600 rpm. É este o que você quer — ao menos até o ano que vem, quando a versão Turbo, lançada em 1986 e dotada de um dos melhores roncos de motor quatro-cilindros do mundo, poderá ser importada.

 

BMW M5 E28

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O primeiro BMW M5 era baseado na segunda geração do Série 5, a E28. Apresentado em Frankfurt em 1984 e produzido a partir de outubro de 1985, era basicamente um sedã com motor de supercarro — o chamado M88/3, um seis em linha de 3,5 litros que tem origem no BMW M1. Este, por sua vez, tinha versões de competição turbinadas que arranhavam os 900 cv, e por aí você consegue imaginar o potencial deste sedã que, originalmente, entregava 286 cv a 6.500 rpm e chegava aos 100 km/h em 6,5 segundos com máxima de 246 km/h. Na época, era o sedã mais rápido do mundo.

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Agora, atenção: o primeiro M5 é um dos modelos mais raros da divisão Motorsport, com apenas 2.241 unidades (todas feitas à mão) e o que você quer de verdade é o modelo europeu, pois o americano tinha um motor menos potente, de 252 cv chamado S38.

 

Ferrari 412

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Se você quer uma Ferrari que não pareça uma Ferrari, a 412 é para você. Na verdade, como diversas Ferrari na época, a 412 era baseada em um modelo mais antigo — embora tenha sido lançada em 1985, sua origem está na 365 GTB 2+2, lançada em 1972.

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É um pouco confuso, sim, mas fica mais fácil de entender assim: a 365 tinha um V12 de 4,4 litros (365 cm³ por cilindro) que, em 1979, foi substituído por um V12 de 4,8 litros (400 cm³) e fez com que a Ferrari mudasse o nome do carro para 400. Então, em 1985, o motor cresceu novamente — para 4,9 litros, e o deslocamento de 412 cm³ de cada cilindro rendeu outra mudança de nome. Sacou?

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Sobre o carro em si, trata-se de um cupê de três volumes com o V12 de 4,9 litros na dianteira acoplado a uma caixa manual de cinco marchas ou automática de três marchas. A potência era de 340 cv a 6.000 rpm e o torque, de 46 mkgf a 4.200 rpm — o bastante para chegar aos 100 km/h em 6,7 segundos com máxima de 255 km/h. Curtiu? Então se prepare para garimpar bastante:apenas 576 exemplares foram fabricados durante os quatro anos de produção, e só 43 deles em 1985.

 

Ferrari 328

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Agora, se você quer uma Ferrari que se pareça com uma Ferrari, melhor procurar uma 328, que também foi lançada em 1985. É uma Ferrari com motor V8 central-traseiro, cuja tradição nasceu na 308 e desemboca atualmente na 458 Italia.

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O V8 em questão é o Tipo F105CB, de 3,2 litros, 274 cv e 31,9 mkgf de torque, o bastante para levá-la até os 100 km/h em 5,5 segundos. Era um motor bem semelhante ao usado na sua antecessora, a 308 QV, e o câmbio era manual de cinco marchas — nada de automático, nada de automatizado, nada de borboletas. Apenas a boa a velha grelha no túnel central. Bons tempos…

Curiosamente, em 1986 foi lançada uma versão com motor turbo de dois litros (1.991 cm ³) e 254 cv feita exclusivamente para o mercado Italiano, que taxava em 38% carros com deslocamento maior que dois litros. Naturalmente, se quiser uma dessas, você vai ter que esperar até o ano que vem.

 

Bentley Turbo R

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Esta vai para os fãs dos antigos carros de luxo britânicos: que tal trazer para o Brasil neste ano um Bentley Turbo R, o melhor Bentley da década de 1980? O modelo apresentado em 1985 tinha origem no pacato Mulsanne, que lhe cedeu o motor V8 turbo de 6,75 litros e cerca de 300 cv (a Bentley nunca forneceu números oficiais) e toda a carroceria (os Bentley eram praticamente todos iguais naquela época, apenas com nomes e motores diferentes).

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Contudo, sendo um modelo voltado ao alto desempenho, o Turbo R tem na suspensão retrabalhada sua característica mais marcante: enquanto o Mulsanne era confortável e macio, o Turbo R recebeu amortecedores mais firmes, barras estabilizadoras mais grossas e uma barra Panhard na traseira para melhorar a estabilidade do eixo traseiro no limite de aderência em pisos ruins. Com as modificações, a revista Motor Trend disse que o Turbo R era o melhor de sua espécie quando o modelo foi introduzido ao mercado americano, em 1989.

 

Renault 5 GT Turbo

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Não é o Renault 5 Turbo que você está pensando — o especial de homologação de rali foi apresentado em 1978 e já pode ser importado há alguns anos —, mas do GT Turbo, versão de alto desempenho da segunda geração, conhecida como “Supercinq”. Trata-se de um hot hatch para lá de competente, equipado com um quatro-cilindros de 1,4 litro sobrealimentado por um turbocompressor Garrett T2.

Visualmente, o R5 GT Turbo tinha para-choque dianteiro exclusivos, saias laterais exclusivos e aerofólio, enquanto do lado de dentro havia bancos de melhor apoio e um volante de três raios.

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Podia ter só 115 cv, mas em um carro de 830 kg isto siginificava acelerar até os 100 km/h em 7,8 segundos e chegar aos 205 km/h de velocidade máxima, desempenho exemplar até para os padrões de hoje — em um carro que acaba de completar 30 anos. Isso sem falar na dinâmica e no potencial de preparação. Você precisa de algo mais para ser feliz?

Na verdade, talvez! E por isso vamos perguntar a vocês: que outros carros completam 30 anos em 2015  e você gostaria de trazer para o Brasil? Quem sabe até role uma segunda parte da lista!