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Zero a 300

Dodge Hellcat vive! | O novo Toyota Century | O Grand Kangoo da Renault e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Hellcat vive na Dodge: este é o Dodge Durango SRT Hellcat 2024

O Salão de Munique desse ano, sinceramente, é algo melhor se for esquecido. Praticamente foi somente à respeito de carro elétrico, uma chatice sem fim, mas ainda assim teve manifestações anticarro do lado de fora. E inundou as notícias de carro novo, fazendo nosso zero a 300 meio distópico.

Quem diria que os SUV’s e Vans iriam nos salvar; mas é o que acontece nesta véspera de feriado, quando deixamos Munique de lado e voltamos à programação normal.

Este é o Dodge Durango SRT Hellcat ano/modelo 2024. Sim, Hellcat, com todos os 720 cv vindos de um V8 OHV Hemi de 6,4 litros com um compressor gigante em cima. Os V8 Dodge não iam morrer no fim de 2023? Parece que só em automóveis mesmo; os Trucks estão isentos da sentença de morte. Lembre-se que ainda existe uma picape RAM também com este motor… Bom, a vida continua acima de duas toneladas, aparentemente.

Não, o Hemi decididamente não está morto. Além do Hellcat, o Durango SRT 392, com a versão sem compressor do mesmo V8 Hemi do Hellcat e “apenas” 480 cv também retorna em 2024. O Durango R/T também continua com um Hemi V8 de 5,7 litros, de 360 cv, o que, se você pensar direitinho, vai se ligar que é uma montanha de potência já. Mesmo o carro básico, V6, tem uma unidade DOHC de alumínio chamada Pentastar, com 3,6 litros, e, pasme, 300 cv. Tudo bem que todos pesam mais de duas toneladas, mas são fortes paca.

Ainda não há informações oficiais sobre preço do Durango Hellcat 2024, mas o modelo 2023 começava em US$ 93.605 (R$ 467.088) nos EUA. (MAO)

 

O Toyota Century SUV

Se Rolls-Royce já é um SUV; se Bentley já é um SUV, se Lincoln e Cadillac são SUV, o que acontece agora é mais que esperado: o novo Toyota Century também é um SUV. E um SUV bem grande de verdade: mede 5205 mm em quase três metros de entre eixos, e pesa nada menos que 2570 kg.

Não conhece o Toyota Century? Fácil de entender: é um produto criado para o Japanese Domestic Market, o JDM, sigla que indica carro vendido apenas no mercado japonês; não Civic fabricado em Sumaré. Na verdade alguns deles chegaram a ser vendidos fora do Japão, mas é essencialmente um carro japonês: um grande sedã de luxo feito para se sentar no banco traseiro. É o carro oficial do Imperador do Japão, por exemplo.

No passado chegou até a ter um V12 debaixo do capô, mas agora é um SUV. Usa a plataforma GA-K de tração dianteira (ou nas quatro rodas, como aqui), compartilhada com o mercado norte-americano Grand Highlander e Lexus TX. É um híbrido plug-in com o motor 2GR-FXS V6 de 3,5 litros e 406 cv combinados. O câmbio é automático CVT, e a tração nas quatro rodas é por motor elétrico na traseira.

Os assentos traseiros são totalmente reclináveis, e tudo é preparado para que o silêncio impere ali atrás; há separação para o compartimento de carga. Existe um modo Rear Comfort que, uma vez ativado, “distribui a força de aceleração e frenagem de forma a não incomodar os ocupantes traseiros.”

Há generosas alças de acesso na coluna C, degraus laterais que aparecem eletricamente e portas traseiras que abrem em um ângulo de 75 graus. Opcional são portas traseiras deslizantes elétricas tipo minivan. O famoso logotipo, que parece uma caricatura de uma galinha drag-queen, mas na verdade é para ser uma Fênix, também continua.

Não se aflija, porém: a limusine Century continuará à venda. Este é o Rolls-Royce Cullinan do Japão, e ainda mais exclusivo: a projeção de vendas é de apenas 30 unidades por mês. Muito mais luxuoso do que qualquer SUV Toyota/Lexus anterior, é também mais caro. Custa no Japão o equivalente a R$ 850.000. (MAO)

 

Este é o novo Renault Grand Kangoo

Todos os meus amigos, sabendo que sou apaixonado pelo Citroën Berlingo de primeira geração, vivem me mandando anúncios de Renault Kangoo. Podia perder tempo explicando que é igual a mandar anúncios de HB20 para fãs de Polo, mas na verdade não digo nada: eu gosto dos Kangoo também. Só não me mande anúncio de Dobló, por favor!

Não que o Doblo também não seja interessantíssimo: este conceito, de veículo de carga transformado em passageiros, tem nas Vans de entrega pequenas sua melhor expressão. São leves, pequenos, econômicos, ágeis, divertidos ao volante e enormes na capacidade de carga e versatilidade. Se fôssemos uma raça lógica, só andaríamos neles, e os alemães, só não o fazem por sua obsessão por PODER.  Só lembre de uma coisa: o Berlingo de primeira geração é a expressão máxima dele, e nada vai jamais o superar.

Mas enfim. A notícia aqui não é sobre Berlingo, mas sobre Kangoo, que, não me custa estressar o ponto novamente NÃO SÃO A MESMA COISA. É na verdade um novo tipo de Kangoo, este, lançado como uma brisa de ar fresco naquele mar de elétricos do Salão de Munique deste ano: o Grand Kangoo.

Como se pode imaginar, é um Kangoo (agora na terceira geração na Europa), só que, bem… grande né? Além de maior, vem com um interessantíssimo interior modular com sete assentos individuais.

A versatilidade explode o cabeção, como diriam os manos, lá das quebradas. Um dos veículos mais versáteis do mundo, certamente, este carro pode ser uma van para cargas volumosas ou um carregador de várias pessoas, e toda variação no meio disso. Com todos os assentos montados, são ainda 500 l de porta-malas; só com a primeira fileira e o banco do passageiro rebatido, chega a 3750 litros.

As duas portas traseiras corrediças são maiores que o Kangoo pequeno, e a Renault diz que há nada menos que 1.024 configurações de assentos, já que você pode não apenas remover esses cinco assentos, mas também dobrá-los e deslizá-los para frente e para trás. Barrabás!

Os compradores poderão escolher entre motores a gasolina, diesel ou, inevitavelmente já que falamos da Europa, elétricos. O motor a gasolina é de 130 cv associado a uma caixa manual de seis velocidades ou a uma automática de dupla embreagem e sete velocidades.

O diesel é um 1,5 litro turbo de 95 cv (constantes de 3000 a 3750 rpm) e generosos 26,5 mkgf a 1750 rpm. O Diesel só vem com caixa manual de seis marchas, graças a Deus, e deve ser a melhor escolha. Já a variante elétrica recebe um motor elétrico com 121 cv, e tem autonomia de 265 km no ciclo WLTP. O peso não foi divulgado ainda, mas um Kangoo normal não é leve aos 1495 kg, então não espere um canhão. Um Berlingo de primeira geração pesava 1150 kg, e também tinha 95 cv, como referência.

A Renault começará a receber encomendas do Grand Kangoo no final deste ano e iniciará as entregas no início de 2024. Será fabricado em Maubeuge, no norte da França. (MAO)

 

Este é o novo Citroën C4 Cactus Noir

Toda essa nossa animosidade para com os SUV vem do fato que acabam opções diferentes; a gente gostaria de carros mais baixos como opção, e a singularidade SUV é algo realmente chato. Mas não quer dizer que não são carros interessantes. Veja por exemplo o hoje quase esquecido Citroën C4 Cactus: um veículo realmente econômico, veloz e muito versátil.

Principalmente, parece, nesta nova versão especial limitada a 1300 unidades: o C4 Cactus Noir. Baseada na versão Shine Pack, tem itens visuais interessantes como diferença, e está disponível nas concessionárias da marca por R$ 130.990.

Embora caro como todo carro novo, relativamente parece bem interessante este C4 Cactus: vem com o excelente motor 1.6 turbo de quatro cilindros “THP”, de origem BMW, gerando aqui 173 cv e 24,5 mkgf de torque, combinado a um câmbio automático de 6 marchas. Segundo a Citroën, faz 0-100 km/h em 7,3 segundos e chaga a 212 km/h, um desempenho muito bom para um carro desse tipo.

E o que faz a versão Noir diferente? Não, não faz você virar detetive de filme em preto-e-branco ao entrar nele. Vem com adesivos na coluna C e no capô, frisos laterais e moldura dos faróis de neblina pintadas de preto brilhante. As rodas são de liga leve de 17 polegadas também em preto. No interior, bancos de couro, apliques no painel de instrumentos e tapetes personalizados.

Sim, não é mais a última novidade, o carro mais mais do estacionamento do clube de beach tennis. Mas fala a verdade, você também não é a última bolacha do pacote, mesmo que tente parecer. O que ele é, é um carro de ótimo desempenho para sua faixa de preço e uso. E a gente sempre gosta disso né? (MAO)