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Dodge leva motor V8 Hellcat novo na caixa para o SEMA 2017 – e que tal um Demon feito de fibra de carbono?

Encontrar um nicho e se dar bem nele é algo que toda fabricante de automóveis almeja fazer. A Dodge achou o seu: desde que deu ao Challenger um V8 supercharged de 6,2 litros e 717 cv, a fabricante americana seguiu dedicando-se a criar muscle cars com potência absurda, capazes de atingir tempos inacreditáveis no quarto-de-milha, agradando em cheio aos fãs da velha escola americana.

Então, faz todo o sentido do mundo (beira o óbvio, até) que a Dodge invista nos seus super muscle cars para o SEMA Show. Que, antes de ser uma feira de carros tunados, surgiu como uma exposição de componentes de fábrica e aftermarket. Assim, a fabricante americana aproveitou para mostrar uma novidade para lá de interessante em Las Vegas: a versão crate engine do V8 Hellcat. Sim: em breve, qualquer um vai poder comprar um motor de 6,2 litros com supercharger, 717 cv, testado, regulado, zero-quilômetro e com garantia. Quer dizer… qualquer um que more nos EUA, onde não é preciso enfrentar um caminhão carregado de burocracia caso você queira trocar o motor do seu carro (há burocracia, claro, mas nem de longe tanta quanto aqui).

Talvez você esteja voltando hoje à civilização depois de passar 100 anos em uma caverna e por isso esteja se perguntando: “e o que tem nesse motor Hellcat?” Pois vamos relembrar: baseado no Hemi de 6,4 litros, o motor teve o curso dos pistões reduzido para não judiar tanto do comando de válvulas e permitir rotações um pouco mais altas. O motor ainda tem virabrequim forjado, cabeçotes de fluxo otimizado e um compressor mecânico IHI operando a 0,8 bar de pressão (e com componentes internos revestidos de Teflon), duas velas por cilindro e cerca de 90% de componentes novos em relação ao Hemi 6.4, ainda que o bloco de ferro fundido seja idêntico.

São 717 cv a 6.000 rpm e 89,8 mkgf de torque. Trabalhando no limite, o Hellcat engole 30.000 litros de ar por segundo e seus oito injetores trabalham a 600 cm³/min, sendo capazes de drenar o tanque de 70 litros em 13 minutos. Talvez você queira um tanque maior…

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Pois então: o Hellcat na caixa (que a Dodge apelidou de “Hellcrate”) vem prontinho para ser instalado no cofre do Dodge Charger 1968 preto imaginário que você acabou de… imaginar. Melhor ainda: ele vem otimizado para trabalhar com uma caixa manual, e a Dodge até recomenda a Tremec Magnum, de seis marchas, feita especialmente para aplicação em carros de tração traseira com potência de sobra.

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O mais interessante é que o motor tem como opcional toda uma seleção de componentes para torná-lo praticamente plug and play. Caso você opte pelo Hellcat Engine Kit, o V8 de 717 cv acompanha todos os chicotes, módulos de controle, pedal do acelerador eletrônico, sensores de oxigênio e sensores de temperatura. Sozinho, o Hellcrate custa US$ 19.530 (R$ 64.200 em conversão direta). O Hellcat Engine Kit adiciona outros US$ 2.195 (R$ 7.200) à conta. A Dodge ainda oferece um kit com periféricos para o cofre por US$ 675 (R$ 2.220), incluindo alternador, polias, correias e bombas. Por fim, há um filtro de ar oferecido por US$ 100 (R$ 330).

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Só há um detalhe nisto tudo: assim, saído da caixa e pronto para instalar, o Hellcrate só é certificado para uso em carros fabricados antes de 1976. Isto tem a ver com as regulações para emissão de poluentes, que são mais brandas para automóveis de mais de 40 anos. Se fosse tornar o Hellcrate legalizado para carros mais modernos, a Dodge certamente teria de podá-lo um pouco. Se formos pensar bem, não tem problema: a maioria dos carros bacanas que poderia receber um Hellcat (Dodge Challenger e Charger, Plymouth Barracuda, os Jeep das antigas, um Chrysler Imperial todo pintado de preto) são anteriores a 1976. Além disso, não há nada que impeça o cara de modificar seu Hellcat para emitir menos poluentes e passar na vistoria. Só que, nesse caso, perde-se a garantia de três anos oferecida pela Dodge para o conjunto.

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De qualquer forma, o Hellcrate não foi a única novidade para os fãs da Dodge no SEMA. A firma americana Speedkore também preparou algo bem especial. Está vendo o Dodge Demon aí em cima, levantando as rodas dianteiras? Ele é todo feito de fibra de carbono.

Você talvez lembre da Speedkore: foram eles que, em junho de 2017, fizeram um Shelby GT350R de fibra de carbono, eliminando 200 kg dos quase 1.700 do Mustang. Agora, eles aplicaram o mesmo tratamento ao Dodge Challenger SRT Demon, que tem 851 cv em seu motor Hellcat anabolizado, mas também pesa quase 1.950 kg. A Speedkore deverá revelar mais detalhes ainda hoje (o SEMA Show está rolando agora!), mas não esperamos um alívio de peso ao menos igual ao visto no Mustang.

Os caras já fizerma um Challenger Hellcat de fibra de carbono no ano passado

Se você já acompanha o FlatOut, é óbvio que sabe como ficamos abismados com o desempenho do Demon: 0-100 km/h em 2,3 segundos, quarto-de-milha em 9,9 s a mais de 209 km/h com quatro drag radials e em 9,65 segundos a mais de 225 km/h com as rodas dianteiras opcionais, mais leves e bem mais finas. E tudo isto com quase duas toneladas na balança.

Há um bom motivo para não duvidarmos da capacidade da Speedkore: para se ter uma ideia, os para-lamas de fibra de carbono que eles fizeram para o Shelby GT350 pesam pouco mais de 800 gramas, cada. Um para-choque não passa de 5,5 kg, e a tampa traseira pesa pouco mais de três quilos. Assim que soubermos mais detalhes, atualizaremos este post.

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Para agradar os fãs da Mopar que curtem os clássicos, Jesse James – ex-apresentador do programa de customização Monster Garage, do Discovery Channel – revelará no SEMA seu Dodge Polara 1964 restomod.

Estamos falando do Polara norte-americano, obviamente, que era exatamente o oposto do compacto baseado no Hillman Avenger vendido no Brasil: lançado em 1960, o Polara era o maior e mais caro veículo da Dodge naquela década. A segunda geração, produzida entre 1962 e 1964, foi o primeiro modelo a usar a plataforma B-Body, que anos mais tarde seria empregada no Charger.

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Exceto que o Polara de Jesse James perdeu a estrutura original, que foi substituída por um chassi Fast Track da oficina The Roadster Shop. A nova estrutura teve suas medidas definidas depois que a carroceria do carro foi escaneada a laser, garantindo precisão milimétrica.

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O motor do carro é um V8 Hemi sobrealimentado por dois turbocompressores Garrett. A Honeywell Garrett patrocinou o projeto, que será revelado ao vivo em sua página no Facebook às 19:00, horário de Brasília. Pode ter certeza de que vamos acompanhar!