Dois policiais americanos realizaram um ato de generosidade que não se vê todos os dias. Ao receber uma ligação e verificar que um casal levava seu bebê de dez meses no carro nos braços da mãe, eles decidiram não cumprir o procedimento padrão de multá-los. Em vez disso, eles tiraram dinheiro do próprio bolso para comprar um assento infantil para eles.
A história aconteceu no município de Fruitport, estado do Michigan, nos EUA. , o incidente aconteceu no mês de fevereiro último mas só agora veio a público. De acordo com o noticiário, o casal com o filho pequeno foram comprar comida em um drive thru do McDonald’s tarde da noite. O funcionário que os atendeu, vendo que a criança estava nos braços da mãe e não em uma cadeirinha, disse ter ficado preocupado com a segurança do bebê e por isso ligou para a polícia.
Quem atendeu o chamado foram os policiais James Hodges e Jason Pavlige. Ao chegar ao local, averiguaram que, de fato, a criança estava nos braços da mãe.
Segundo a lei estadual do Michigan, crianças de até quatro anos devem viajar no banco traseiro em um bebê-conforto ou assento infantil apropriado. Ao descumprir a lei, o motorista comete uma infração grave, sujeita a multa de até US$ 65 (cerca de R$ 200, em conversão direta), e os policiais também podem acionar o serviço de proteção infantil.
Agora, este seria o procedimento padrão. Ao conversar com a família, Hodges e Pavlige notaram que eles claramente não tinham condições de pagar por uma cadeirinha – e, tendo se mudado para a vizinhança recentemente, também não tinham amigos ou parentes que pudessem, àquela hora, levar um assento até o local. Uma multa ou problemas com o serviço social não resolveriam o problema deles, e a criança ainda correria perigo ao continuar no carro sem proteção adequada.
Depois de conversar entre si, os policiais chegaram a um acordo: eles juntariam o dinheiro que tinham e comprariam uma cadeirinha para o bebê, para ter certeza de que ele voltaria para casa em segurança e que seus pais não teriam que passar por aquela situação novamente. Enquanto Hodges foi até o Walmart mais próximo, Pavlige ficou com a família.
“O pai ficou em choque, eu acho”, contou Hodges. “Eles não disseram muita coisa, mas deu para ver que ficaram muito agradecidos”. Mesmo sob insistência da família, o policial não disse quanto a cadeirinha custou – ele apenas instalou o equipamento e deu à família instruções de como usá-la corretamente.
Ninguém jamais saberia desta história se, na semana passada, um funcionário da loja do Walmart não tivesse ligado para a delegacia para relatar a boa ação dos policiais, dizendo que eles mereciam ser recompensados pelo que fizeram. Estes, por sua vez, foram humildes e disseram que não esperavam qualquer tipo de reconhecimento pelo ato, e que estavam simplesmente fazendo seu trabalho.
“É por esse tipo de coisa que a gente se torna policial. Estamos aqui para ajudar as pessoas, seja comprando uma cadeirinha para o carro ou simplesmente conversando”, Pavlige contou ao canal de notícias Fox17. “Resolvemos aquele incidente e fomos cuidar do próximo. É o que a gente faz todos os dias.”
Os policiais receberam um prêmio por seu ato de generosidade e foram parabenizados pelo departamento onde trabalham.
No Brasil, o uso de cadeirinhas para bebês e assentos elevados para crianças de até sete anos e meio de idade é obrigatório desde junho de 2010. O descumprimento da lei é uma infração gravíssima, que implica em sete pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 191,54.