AFun Casino Online

FlatOut!
Image default
Projetos

Esta Toyota Hilux tem um V8 AMG de 6,2 litros e 550 cv nas rodas

A Toyota Hilux não é exatamente o carro favorito dos entusiastas. Ao contrário – muitos torcem o nariz para a picape média da Toyota, falando sobre suas tendências ao capotamento e ao uso irresponsável que alguns donos fazem dela em rodovias. Afinal, picapes nasceram como veículos de trabalho e, para tal, a Hilux é extremamente competente. Para pegar a estrada em alta velocidade, porém, ela não é muito indicada – como qualquer picape com carroceria sobre chassi, diga-se. Centro de gravidade alto, peso elevado e suspensão macia não são a melhor combinação possível para acelerar.

Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como , ,  e muito mais!

 

FLATOUTER

O plano mais especial. Convite para o nosso grupo secreto no Facebook, com interação direta com todos da equipe FlatOut. Convites para encontros exclusivos em SP. Acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Direito a expor ou anunciar até sete carros no GT402 e descontos em oficinas e lojas parceiras*!

R$ 26,90 / mês

ou

Ganhe R$ 53,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

*Benefícios sujeitos ao único e exclusivo critério do FlatOut, bem como a eventual disponibilidade do parceiro. Todo e qualquer benefício poderá ser alterado ou extinto, sem que seja necessário qualquer aviso prévio.

CLÁSSICO

Plano de assinatura básico, voltado somente ao conteúdo1. Com o Clássico, você terá acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, incluindo vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Além disso, você poderá expor ou anunciar até três carros no GT402.

R$ 14,90 / mês

ou

Ganhe R$ 29,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

1Não há convite para participar do grupo secreto do FlatOut nem há descontos em oficinas ou lojas parceiras.
2A quantidade de carros veiculados poderá ser alterada a qualquer momento pelo FlatOut, ao seu único e exclusivo critério.

Mas existe ao menos uma Hilux que os fãs de esportivos não podem criticar: a Hilux de um entusiasta sul-africano chamado Quentin Boylan, que virou um sleeper e tanto graças ao motor V8 AMG debaixo do capô. Sim, você leu certo – a imagem de abertura deste post é 100% legítima, afinal. Bem como o clipe abaixo:

A Hilux só existe por causa de outro projeto V8 AMG: um Lotus Exige – que, ironicamente, veio de fábrica com um motor Toyota atrás dos bancos dianteiros.

Quentin é mais conhecido na comunidade do tuning sul-africano por seus Honda Civic preparados para arrancada – ele tem um EK cupê capaz de cumprir o quarto de milha (402 metros) em 8,27 segundos a 290 km/h e está montando um cupê convertido para tração traseira, também para as dragstrips.

Como brinquedo de track day, ele iria montar o seu Lotus Exige com um K24, mas o assistente de sua oficina lhe deu a ideia de colocar um motor V8 AMG no carro – e até o ajudou a obter o coração de um SLS AMG para a empreitada, com cárter seco e tudo.

No fim das contas, Quentin teve de modificar radicalmente o chassi do tipo espinha-dorsal do Exige, aumentando o entre-eixos e alargando a bitola traseira para acomodar o V8 – aproveitando para incluir uma gaiola de proteção integral. Já a carroceria foi toda feita sob medida em fibra de carbono. De certa forma, o Exige de Quentin é como uma versão sul-americana do Hennessey Venom GT, com uma boa dose de tempero alemão.  O motor recebeu novos coletores de admissão e escape e uma ECU MoTec para entregar 583 cv e 73,4 kgfm de torque, moderados por uma caixa sequencial Aisin de seis marchas. É bastante força para um cupê de 1.100 kg, claro, mas Quentin já está procurando um supercharger para torná-lo ainda mais insano.

Mas não é do Lotus-AMG que este post trata, e sim da Hilux – que é o veículo que Quentin usa para transportar o Exige para a pista e trazê-lo de volta depois de se divertir bastante.

Foto: Speed and Sound Magazine

A escolha da Hilux não foi uma questão de acaso, mas de conveniência – Quentin é dono de um ferro-velho especializado em Toyota (ainda que tenha peças e carros de outras marcas no pátio), e foi assim que a Hilux acabou indo parar em suas mãos. Ela estava em bom estado, totalmente original e documentada. Foi questão de ligar os pontos, apenas.

Quentin pensou, no início, em colocar um V8 LS na Hilux – um small block de 5,7 litros e 350 cv, o que certamente seria o bastante para a maioria das pessoas. Depois de quebrar a cabeça por alguns dias, porém, Quentin acabou com a resposta caindo em seu colo: um S63 AMG da geração passada (W221) acidentado, com perda total declarada – mas o conjunto mecânico ainda intacto. Não foi preciso pensar muito para decidir que o V8 M156 naturalmente aspirado de 6,2 litros iria parar no cofre da Hilux. Era exatamente o que Quentin queria: um motor grande, mais moderno e mais potente que um LS da GM, mas ainda naturalmente aspirado. Se o S63 fosse um exemplar da geração atual, com motor V8 biturbo de 5,5 litros, Quentin talvez ainda estivesse na busca.

Foto: Speed and Sound Magazine

Aliás, para um cara versado como Quentin, a parte mais difícil do swap foi mesmo colocar as mãos em um V8 AMG – a cirurgia em si não foi tão complicada: havia bastante espaço no cofre da Hilux, e o casamento do V8 com o chassi da picape transcorreu sem grandes complicações. Foi preciso, porém, encomendar coletores de escape feitos sob medida. Também foi instalada uma ECU MoTec para controlar o motor – e conseguir um fôlego extra: de acordo com Quentin, a Hilux dispõe de 558 cv nas rodas (originalmente o M156 do S63 entrega 525 cv no virabrequim) e 76,5 kgfm a 1.500 rpm.

A central MoTec, porém, mostrou-se incapaz de conversar direito com a caixa original do Mercedes – a AMG Speedshift 7G-Tronic, de sete marchas. Então, foi convocada para o serviço uma transmissão Toyota GD6, manual de seis marchas, adaptada ao V8 AMG com a ajuda de dois discos de embreagem D4D, originais da Hilux. Ou seja: o projeto ficou mais old school por motivo de força maior. A gente não vai reclamar.

Chamar a Hilux de sleeper faz sentido porque, apesar dos adesivos e emblemas AMG, da suspensão mais baixa e das rodas A-Line de 20 polegadas e dos freios do Golf R Mk6 visíveis através delas (com discos de 345 mm na frente e 310 mm atrás), não há muito mais do lado de fora que indique a dose cavalar de veneno que ela recebeu. E o interior foi mantido totalmente stock, com o mesmo nível de conforto e equipamentos que qualquer outra Hilux da geração passada.

Só quando, digamos, Quentin resolve queimar um pouco de borracha é que se percebe que tipo de animal é esse. E não dá para não ter ideias malignas… qual seria o melhor motor para uma versão brazuca deste projeto?