O Série 7 sempre foi um carro discreto por fora e luxuoso por dentro, e a terceira geração, lançada em 1994, é a que deixa estas características mais evidentes. Mas os responsáveis por esse “restomod” precoce não pareciam contentes com isso, e por resolveram deixar o lado de fora um pouco mais chamativo, e o interior ainda mais luxuoso.
A Vilner é uma customizadora búlgara especializada em interiores com materiais e acabamento de altíssimo nível, além de fabricar volantes, rodas e sistemas de som exclusivos. A mais nova criação dos caras é este 750i, que deu um jeito no ar sisudo do sedã.
O 750i é a versão V12 do Série 7 E38, com motor de 5,4 litros e 322 cv — uma marca saudável para quase 20 anos atrás. E o que mais impressiona é justamente a idade deste carro. Se por fora ele não consegue disfarçar seus 17 anos de vida, por dentro o trabalho da Vilner o faz parecer um BMW lançado em 2013 — ou, para alguns, o que um Série 7 modelo 2013 deveria ser.
Por fora, a Vilner colocou rodas maiores em acabamento preto brilhante, faróis e lanternas escurecidos e novas luzes de neblina. Ficaríamos mas felizes se as rodas originais tivessem sido mantidas — o carro ficaria com uma cara de sleeper que acordou furioso — mas as outras modificações ficaram bem legais.
Agora, o interior… o tratamento da Vilner incluiu novas forrações em couro preto e cinza, teto de Alcantara, detalhes em preto brilhante e bancos com estofamento refeito e mais envolventes. Tudo realizado de maneira impecável e profissional — você não vê uma costura fora do lugar, nenhum elemento datado, e nada de exagero. O 750i parece ter saído da fábrica deste jeito, e nem o volante atual fica deslocado em frente ao painel deliciosamente analógico. Compare o interior deste 750i com o de um Série 7 atual:
Qual deles você prefere?
Pelo interior, podemos ver como a arquitetura dos BMW se manteve praticamente intacta ao longo dos anos. Embora o Série 7 tenha crescido bastante desde então, o modo bávaro de fazer carros continua o mesmo — ergonomia, aproveitamento do espaço, sobriedade no design e qualidade de construção impecável.
É uma pena que a Vilner não diga se foram feitas modificações debaixo do capô mas, pensando bem, não é necessário. Você já não precisava implorar para que quiséssemos passar horas ao volante de um 750i original, ouvindo o ronco maravilhoso do V12 5.4, mas estes caras conseguiram tornar o ambiente ainda mais convidativo.
Só troquem as rodas, por favor.
