Há certos carros que te colocam um sorriso no rosto cada vez que você os dirige ou simplesmente olha para eles, enquanto outros parecem, de fato, estar sorrindo — mesmo aqueles que não são tão rápidos ou divertidos. Assim, perguntamos aos leitores quais eram os carros mais “felizes” do mundo, e agora temos a lista com as respostas!
Foto: Sebastian Szmyd
Nossa sugestão, para quem não lembra, foi o Austin-Healey Sprite Mk1. Olha só para ele: não parece que ele está tendo um ótimo dia e extremamente satisfeito em ser um clássico roadster britânico?
Então, chegou a hora de conhecer outros carros tão sorridentes quanto ele.
Geely Panda/GC2
O compacto chinês foi lançado em 2008 lá fora, com o nome de Geely Panda. E não é por acaso: seus grandes faróis redondos com uma moldura preta em volta foram desenhados assim exatamente para lembrar um panda, especialmente quando o carro é pintado de branco. A grade que parece uma boca sorridente (e também dá ao Panda um ar de anime japonês) completa o visual feliz.
No Brasil, o Geely Panda é vendido como GC2 desde agosto de 2014. O carro é equipado com um motor 1.0 de três cilindros, 12 válvulas e 68 cv e traz uma boa oferta de equipamentos, com ar-condicionado, sensor de estacionamento, conjunto elétrico e rodas de liga leve de série. Mas nada disso, nem o preço de R$ 29.900, nem o visual “bonitinho” foram suficientes para que o chinês decolasse em vendas. Na verdade, nunca vimos um desse nas ruas.
Mazda MX-5 Miata
Pode ter certeza: não estamos forçando a barra para que o Miata apareça em todas as listas que fazemos. O Miata de primeira geração, com seus faróis escamoteáveis e sua grade na forma de um amistoso sorriso, ele parece feliz e simpático, te convidando para ótimos momentos ao volante. Tanto que há até quem faça algumas modificações para acentuar esta sua característica.
A segunda geração, com linhas mais arredondadas, não era tão “feliz” — o sorriso voltou na terceira geração, e ficou ainda mais escancarado com a nova identidade visual da Mazda no começo desta década, que colocou sorrisos em todos os carros, como veremos mais adiante.
McLaren P1
Dos atuais hipercarros mais falados do momento, o McLaren P1 é o único que parece sorrir — um sorriso satisfeito de orelha a orelha. Com um V8 de 3,8 litros biturbo de 737 cv mais um motor elétrico que eleva a potência para 981 cv, o P1 tem todos os motivos para se sentir bem consigo mesmo.
E, sendo capaz de chegar aos 100 km/h em 2,8 segundos com máxima de mais de 350 km/h, qualquer um que passe um tempo ao volante dele também. Chris Harris que o diga:
Volkswagen Fusca
Impensável fazer uma lista de carros sorridentes sem citar o Fusca — as linhas arredondadas do carro, especialmente os faróis redondos e o contorno do capô, tornam o carro do povo um dos mais humanizados que existem. Somado à mecânica simples e ao preço relativamente acessível (se você não estiver atrás de um exemplar impecável, claro — estes atingem cifras altíssimas), o carisma do besouro é um dos grandes responsáveis por seu sucesso.
Não foi à toa que um Fusca foi o escolhido para “interpretar” Herbie, um dos carros mais famosos do cinema, que era capaz de expressar emoções humanas — e nem sempre era felicidade…
Peugeot 207
Em 2008 a Peugeot começou a vender no Brasil o 207 — que, na verdade, era um 206 reestilizado com a identidade visual da Peugeot na época. O Peugeot 207 europeu, por outro lado, era um carro totalmente novo, e o “nosso” 207 era vendido na europa como 206+. O que ambos tinham em comum? A gigantesca grade frontal que parecia um enorme sorriso escancarado.
O sucessor do 207, o 208, inaugurou uma nova identidade estética para a Peugeot, mas não abandonou o sorriso. Na verdade, sua versão de rali para o WRC — equipada com um motor 1.6 de 280 cv, como mandam as regras da categoria R5, que dá acesso à elite do Mundial de Rali — até virou meme:
Mazda RX-8
Foto: Canibeat/Aleksey Royt
Há pouco dissemos que a identidade visual da Mazda em meados dos anos 2000 colocou sorrisos em todos os carros? Pois bem, o Mazda RX-8 explora isto muito bem: o esportivo (que trazia uma engenhosa solução para esconder o fato de que tinha quatro portas e um motor rotativo Wankel de dois rotores) foi vendido entre 2003 e 2011, e era um dos modelos que melhor “vestiam” o rosto sorridente dos Mazda naquela época.
A geração passada do Mazda3, vendida entre 2009 e 2013, também é um ótimo exemplo disso — especialmente por causa dos faróis com projetores, que parecem dois olhos arregalados.
Renault Twingo
Talvez o Renault Twingo não seja tão sorridente assim no sentido tradicional da palavra. Contudo, a primeira geração — lançada em 1992 e fabricada até 2007 — tinha as setas logo abaixo dos faróis arredondados, o que lhe conferia um visual que lembrava os olhos dos personagens de desenhos japoneses quando sorriem. Para completar, a carroceria e os acabamentos do interior ofereciam diversas cores vivas.
O desenho simpático, o espaço interno surpreendentemente generoso — conseguido graças a uma coleção de soluções engenhosas, como os eixos posicionados bem nas extremidades do carro, o capô curto e ao banco traseiro sobre trilhos (podendo privilegiar o espaço para os ocupantes ou o porta-malas) ajudaram a primeira geração do Twingo a ser um sucesso na Europa por tantos anos — sucesso que não se repetiu assim justamente graças ao tamanho diminuto, ainda que existam fãs fiéis do compacto francês por aqui justamente por todas as qualidades que citamos ali em cima.
Austin-Healey WSM Sprite
Nos anos 50 e 60, existiam no Reino Unido diversas companhias especializadas em fabricar esportivos de alumínio usando como base os abundantes roadsters compactos britânicos. A WSM, fundada por Douglas Wilson-Spratt e Jim McManus — o primeiro, com vasta experiência em fabricar componentes para aviões e automóveis e o segundo, ex-vendedor de carros — e batizada com as iniciais de seus sobrenomes, era uma delas.
Uma de suas criações mais famosas é baseada justamente no Austin-Healey Sprite. O alegre roadster se transformou em um cupê, com linhas mais limpas e aerodinâmicas, grandes faróis e uma grande que parecia uma pequena boca com um sorriso deslumbrado. Entre 1962 e 1965 foram fabricados dez exemplares que foram usados em competições de turismo por todo o Reino Unido.
Ferrari FF
Nem todo sorriso é alegre. A maioria das Ferrari atuais têm grades enormes que parecem bocas e faróis que parecem olhos raivosos, mas a F12 Berlinetta, grand tourer com um V12 de 6,3 litros aspirado capaz de entregar 660 cv a 8.000 rpm e 69,6 mkgf de torque a 6.000 rpm, é a que melhor junta estas características para formar um sorriso maléfico, digno de um carro que ronca desse jeito:
Chery QQ
O Chery QQ é um clone chinês do Daewoo Matiz, o carro que deu origem ao atual Chevrolet Spark, e originalmente tinha uma “cara” assustada. Quando a Chery lançou sua versão, eles certamente acharam que seria mais fácil conquistar o mundo com uma cópia se ele tivesse uma cara simpática. Se você formar o rosto do QQ com aquela mini-grade superior, vai achá-lo a cara do meme malicioso (“I see what you did there”):
Agora, ele também é um carro bipolar, que muda de humor em questão de segundos. Repare bem: se você considerar a grade superior um nariz e a grade inferior a boca, o QQ fica com cara triste.