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Felipe Massa irá disputar a Fórmula-E
Felipe Massa já definiu o futuro de sua carreira pós-Fórmula 1. Nesta última terça-feira, o piloto brasileiro anunciou em sua conta no Instagram que irá disputar a temporada 2018/2019 da Fórmula-E pela Venturi.
A equipe sediada em Mônaco é uma fornecedora de tecnologia para carros elétricos que já firmou um contrato com a HWA, que também estreia na próxima temporada. A HWA, como falamos neste post, é a atual empresa de Hans Werner Aufrecht, fundador da AMG, e atualmente responsável pela equipe da Mercedes na DTM, além de produzir motores para outras categorias de base.
Como bem observou Flavio Gomes do Grande Prêmio, a ida de Felipe Massa para a Fórmula-E pode ter relação com a Mercedes. Com a Mercedes abandonando a DTM e já confirmada para a temporada 2019/2020, a entrada da HWA parece uma espécie de transição de categoria para a fabricante alemã, algo como a Audi fez com a Abt, apoiando a equipe “independente” e em seguida consolidando-a como sua equipe oficial.
Assim, é possível que Felipe Massa seja o primeiro passo na entrada da Mercedes na categoria elétrica, desenvolvendo a tecnologia da Venturi que será usada nos carros da HWA/Mercedes daqui a duas temporadas. Isso não significa, contudo, que Massa será piloto da Mercedes. Ao menos não tão cedo — o contrato com a Venturi tem duração de três anos.
Aston Martin apresenta o novo-antigo Vantage V600
O Aston Martin DB11 AMR foi a grande novidade da marca britânica nesta semana, mas ela não foi a única. De forma bem mais discreta a Aston anunciou uma série especial de despedida do antigo Vantage V12. Batizada Vantage V600, ela terá somente 14 unidades e 600 cv de potência produzidos por seu V12 aspirado.
Os fãs da Aston reconhecem o nome V600; ele foi usado em uma versão de 600 cv do Vantage nos anos 1990, quando 600 cv eram bem mais impressionantes do que hoje — embora isso ainda esteja longe de ser pouca potência. Especialmente para um V12 aspirado de 5,9 litros que será combinado a um câmbio manual de sete marchas. Sim: manual de sete marchas, repetindo para ficar claro que não se trata de um erro de informação.
Serão produzidos apenas sete cupês e sete roadsters, que serão diferenciados dos demais Vantage V12 pelo difusor de fibra de carbono, uma nova grade maior e mais larga, novos respiros laterais e um capô com orifícios circulares para ventilação do cofre. O cockpit é praticamente um “estudo de beleza”, segundo a Aston, com fibra de carbono e alumínio anodizado escuro. O console central é todo de fibra de carbono, a alavanca de câmbio é usinada de uma peça sólida de alumínio e os bancos de couro usam um padrão de costuras exclusivo do modelo.
Surpreendentemente os 14 exemplares não foram todos vendidos antes mesmo de serem revelados ao público, como a maioria das edições especialíssimas de marcas premium. Por outro lado, a Aston Martin não divulgou o preço, que deverá ficar bem acima das £140.000 (R$ 675.000 em conversão direta) do Vantage convencional.
BMW M4 2019 chega ao Brasil por R$ 485.000
A linha 2019 do BMW M4 acaba de ser anunciada no Brasil, e já pode ser encomendada por R$ 484.950. O modelo começa a ser entregue em junho.
Nesta linha 2019 o M4 recebeu apenas retoques estéticos nos para-choques e novos faróis de LED. O motor continua o mesmo 3.0 biturbo de 431 cv e 57 kgfm, combinado ao câmbio de embreagem dupla e sete marchas. Juntos eles levam o M4 aos 100 km/h em 4,1 segundos e à máxima de 305 km/h se equipado com o pacote opcional M Driver.
O pacote de equipamentos e acessórios inclui seis airbags, sistema multimídia BMW ConnectedDrive com áudio Harman Kardon, rodas de 19 polegadas e teto de fibra de carbono. A paleta de cores tem sete tonalidades: Branco Alpino, Preto Safira, Cinza Grigio Telesto, Amarelo Speed, Azul San Marino, Preto Frozen e Branco Brilliant Frozen.
Os pedidos feitos durante a pré-venda poderão optar entre supervalorização do seminovo oferecido na negociação ou o pacote de manutenção BMW Service Inclusive, que oferece gratuitamente alguns serviços de manutenção por três anos ou 40.000 km.
Tesla com sistema Autopilot ativo se envolve em acidente
Um Tesla com o sistema Autopilot ativo se envolveu em um acidente na semana passada no estado de Utah, nos EUA, ao bater na traseira de um caminhão de bombeiros estacionado.
A proprietária do carro, uma mulher de 28 anos, disse que estava com o sistema Autopilot ativado e usando seu telefone antes da colisão. Segundo a polícia, o carro atingiu o caminhão a 96 km/h, mas felizmente a “motorista” teve apenas uma fratura no tornozelo. De acordo com o Jalopnik US, as testemunhas do acidente relatam que o carro não freou/foi freado antes do impacto.
A Tesla disse que não recebeu nenhuma informação sobre o acidente, mas Elon Musk criticou a cobertura da imprensa e também disse que um acidente como este normalmente resultaria em “lesões severas ou morte”: “É curioso que um acidente com um Tesla, que resultou em um tornozelo quebrado, ganhe a página principal, enquanto não há cobertura dos acidentes que mataram 40.000 pessoas nos EUA somente no ano passado”, disse.
Bem… isso tem a ver com a promessa de que sistemas semi-autônomos são, em tese, mais eficientes na prevenção de acidentes do que humanos. Além disso, trata-se de uma tecnologia nova que está atraindo a atenção do público, por isso, Elon, é normal que a imprensa seja mais vigilante. O nome Autopilot — que pode ser traduzido como “piloto automático”, também não ajuda o público a entender que trata-se apenas de uma suíte de assistências ativas, e não um motorista robótico de verdade.
Por outro lado, também é importante notar o comportamento omissivo dos motoristas usuários do Autopilot. O acidente provavelmente teria sido evitado caso a “motorista” estivesse dirigindo em vez de salvar a humanidade com seu celular. Por que este nos parece o único motivo plausível para alguém largar a direção de um carro em movimento a 100 km/h e fixar sua atenção a um maldito celular.
Bernie Ecclestone é o novo proprietário do McLaren MP4/8 de Senna
Você deve lembrar que o McLaren MP4/8 usado por Ayrton Senna em sua sexta e última vitória em Mônaco (em 1993) seria leiloada agora em maio. Nós até fizemos um post sobre a venda. Pois bem: seu comprador foi ninguém menos que Bernie Ecclestone, que desembolsou 4,19 milhões de Euros para levar o carro para sua coleção. Em conversão direta estamos falando de quase R$ 18 milhões de reais.
O carro usado por Ayrton em 1993 era o chassi nº 6, usado pela primeira vez no GP da Espanha, em Barcelona, onde o brasileiro ficou com a segunda posição atrás de Alain Prost. O GP de Mônaco foi sua segunda corrida, e quase não aconteceu: durante os treinos de classificação Senna sofreu um acidente na curva Sainte Dévote, por conta da suspensão ativa, e machucou um dos polegares. O carro foi consertado a tempo dos treinos do sábado, e com isto Senna ainda conseguiu largar em terceiro, vencendo no domingo.
Ayrton Senna ainda conduziu este chassi do MP4/8 nos GPs do Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Itália. Em Magny-Cours (França), Hockenheimring (Alemanha) e Spa-Francorchamps (Bélgica), Senna terminou em quarto lugar. Em Silverstone, no Reino Unido, Senna teria terminado na terceira posição se não tivesse ficado sem combustível. Depois, nos GPs do Japão e da Austrália, as duas últimas corridas do calendário, o MP4/8 chassi nº 6 foi o carro reserva.
A Bonhams não deu detalhes a respeito da vida do carro após 1993, mas garante que além de ser um vencedor, o carro ainda funciona perfeitamente.