Desde 2012 a Fiat promete trazer o 500 Abarth para o Brasil e agora, finalmente, é chegada sua hora: o pequeno escorpião turbinado é a grande atração do estande da marca no Salão de São Paulo, que também conta com a presença do Bravo reestilizado, de um conceito inédito e de uma atração que deu errado.
Mas vamos logo ao que interessa: o mais novo representante da Fiat no segmento dos hot hatches. A marca prometeu que o pequeno italiano (que, na verdade, virá importado do México) estará nas concessionárias ainda neste ano, trazendo o motor 1.4 16v MultiAir turbinado de 167 cv e 23 mkgf de torque — o bastante para acelerar de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos. Mas a aceleração em linha reta não é seu único atrativo — com suspensão bem acertada, controles eletrônicos de tração e estabilidade, peso baixo (1.180 kg, bem enxuto para os padrões atuais) e balanços curtos, o bichinho é bom de curva.
Além de credenciais para a pista, o 500 Abarth é recheado com sete airbags, bancos concha de couro preto ou bicolor (preto e vermelho), som Alpine (que pode ser equipado com seis alto falantes mais subwoofer) e traz teto solar Sky Wind como opcional. O preço ainda não foi anunciado.
Agora, enquanto um chega, o outro se prepara para ir embora — o Fiat Bravo mostrou no Salão sua nova cara, que está mais de acordo com a atual identidade visual da Fiat e é a aposta para dar uma sobrevida ao modelo até a chegada de seu substituto em 2016. As mudanças são discretas e, por fora, se restringem a novo para-choque e grade, que dão um ar mais sofisticado ao hatch, e um para-choque de desenho mais esportivo na traseira, acompanhado de lanternas com molduras pretas.
Os motores permanecem os mesmos, mas as versões mudaram: agora, Essence, Attractive e a série especial Blackmotion trazem o motor 1.8 16v Etor.Q de 127 cv, que pode ser acoplado a um câmbio manual de cinco marchas ou à transmissão automatizada Dualogic Plus. Já o Bravo T-Jet traz o motor 1.4 turbo de 152 cv.
O Fiat Uno, que acabou de ganhar uma reestilização e teve o interior todo reformulado, também marcou presença — incluindo alguns modelos especiais: um Uno Sporting que serviu como display para a linha de acessórios Mopar e um carro com o teto cortado — que lembra o Uno Cabrio apresentado no Salão de 2010, há quatro anos. Outra novidade do Uno foi a versão conceitual do sistema Uconnect — um suporte para smartphone que o transforma em uma central multimídia totalmente integrada ao carro.
Voltando ao 500, a Fiat ainda trouxe o 500e, versão totalmente elétrica que já é vendida la fora e é equipada com um motor elétrico de 113 cv e 20,4 mkgf de torque, capaz de acelerar até os 100 km/h em nove segundos e chegar até os 140 km/h, com autonomia de 160 km e sem previsão de chegada ao Brasil.
Se o 500e não vem, o conceito FCC4 menos ainda — o cupê de quatro portas com carroceria baixa e suspensão alta tem apelo offroad e apresenta uma “nova identidade visual” para a marca — na verdade, mais um exercício de design. Com perfil fastback, faróis afilados e lanternas em forma de “C”, o carro nada lembra o resto da linha Fiat e não deverá se tornar um modelo de produção.
Foto: Vrum
E afinal, o que deu errado? Por volta das 16h, uma espécie de giroscópio gigante que exibia um Fiat 500C não aguentou o peso do carro, que se espatifou no chão. Os organizadores do estande cobriram a cena com um pano preto, e não houve feridos. Ao menos a Ferrari 458 Speciale e o Maserati Quattroporte (e, claro, o 500 Abarth) estavam ali para desviar a atenção da pequena tragédia…
