Olá, pessoal do Flatout! Voltando para contar a parte 3 das alterações na minha Marea Turbo 2003, a Lady in tid! Quem perdeu os posts anteriores, pode conferir aqui as partes 1 e 2.
Antes de iniciar, obrigado a todos pelos comentários nos posts anteriores. E também a todos que pediram, meu irmão não usou o carro mais depois do final do post #2, seja eu falando “não” ou mesmo escondendo a chave.
Bom, voltando de onde parei no post 2, o carro voltou de Pouso Alegre/MG para Atibaia/SP no guincho no dia 27/04/2013, meu aniversário de 30 anos, um belo presente.
Pensando no que fazer, levei para a oficina Dinâmica aqui do Emerson em Atibaia, e que fica a dois quarteirões da minha casa, para abrir o motor, verificar o estrago e decidir o que fazer.
Então três semanas depois, o cabeçote foi retirado e os estragos foram basicamente no primeiro pistão, literalmente sem um pedaço e, como consequência, o respectivo cilindro riscado.
Como não havia outra opção, o cabeçote já estava fora e então o bloco foi removido para posterior envio para a retífica. Aproveitamos e retiramos tudo: coletores de admissão e escape, turbina e câmbio.
Olha a felicidade do Emerson e Diogo com um motor Fivetech nas mãos, completamente fora de onde não deveria ter saído.
Alguém duvida que o estrago foi pouco?
Removido o motor por completo, fomos atrás do motivo novamente da quebra, similar a anterior contada no post #2. As dúvidas recaíram sobre os bicos novamente e, após testes de vazão feitos pelo Emerson, isso foi confirmado. Ele enviou os bicos para o Dalton Delguercio aqui em Atibaia para análises e verificar se ainda dariam para serem utilizados. Após análises, tivemos sinal positivo de que os bicos estavam ok e prontos para serem utilizados novamente.
Enquanto isso, decidimos que já que teríamos de substituir pistões e abrir cilindros veio a ideia de montar com pistões e bielas forjadas visto que futuramente eu ainda gostaria de aumentar mais a potência, com alterações mais pesadas e interessantes. Mas enquanto isso ainda não havia chegado, partimos apenas para forjar.
Originalmente, os pistões são de 82mm de diâmetro, bielas de 145mm e pinos de 22mm. Partimos para uma montagem forjada bem conhecida de quem monta Marea Turbo: bielas forjadas para AP 144mm da SPA, pinos de 20mm e bronzinas de biela para AP também. Os pistões escolhidos foram da AFP na medida 82,5mm, medida esta que foi necessário abrir o bloco. Com esse setup não mais necessita nenhuma alteração no motor, de virabrequim ou balanceamento.
Após um bom tempo (uns 2 meses) do cabeçote e bloco na retífica para garantir que tudo estivesse perfeito – sabemos como temos de nos preocupar com serviços do tipo para nossos carros e como é difícil ter um serviço 100% confiável – o Emerson e Diogo começaram a montar tudo.
Bloco e cabeçote 100% vindos da retífica e virabrequim que recebeu tratamento
Eles optaram por montar tudo fora – bloco, cabeçote, coletores de admissão e escape, turbina, câmbio e partes elétricas como motor de partida, alternador e compressor do ar-condicionado – e depois subir o motor por baixo e finalizar com a tampa de válvulas.
Pistões já acomodados devidamente no bloco
Câmbio também colocado no lugar
Agora a vez da colocação do cabeçote e coletores, já com os comandos no lugar e travados com as ferramentas de fasagem específicas da Marea Turbo (ainda sem a correia dentada para devido acerto de ponto).
Cabeçote, coletores e chicotes
Motor já devidamente no lugar e primeira partida após a montagem, ainda sem o escape.
Sim, eu sei, a capa da tampa de válvulas está pintada de forma um pouco suspeita, mas não fui eu quem fez isso.
Foram 5 meses desde quando ela voltou de guincho de MG até voltar a vida em setembro de 2013. Ainda após isso tive de consertar dois pequenos problemas que apareceram em um período de seis meses.
O primeiro foi um vazamento de fluido de embreagem que descobriu-se ser do cilindro auxiliar da embreagem e também de um dos retentores do semi-eixo.
Adquiri peças novas através da Alfamar, conhecida oficina especializada em Marea em São Paulo, pois segundo as concessionárias em que pesquisei já não forneciam mais. Aqui acho que é onde os donos de Mareas mais se irritam. Muitas vezes você chega em uma concessionária com uma Marea ou procurando peças de Marea e já te olham torto e nem se importam muito em te atender devidamente. Dizem simplesmente que a fábrica não fornece mais. Uma dica para quem precisa de peças da Fiat ou saber informações técnicas dos motores, desde torque de aperto de parafusos até esquema de montagem e desmontagem de motores/câmbios etc, é acessar e se cadastrar no site Reparador Fiat (. Lá você encontra muitas informações sobre todos os carros da Fiat, incluindo o código das peças (e o mais importante de tudo, se ainda são fornecidos ou não), desenhos dos componentes e onde se localizam. Com o código basta ligar no 0800 ou até ir a uma concessionária verificar em que localidade está disponível sem te enrolarem. Fica a dica.
O segundo novo problema foi no sensor de pressão atmosférica que sempre indicava com problema ao passar o scanner no carro. Eu mesmo tirei e arrumei. Os componentes eletrônicos tinham se soltado dentro da carcaça. Apenas abri e colei novamente no lugar.
Novas rodas (de novo!)
Quem está acompanhando esse PC desde o primeiro post já percebeu que troquei algumas vezes de rodas e nesse post não poderia ser diferente. As rodas escolhidas agora foram as TSW Asan de 17”, calçadas em pneus Dunlop Direzza DZ101 nas medidas 205/45.
Aqui duas fotos, uma com uma Marea Weekend Turbo que na época era de um tio e outra com uma rara Parati GTI de um colega.
Andei com o carro nessa configuração por mais um ano e meio mais ou menos, sem nenhum outro problema. Mas como nem tudo são flores nesse mundo de preparação, sempre algo aparece para ser trocado. Chegou o começo de 2015 e um dos nossos melhores amigos resolver passar desta para uma melhor:
A turbina Master Power que utilizava, começou a dar sinais de cansaço. Lembrem-se que era a mesma turbina desde quando eu adquiri o carro em 2010, e que já se encontrava nela há pelo menos desde 2008. Então considero que ter durado 7 anos, andando nesse tempo com 1,4kg de pressão, ela cumpriu muito bem o seu dever. A embreagem, mais uma vez, também já havia dado vários sinais de que estava indo embora e necessitaria de outra troca. Lembram que comentei no início do post que pensava futuramente em fazer alterações mais pesadas e interessantes? Pois então, agora que teria de trocar a turbina e embreagem, a hora destas alterações chegou e ficariam novamente a cargo do Emerson e do Diogo da Dinâmica, aqui em Atibaia. Mas isto ficará para o próximo post! Deixo aqui novamente um petisco para o que está por vir!
Por Danilo Poinho, Project Cars #347