A atual geração do Mazda MX-5 Miata é tão boa que, para conseguir um esportivo a céu aberto em sua linha, a Fiat decidiu transformá-lo no novo 124 Spider, releitura de seu conversível de tração traseira que é um dos maiores clássicos da década de 1960.
O resultado é um Miata com jeitão retrô italiano, que divide plataforma, interior, mecanismo do teto e para-brisa com o Mazda, porém capô mais longo e acerto mais “maduro“, com suspensão mais macia e dinâmica mais voltada para estradas, e não para a pista. E, claro, mecânica exclusiva, baseada no motor 1.4 T-Jet que equipa diversos modelos, esportivos ou não, da linha Fiat. E o 124 Spider está no Salão do Automóvel!
Bellissimi!
O exemplar branco com interior caramelo no estande dos italianos é de especificação americana (embora, aparentemente, tenha sido equipado com os faróis do modelo europeu, que não têm lentes âmbar), o que significa que seu motor entrega 160 cv a 5.500 rpm e 25,3 mkgf de torque a 2.500 rpm (o mesmo do nosso 500 Abarth). O modelo europeu tem 140 cv a 5.000 rpm e 24,5 mkgf de torque a 2.250 rpm.
Isto nos leva a crer que, caso a Fiat seja bacana e resolva trazer o 124 Abarth para o Brasil, teremos a versão mais potente. Acontece que não há sinal de que isto vá acontecer, por uma razão simples: o valor do dólar ainda está alto.
Aliás, a Fiat também trouxe um Fiat 500 Abarth azul para o estande. Este já é velho conhecido nosso, e já o consideramos uma bela barganha entre os hot hatches, mas já faz algum tempo que seu preço aumentou – assim como as opções da concorrência…
Já o Fiat Mobi, que ainda cheira a novidade, finalmente recebeu o prometido motor Firefly de três cilindros. Você deve lembrar do post completo que fizemos a respeito do novo propulsor – que, como você deve lembrar, surpreendeu por, em pleno 2016, adotar cabeçote com duas válvulas por cilindro (ou seja, a versão 1.0 três cilindros tem seis válvulas, enquanto o 1.3 de quatro cilindros (que não será oferecido no Mobi) tem oito válvulas.
Como dissemos na ocasião, a Fiat garante que os motores Firefly são o estado-da-arte nesta configuração, com taxa de compressão de 13,2:1 (alta, favorecendo a queima do etanol), injeção multiponto e comando de válvulas variável. Assim, ele entrega 77 cv e 10,9 mkgf de torque quando abastecido com combustível vegetal.
O Mobi equipado com o motor Firefly será o Drive, que vem para completar a família e ficar entre o Like (R$ 38,5 mil) e o topo de linha Like On (R$ 42,9 mil) terá o câmbio automatizado Dualogic como opcional. A Fiat diz que, com o novo motor, o Mobi Drive passa ser o carro 1.0 mais econômico do Brasil, capaz de rodar, com gasolina, 13,6 km/l na cidade e 15,8 km/l na estrada. Com álcool, são 9,3 km/l e 10,9 km/l, respectivamente.
Além do carro roxo das fotos acima havia o Mobi Velocity by Mopar, conceito elaborado pela Mopar e equipado com acessórios Mopar, rodas de 16 polegadas, pintura especial em preto e branco com uma listra azul no meio, além de faixas nas laterais. As rodas de 17 polegadas calçam pneus 215/45.
A suspensão foi rebaixada em cinco centímetros usando molas esportivas, e os freios dianteiros ganharam discos de maior diâmetro com pinças de quatro pistões.
Outros detalhes de acabamento diferenciados são a grade em preto brilhante e os faróis e lanternas escurecidos. Nossa opinião? Mesmo com tanto Mopar, dificilmente os fãs da Mopar vão considerá-lo um Mopar de verdade.
Mas o Fiat Mobi não é o único a ganhar um novo motor. A bem-sucedida Fiat Toro foi apresentada no Salão do Automóvel com o novo motor Tigershark de 2,4 litros, com duplo comando no cabeçote e tecnologia MultiAir (que controla o tempo de abertura das válvulas de admissão com um sistema eletro-hidráulico) para entregar 189 cv e 24,9 mkgf de torque.
O câmbio é automático de nove marchas, e é a primeira vez que uma transmissão deste tipo é oferecida em uma picape média com motor flex no Brasil.
Uma das versões equipadas com o motor 2.4 Tigershark é a Toro Black Jack, edição especial que traz, além da pintura preta, luzes DRL em LED, acabamento externo escurecido e sem cromados, rodas de 17 polegadas escurecidas e acabamento interno com detalhes em preto, além da inscrição “Black Jack” nos bancos de couro e nas portas dianteiras.
A Toro também ganhou o conceito Expedition, que também recebeu acessórios Mopar (bagageiro no teto, guincho frontal, barra de iluminação auxiliar de LED no teto e rodas de 17 polegadas com beadlocks, calçadas com pneus de 26 polegadas.