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Governo abre discussão pública sobre o fim das auto escolas
Você talvez lembre que, em 2019, foi proposto no Senado Federal uma alteração no método de habilitação dos motoristas para encerrar a obrigatoriedade do processo de aprendizado pelas auto escolas. Segundo a justificação do projeto de lei (6.485/19, da senadora Kátia Abreu), os custos para a primeira habilitação no Brasil são “abusivos” e o fim da obrigatoriedade das aulas teóricas e práticas poderia reduzir significativamente o custo para habilitação.
Segundo o projeto, as aulas teóricas não são mais obrigatórias, porém não há proposta para resolver a questão das aulas práticas, uma vez que é proibido pelo Código de Trânsito entregar a direção do veículo a uma pessoa não-habilitada. Por outro lado, o fim da obrigatoriedade dispensa o número mínimo de horas de aulas práticas nos Centros de Formação de Condutores (CFC).
Sem uma mudança que permita que um aprendiz seja instruído por qualquer motorista habilitado em vias públicas (como ocorre no Reino Unido, por exemplo), os CFC continuam sendo necessários para o aprendizado prático, evitando que o setor desapareça devido à desobrigação das aulas teóricas — o que parece ser uma solução mais equilibrada, e que pode reduzir o custo para cidadãos que já têm prática de direção, mesmo sem habilitação, pois o aprendizado irá requerer menos horas de aula.
O Projeto ainda tramita no Senado (atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), mas o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), motivado pelo debate no Senado, propôs duas resoluções para alterar o processo de habilitação, e elas precisam passar por consulta pública antes de ser publicadas no Diário Oficial e entrar em vigor.
A primeira resolução trata do exame e do aprendizado, desobrigando as aulas teóricas para a primeira habilitação, o que permite que se estude a parte teórica por conta própria. Apesar da desobrigação, o candidato à habilitação ainda pode frequentar as aulas presenciais ou remotas dos CFC. A outra resolução prevê a criação de um material oficial de estudo, o Manual Brasileiro de Formação do Condutor, que terá, além do conteúdo para a formação do condutor, as regras dos exames aplicados.
Atualmente o valor médio do processo de habilitação no Brasil é de R$ 1.500, e está entre os dez mais caros do mundo. O encarecimento do processo de habilitação tem diversas consequências sócio-econômicas diretas e indiretas, entre elas a “elitização” do direito de dirigir.
A consulta pública está aberta deste o dia 10 de agosto, e será encerrada em 8 de setembro. Para participar, basta ter um login no sistema Gov.br e acessar os links da consulta pública ( e ). (Leo Contesini)
Novo Toyota Yaris poderá ser fabricado no Brasil
Lembra do Toyota Yaris? Aquele hatch/sedã médio da Toyota, que acabou substituindo o Etios, e que sempre foi muito discreto em vendas e mesmo nas ruas? Pois então, ele acaba de ganhar uma geração nova na Tailândia e, apesar de não ser um sucesso de vendas, ela acabará fabricada por aqui.
O pessoal do site Motor1 conversou com a Toyota e ouviu da marca a confirmação de que a marca “está trabalhando” para trazer esta nova geração ao Brasil, embora sem uma data específica para o lançamento. Ao que tudo indica, a Toyota mudou seus planos depois que a Honda lançou os novos City hatchback e sedã, pois no final do ano passado houve rumores sobre o possível fim do Yaris no Brasil, justamente devido ao fraco desempenho do modelo e ao sucesso do Corolla e Corolla Cross, com margens maiores.
Nesta nova geração o Yaris ganhou uma nova plataforma, a DNGA, uma variante mais barata que a TNGA do Corolla, além de ter o visual inspirado no atual Camry. Além disso, é possível que ele ainda seja equipado com um powertrain híbrido flex no Brasil. Ainda segundo o Motor1, o Yaris deve demorar a chegar pois a atual geração tem apenas quatro anos de mercado, o que significa que ainda é cedo para uma reestilização completa como uma nova geração. Esperemos, portanto, o carro para 2025 ou mais além. (Leo Contesini)
Porsche cria 911 “Sally Carrera”
Os filmes “Carros” da Disney/Pixar estão entre os melhores filmes sobre automóveis já feitos — já falamos sobre isso antes: é um filme que pode ser apreciado por crianças e adultos, apesar do ponto de vista evidentemente diferente devido à faixa etária. Os adultos sacam as referências brilhantes colocadas ao longo do filme, e as crianças têm uma história positiva para seu imaginário em desenvolvimento.
O filme se tornou tão influente que agora a Porsche está lançando uma edição especial do 911 inspirada no par romântico de Relâmpago McQueen, que será leiloada em prol de instituições de caridade. Não se trata de uma série, mas de um exemplar único, com vários elementos do filme e alguns easter eggs.
Como a moça-carro da animação, o 911 tem pintura azul, que foi criada especialmente para este exemplar, e batizada de “Sally blue”, ou “azul da Sally”, em tradução direta. É claro que ele não é um 996 como a Sally original, mas um 992 Carrera GTS (seria uma versão “Carros” da Sally sarada na academia?) com seu flat-6 de 480 cv e câmbio manual de sete marchas.
Também como Sally Carrera, o 992 Sally tem um pin stripe sob seu spoiler – uma analogia às tatuagens femininas na base das costas, além de rodas Turbo usadas no 996, porém com 20/21 polegadas. Ainda por fora, a coluna B tem uma uma plaqueta com o “autógrafo” da Sally e o nome “Sally Special” nos vidros.
Por dentro os bancos usam tecido xadrez com uma linha azul. A cor também aparece nos apliques do painel e portas. No seletor de modo de condução, não há mais o modo sport, mas o modo “Katchow”. Quem viu o filme sabe o que isso significa.
Ele será exposto na Monterey Car Week e, como já dito anteriormente, será leiloado em prol de instituições de caridade, o que significa que ele já nasce como um dos Porsche mais raros e valorizados da história. (Leo Contesini)
Réplicas perfeitas em escala 1:8 do Red Bull Racing RB16B lançadas pela Amalgam
Entre os amantes do automóvel, modelos em escala são um vício quase inescapável. É raro alguém que nunca tenha comprado nenhum, e a maioria de nós tem muito mais deles do que deveria um adulto que goza de todas as faculdades mentais intactas. Mas o que para muitos é um inocente passatempo relativamente barato, para outros é outra obsessão.
Veja por exemplo as réplicas em escala 1:8 do Red Bull Racing RB16B vencedor do campeonato com Max Verstappen, que estão agora disponíveis na Amalgam Collection. A Red Bull Racing forneceu dados CAD sobre o RB16B para Amalgan, permitindo replicar perfeitamente cada peça, embora em menor escala. Entende-se que mais de 2.500 horas de desenvolvimento foram necessárias para desenvolver a réplica e que cada exemplar leva 250 horas para moldar, pintar e montar.
Estão disponíveis réplicas dos carros que Verstappen dirigiu no Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021, no Grande Prêmio da Turquia de 2021 e no Grande Prêmio de Mônaco de 2021. Além disso, uma réplica do RB16B conduzido por Sergio Perez à vitória no Grande Prêmio de Baku de 2021 também pode ser adquirida.
Se você se animou e quer todas, falta saber o preço né? Os carros do Grande Prêmio de Abu Dhabi custam US$ 10.504 (R$ 53.255,28) cada, enquanto o modelo do Grande Prêmio da Turquia custa US$ 10.579 (R$ 53.635,53). (MAO)
BMW diz que o futuro da M também é elétrico
Segundo a BMW, o próximo M2 Coupé será o último carro M a ficar sem assistência elétrica. É equipado com uma versão do B58 de 3,0 litros de seis cilindros em linha, menos potente que os M3 e M4. Enquanto isso, o XM, chegando aproximadamente ao mesmo tempo, será o primeiro híbrido M – e o início da transição para eletricidade.
O próximo carro a ser lançado será o M5 de nova geração – que deve usar usar uma variação do V8 do XM com auxílio elétrico. A BMW pretende que 50% de suas vendas globais sejam elétricas até 2030 e, na Europa, não poderá vender carros com motor de combustão além de 2035. Isso significa que até seus M-cars vão ter que ser elétricos.
O chefe da BMW M, Herr Doktor Frank van Meel, deu à Autocar as primeiras pistas sobre as prioridades da marca. “A história do M3 é eterna”, disse. “Toda vez que mudamos a história do motor, de quatro cilindros para seis cilindros, oito cilindros para seis cilindros e um turbocompressor, a história continua. Talvez seja elétrico – mas se for, sempre será um M3. Seja qual for o trem de força, você deve sempre poder dirigir nossos carros e saber que são carros M. Por 50 anos temos resistido e continuaremos a fazê-lo.”
Ainda acrescentou que os chefes da BMW não estão preocupados com o apelo de seus produtos de alto desempenho diminuindo à medida que se tornam elétricos. Nem, ao que parece, seus clientes. “Acabamos de conversar com os clientes e o feedback é que 90-95% não se importam com a direção que tomamos no trem de força. Eles só querem um carro M.”
Embora seja realmente inevitável um futuro elétrico na Europa a este ponto, a empresa claramente está preocupada com os M; afinal de contas, por qual outro motivo estaríamos conversando sobre isso? Quando o M3 trocava de motor a combustão, como ele mesmo citou como exemplo, não era necessário dizer que continuaria interessante; a campanha para dizer que os M elétricos “serão legais também” é a prova de que isso não é tão certo como afirmam. A ver. (MAO)
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