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Parlamento Europeu aprova fim dos carros a combustão interna até 2035
O Parlamento Europeu aprovou a proposta que visa proibir a venda de carros movidos por motores de combustão interna até 2035. Foram 339 votos a favor do fim da combustão interna, 249 votos contrários e 24 abstenções.
A Câmara europeia foi severa na decisão, rejeitando um pedido para reduzir a meta de redução de CO2 de 100% para 90% em relação aos níveis de 1990, o que ainda permitiria que alguns veículos de combustão interna fossem vendidos após 2035. Somente uma proposta que protege os fabricantes pequenos, como a Pagani, por exemplo, foi aprovada: em vez de reduzir as emissões em 45% até 2021, eles precisam reduzir apenas em 15% até 2025 e em 55% até 2030.
A aprovação ainda não é o prego no caixão dos veículos de combustão interna na Europa, pois o Conselho Europeu ainda irá analisar a proposta e ela ainda será debatida com a Comissão Europeia e o próprio Parlamento Europeu. A intenção da União Europeia é chegar à “neutralidade climática” até 2050 – o que significa banir qualquer veículo de combustão interna das ruas.
Agora, : Ford e Volvo declararam publicamente que são favoráveis à proposta, enquanto a Volkswagen declarou que pretende parar de vender carros de combustão interna até 2035. Contudo, longe das luzes e dos olhos do público, vários grupos da indústria — dentre os quais está a associação das fabricantes alemãs, a VDA — pressionaram os legisladores europeus para recusar a meta de 2035. Sim, a Reuters fala claramente sobre lobby da indústria automobilística para segurar o plano.
A situação é clara: as empresas assumem uma postura pública politicamente correta, mas sabem que a implementação de uma frota 100% elétrica é inviável. E isso não é uma afirmação minha, mas dos próprios grupos nos emails aos quais a Reuters teve acesso. Nas mensagens, estes grupos da indústria falam que o plano “penaliza os combustíveis alternativos de baixa emissão de carbono” e dizem que o comprometimento como plano é “muito precoce, considerando as incertezas sobre a infraestrutura de recarga”.
Os fabricantes têm um ponto muito racional. Deixando de lado toda a preocupação válida e necessária com os recursos ambientais, qualidade do ar etc, é preciso colocar na mesa a viabilidade de se ter uma estrutura capaz de atender uma frota 100% elétrica.
Imagine, por exemplo, um daqueles postos movimentados nas rodovias, tipo Graal, Frango Assado, Olá e afins. Agora faça as contas: quantos carros entram e saem das pistas dos postos em 10 minutos, o tempo em que um carro elétrico levaria para uma recarga parcial. Então imagine o mesmo número de carros que você contou, parados, recebendo energia elétrica em alta tensão e alta corrente.
Qual seria a infraestrutura para suportar isso? Lembre-se que o mundo inteiro passa por uma crise energética causada pela guerra da Ucrânia/Rússia. E que mesmo o Brasil, com seus recursos naturais e energia limpa, passa por períodos de Bandeira Vermelha e ativa suas termelétricas. Numa disputa geopolítica nada é preto no branco, tudo é cinza. De ambos os lados. Pode ser que o parlamento europeu esteja levando a pressão por carros mais “limpos” à sua força total. Pode ser que haja interesses de países produtores de petróleo. Há muito mais entre céu e terra do que imagina nossa vã filosofia, já dizia o famoso personagem. (Leo Contesini)
Preparador inglês cria uma Nissan Navara-R com 1000 hp
Picapes mega-potentes costumam ser uma coisa americana; a RAM TRX acaba de tornar 700 cv indispensável aos americanos, provocando o aparecimento em breve de uma Raptor R, também supercharged, de mais de 700 cv. E nem vamos falar do monstrengo de 1000 cv chamado Hummer EV, uma mistura genética muito maluca até para o Dr Moreau.
Mas essa aqui é mais original e estranhamente interessante: uma Nissan Navara (aqui Frontier; talvez para impedir piadas infantis sobre uma versão da marca chinesa Chana) equipada com um motor de Nissan GT-R com 1000 hp!
Criada pelo drifter Steve “Baggsy” Biagioni na Inglaterra, a caminhonete de alguma forma recebeu os dois subframes completos do Nissan GT-R, seu motor V6 biturbo (aqui aumentado de 3,8 para 4,1 litros como se fosse ele um Opala 1971), e sua transmissão que tem transeixo traseiro e tração nas quatro rodas. A transmissão foi montada pelos líderes mundiais de transmissões de dupla embreagem para este tipo de aplicação mega-potente, a Dodson Motorsport em Auckland, Nova Zelândia.
A suspensão foi criada para carro pela empresa de Bagsy, com coilovers K&W e um sistema de elevação hidráulico HLS 4. As rodas e o kit de carroceria são personalizados, assim como a pintura/decoração externa. Os freios Alcon na dianteira e na traseira garantem maior poder de frenagem. Na cabine, bancos concha Sparco e o volante do GT-R, e até um som Kenwood, embora pareça difícil dele ser usado.
A gente pode somente imaginar como ficam dois subframes de GT-R ligados por um chassi tipo escada, e não o rígido e pesado monobloco do carro esporte. Nenhuma menção da capacidade de carga remanescente do bólido também. Mas como sempre nesses casos, o que importa são as risadas; nisso, atingiu seu objetivo certamente. (MAO)
Nardonne Automotive lança um Porsche 928 modernizado
Pois é, mais um restomod. E pior: um Porsche! Mas antes que você role os olhos em direção à nuca e solte um suspiro de cansaço espere um pouco. Este aqui é um Porsche 928 restomod. Isso não é algo que se veja todo dia!
Como já dissemos, os restomod estão virando uma indústria séria. Carros antigos são a única forma de se destacar hoje em dia, todo mundo cínico em relação aos modernos; um mercado para gente que quer este destaque, mas quer um carro zero Km para não ficar parado na rua toda hora, apareceu. Onde há uma vontade, há uma indústria.
É o caso da Nardonne Automotive: é uma startup francesa e este Porsche 928 é o seu primeiro projeto. É uma completa reinvenção do carro, um desenho moderno em cima do carro antigo, mas usando o antigo como base. Como se a BMW fizesse Mini totalmente novo, mas usando o original como base, e não fazendo um monobloco moderno, novo e diferente, como fez. O que, agora que disse em voz alta, parece até uma boa ideia…
Provavelmente possível de ser feito a partir de qualquer 928 (pouco mais que o monobloco e número de chassi sobrarão dele), este 928 moderno visualmente combina características de várias épocas do modelo através do uso extensivo de fibra de carbono. Os enormes para-lamas traseiros acenam para o 928 GTS, mas são muito maiores, enquanto as rodas forjadas de 18 polegadas são claramente inspiradas nos aros estilo disco montados no 928 S2 e S4.
Os faróis dianteiros são modernos e o desenho lembra o 911 atual, e a frente toda parece que é de um 928 lançado agora pela Porsche. A traseira também segue o tema atual de design da Porsche.
A empresa diz que o motor é um V8 aspirado, modernizado e com injeção totalmente nova, e dá 400 cv, pelo menos 50 cv a mais que qualquer 928 original. O transeixo traseiro também foi refeito, e agora tem seis marchas e diferencial autoblocante. O carro original famosamente tinha trocas de marcha recalcitrantes; espera-se que este tenha melhorado aqui. Freios maiores, amortecedores com controle eletrônico, e direção hidráulica fazem parte do pacote.
Na cabine é que a modernização fica mais clara. Um trabalho claramente profissional de desenho industrial, integrado e novo, e não apenas o antigo emperequetado. O painel recebe uma revisão radical que muda a forma totalmente e envolve quase todas as superfícies em couro Foglizzo ou Alcântara. A exceção é o console central de metal escovado, que abriga um sistema de mídia Porsche PCCM projetado para carros mais antigos que traz sons de qualidade e conectividade Apple CarPlay.
Não há informações sobre quanto custará o 928, mas Nardonne está exibindo o carro na Milan Design Week este mês, e levando-o ao Goodwood Festival of Speed no Reino Unido de 23 a 26 de junho para gerar alguns pedidos. Depois disso, está tudo pronto para deixar esses carros prontos para entregas em 2024. (MAO)
O primeiro Devel Sixteen ficou pronto. Mas com a metade dos cilindros
A Devel Motors é uma empresa de supercarros baseada nos Emirados Árabes Unidos. Os clientes árabes deste tipo de carro são fãs do exagero, e, é claro, uma empresa local existe para atender estes desejos. Em projeto desde 2006, e mostrado pela primeira vez em 2013 no salão de Dubai, o Devel Sixteen é um supercarro que deveria vir com um V16 de 12,3 litros, quatro turbos, e 5000 cv. Cinco mil, isso mesmo. Um supercarro de Dubai, com certeza.
Agora a youtuber Supercar Blondie andou em um Sixteen. Mas, estranhamente, ele não tem 16 cilindros nem 5.000 cv. O motor é um V8 biturbo de 2.000 cv, mas como sempre em casos assim, sem muito detalhes a respeito; chutaria um V8 LS da GM modificado.
A empresa agora anuncia três versões do seu carro: este modelo “básico” com um motor V8 ajustado para cerca de 1.500 ou 2.000 cv; uma versão com um motor V16 ajustado para 3.006 cv e 326 mkgf de torque; e finalmente, provavelmente para não dizer que mentiu, uma versão apenas para pista com o V16 de cinco mil cavalos e 510 mkgf de torque. Toda sorte do mundo a eles, claro; mas que a coisa toda soa a ficção, não há dúvida. (MAO)
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