Estou há dias e dias lutando para organizar minhas ideias, tentando escrever algo que seja legal e, ao mesmo tempo, objetivo, sobre o meu Project Car. É algo que mistura várias sensações, mais ou menos como o meu próprio carro: é algo difícil, animador e emocionante ao mesmo tempo. Mas antes de falar das minhas ideias e do meu Pocket Clio, vou me apresentar: meu nome é Diego Santiago, mais conhecido como Sanli, tenho 27 anos, moro em São Paulo capital e trabalho com TI.
Desde pequeno sempre fui apaixonado por carros, colecionava miniaturas, recortes de revistas e como a esmagadora maioria das pessoas que conheço, iniciei minhas experiências automotivas com o carro do papai. Meu primeiro carro veio aos 20 anos, um Fiat Palio 1.0, no qual pude expressar grande parte das ideias que tinha sobre montar um carro legal… troquei rodas, refiz a suspensão, instalei um sistema de som e alguns outros mimos, ainda voltados apenas para a estética.
Três anos depois, contudo, sofri um grave acidente no qual o estimado Palio sofreu perda total. Após um ano sem nenhum automóvel, resolvi encarar algo diferente e comprei o meu primeiro francês: um Peugeot 306 XS, que me encantou à primeira vista, apesar de estar em estado deplorável de conservação. Ele foi o meu rito de passagem para o mundo das modificações voltadas à performance. Só que a vida me colocou outro obstáculo: no auge das ideias que tive para o carro precisei vendê-lo, pois não estava muito bem financeiramente. Se por um lado isso foi triste, por outro foi a situação que me trouxe para a história do Project Cars #78, que vocês estão vendo nesta página: o Pocket Clio.
O Clio
Não tinha mais volta: depois da minha primeira experiência com um carro francês, decidi que meu próximo automóvel teria de seguir a mesma linha. Quanto mais eu conhecia, mais me encantava pelo acabamento, itens de série e, principalmente, pelo desempenho dos pequenos franceses se comparados a outros populares de igual valor.
Zapeando pela net, encontrei diversos modelos de Peugeot 206, alguns 306 e seis Clio que atendiam aos meus requisitos: motor 1.6, completo de equipamentos e que fosse duas portas. Organizei os anúncios por estado de conservação, e claro, preço. Olhei pessoalmente três carros da minha lista e, por fim, achei o meu querido Pocket, um Renault Clio 1.6 16v Expression que me encantou logo de cara. Um carrinho completo, com ar condicionado, direção hidráulica, bancos de couro originais… fechei negócio na hora!
Mesmo com tudo certo para que a minha felicidade fosse completa, o ritual de buscar o carro e levá-lo para casa precisava contar com a presença de uma pessoa muito especial e que sempre me apoiou (e apoia até hoje) nas minhas decisões de vida: meu pai. Na época ele estava trabalhando em outro estado – mas, mesmo assim, demos um jeito de sincronizar as agendas para que ele pudesse estar comigo em São Paulo para ir até a loja pegar o pequeno francês e partilhar da minha felicidade em dirigir o carrinho pela primeira vez. Não deu outra: a cada quilômetro rodado meu sorriso ficava maior. O carrinho era esperto pacas, bastante confortável e quando é algo seu… Tem um gosto todo especial.
Ao longo do primeiro ano, ele recebeu alguns mimos… suspensão, som, filtro de ar e outras coisas para deixá-lo com a minha cara. Mas queria mais. Pesquisando muito e sendo influenciado por amigos que já estavam envolvidos a fundo no mundo da preparação, senti que precisava de algo “a mais” no pequeno turtle – e é aí que começa a parte mais interessante. No próximo post vou detalhar todas as modificações que eu já fiz e as que eu planejo fazer!
Abaixo, como ele está hoje em dia, já com o 2.0 16V sob o capô.
Por Diego Santiago, Project Cars #78