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Project Cars Project Cars #40

Ford Fiesta 2.0 Duratec: a história do PC#40, de Luciano Falconi

Olá! Sim, eu sou um dos atrasados no Project Cars! Assim como vocês, eu sou um apaixonado por carros e posso conversar por horas sobre isso. Mas escrever… Meu nome é Luciano Falconi, tenho 35 anos, e produzo vídeos e fotos para a Revista Fullpower. Para alguns pode parecer legal, né? Mas trabalhar todo dia com carros e projetos cada vez mais insanos traz um grande problema: sua referência e exigência aumentam e você passa a não querer qualquer coisa na sua garagem. Você quer brincar com algo extremamente legal também! Mas… e se o bolso não acompanhar seu gosto?

A minha saída dessa sinuca aconteceu quando fiquei sabendo de uma promoção da Ford onde estavam vendendo motores Duratec 2.0 16v (que equipam o Focus de geração anterior e Ecosport) por míseros R$ 1.551,00. Eu não tinha ideia do que fazer com ele, mas sabia que um apaixonado por carros como nós arrumaria uma ótima “dor de cabeça” para se enfiar. Como minhas posses se resumiam a uma moto e um motor de carro, sabia que precisaria de uma base confiável para andar no dia a dia, viajar, e me divertir em track days. Ou seja, o carro teria que me atender em todas as situações. Conforme comentei lá em cima, queria algo diferente. Algo que ninguém tivesse.

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Nisso, a frase “…esse motor não cabe no Fiesta mk3 (o espanhol)…”, que ainda é dita em fóruns “especializados”, soava quase como desafiadora. Depois de cinco meses de busca, achei o carro que tanto me tem dado alegrias nos últimos dois anos e meio. O projeto já é uma realidade. Após o swap foram cerca de 50 mil km rodados entre ruas, estradas, dois track days na Capuava, três track days em Interlagos, um hot lap e um dia de treino em Interlagos.

O projeto de ter um carro customizado ou preparado nunca acaba. Você coloca um objetivo e quando o alcança já tem uns três novos alvos. Por isso, mesmo com ele rodando, tem muita coisa por fazer e é isso que deve me ajudar nos próximos posts por aqui depois que eu detalhar tudo o que já foi feito.

Mas vamos voltar um pouco nesse história. “Não cabe? Então é ele mesmo que você vai comprar!”, me disseram os colegas de trabalho. Teco Caliendo (hoje com oficina própria) e Emerson Gordo (Fat Motors) estavam tão empolgados quanto eu. Desde então eu aprendi que tudo é possível com duas coisas: boa mão de obra e dinheiro. A primeira estava resolvida porque esses caras (e mais alguns que vou citar ao longo do Project Cars) são doentes e mestres no que fazem. A segunda eu resolveria diluindo o projeto em longo prazo (de acordo com o bolso).

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Claro que ter um Fiestinha mais antiguinho tem lá seu charme, mas a verdade é que não tinha dinheiro para comprar uma base mais nova e um carro ainda mais antigo me deixaria chato… Com dó de moer!

O primeiro passo foi encontrar uma boa base. O problema é que o Fiesta de 3ª geração era importado e só veio em 1995 para o Brasil. Desses poucos rodando por aqui, achar um duas portas e bom de lata exigiu paciência. Olhei vários carros pessoalmente por um bom tempo, no mínimo dois por semana, até achar este exemplar das fotos em São Bernardo do Campo, SP. Segundo dono, 89 mil km, por R$ 7.500… Zeeeeero! O carro estava parado na rua e o dono nem abriu o cadeado do portão – eu já tinha me enfiado embaixo do carro para ter certeza de que seria ele. “Boa tarde! Tem alguma coisa pra fazer? Documento está em ordem? É meu!”, eu disse. E ele nem tinha pisado na calçada. “Você não quer dar uma volta? O motor está redondinho!” Sabe nada, inocente!!!

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Usei ele todo dia por dois anos até juntar algum dinheiro e as peças que seriam certas na adaptação, como câmbio, motor de arranque, alternador… Não usei nada da mecânica antiga. Daqui pra frente vocês saberão quais as maiores conquistas e desafios em ter um projeto assim. Sem querer sair um pouco da ordem dos acontecimentos, por enquanto vocês podem assistir o vídeo abaixo (nota do editor: não percam este outro onboard do Fiesta de Falconi, que publicamos em dezembro!). Um dia inesquecível para mim!