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Project Cars Project Cars #41

Ford Fiesta Zetec-S: o vai-e-volta na escolha do motor do Project Cars #41

Fala, galera! Estou de volta com a interminável história do Fiesta Zetec-S. Neste post vou continuar contando (mais uma vez, de novo) sobre a enrolada decisão do motor. Vai vendo…

Como vocês devem saber, a ideia inicial era usar um Duratec 2.3 ou 2.0, cheguei a cogitar em um Sigma 1.6 por ser o motor usado no Zetec-S na Europa mas desisti. Fiz um levantamento para turbinar meu motor, mas como seria preciso retificar meu motor, eu precisaria de pistões com a primeira sobremedida, algo impossível de conseguir no Brésil. Voltei ao ponto de partida e comecei negociar alguns motores Duratec.

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No último post até comentei que faltavam alguns detalhes para fechar a compra de um motor 2.0, mesmo custando um pouco caro, eu estava disposto a pagar pois ele tinha algumas peças de preparação.

O problema é que nesse meio tempo surgiram alguns imprevistos e tive que vender meu outro carro, um Fit 1.5 e acabei ficando apenas com o Fiesta. Como agora o Fiesta é meu único carro, estava com receio de adaptar o Duratec e ficar com o carro parado muito tempo para acerto e todos os probleminhas que sempre aparecem até você acertar o swap.

E aqui surgiu outro problema: eu preciso obrigatoriamente fazer algo, pois meu motor está bem rodado. Lembrei de ter visto um Zetec 1.6 zero quilômetro fechado na caixa durante minhas buscas pelo Duratec 2.0. Não pensei duas vezes: entrei em contato com o vendedor, ele fez um preço justo. No outro dia eu estava no avião indo para São Paulo buscar o motor. Como a substituição do motor será feita em São Paulo o motor acabou ficando por lá mesmo.

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Rocam levando o Rocam

Com apenas 95 cv, o Fiesta sempre deixou muitas pessoas em dúvida: será original ou mexido? Muita gente não sabe/não lembra que esse carro saiu com motor 1.6. Só que eu acho que ele precisa de pouco mais de potência. Na hora de decidir entre turbo e aspirado, lendo alguns comentários nos post anteriores decidi turbinar mesmo com o miolo do motor original. A ideia era fazer o mais próximo possível de um motor turbo original de fabrica.

Comecei a procurar turbina 42/48 com wastegate integrada. Escolhi essa medida para ter mais fôlego em alta. Então comecei a procurar nas lojas especializadas, mas cada loja me dava uma informação diferente. Uma dizia que a turbina tinha que ter base “T2”, pois a “T3” não serviria no Fiesta. Outros falaram que o kit ideal para o Zetec 1.6 era o mesmo do zetec 1.0 com turbina 35/48 — algo que eu rejeitei pois sei que uma turbina pequena irá encher rápido e causar dois efeitos que eu não desejo: uma montanha de torque em baixa, e falta de fôlego em alta.

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Então comecei a procurar turbina com as medidas que eu queria mas com base T2 e achei uma Borg Warner K16 — se não me engano é a mesma turbina dos motores EcoBoost da Ford/Volvo. Conhecendo o drama de se comprar peças de preparação pouco convencionais no Brasil, antes de arrematar o caracol entrei em contato com uma famosa loja especializada em turbo e perguntei se era possível fazer o kit para a Borg-Warner K16 com base “T2”. O vendedor confirmou que seria possível e então arrematei o turbo.

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Com a turbina em mãos, voltei a entrar em contato com a loja para encomendar o kit e veio a surpresa: os caras disseram disse que não fazem o kit, e se fossem produzir poderia levar até um ano. Depois de declamar todo o meu repertório de ofensas, sentei e pensei com a cabeça fria: eu já estava com medo de quebrar o motor por usar o miolo original, agora vem essa dos caras não fabricarem um kit com a base modificada. Decidi voltar atrás mais uma vez (de novo), vendi a turbina e parti para uma preparação aspirada.

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Uma Bantam com os para-choques esportivos e rodas de 16 polegadas

Foi atrás do kit aspro sabendo que o nosso Ford Zetec Rocam também foi adotado na picape Ford Bantam, a irmã sul-africana da nossa Courier. Pois foi justamente no país do Mandela que encontrei um baita kit prontinho para instalar. É de lá a Steve Wyndham Racing (SWR), uma preparadora especializada nos modelos Ford. Um dos kits é o ST120, desenvolvido especialmente para elevar a potência do Zetec Rocam para 120 cv nas rodas (120 whp), e é composto de comando de válvulas, coletor 4x2x1 e unichip.

Novamente, sendo prudente, comecei a pesquisar as possíveis incompatibilidades com o Fiesta brasileiro. É lógico que não seria assim fácil: o unichip do preparador bôer não é compatível com a ECU do modelo brasileiro. Mesmo assim, o preço era bastante convidativo — se eu comprasse um escape e um comando no Brasil sairia mais caro. Quanto ao unichip, eu tentaria falar com o pessoal da Nascar Chips para, quem sabe, copiar a programação. Fechei a compra feliz da vida.

Alegria que durou pouco: eu não consegui de forma alguma efetuar o pagamento no site. Solicitei à operadora do cartão de crédito, eles confirmaram a liberação de compra, mas ela não era aprovada de jeito algum. Em nenhum cartão. Como a SWR não oferece outra forma de pagamento internacional, eu simplesmente não consegui comprar.

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De saco cheio e com o motor cada vez mais rodado, procurei a Carlini Competizione, arrematei o comando FOR1.5, depois liguei para o Giba Escapes Especiais e agendei a compra do escape dimensionado. Agora, no começo de outubro vou encostar o carro e fazer a troca do motor e instalação do comando. Com isso pronto, vou procurar a Nascar para acertar a ECU e assim terei um Fiesta Zetec-S com cerca de 120-130 cv. Não são os quase 150 cv de um Duratec, mas é suficiente para pegar a estrada com alegria e, além disso, no fim das contas fica mais próximo de um Zetec-S original.

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Se vocês estão se perguntando por que não usei o motor Sigma 1.6 16v, são dois os motivos: o primeiro é o preço, bem mais caro que um Zetec Rocam. O outro é que o Sigma usa comando variável e borboleta eletrônica, então eu precisaria de uma nova ECU para controlá-lo, o que aumentaria ainda mais o custo.

No próximo post mostrarei o swap, a instalação do comando e do escape e o fim da novela do motor. Ao menos é o que eu espero. Depois disso teremos mais freios, acabamento interno e outros detalhes. Fiquem ligados. Até lá!

Por Tomás Andrade, Project Cars #41

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