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GM diz não ter lucro no Brasil e poderá rever investimentos
Uma notícia divulgada no último sábado (19) colocou o mercado automobilístico brasileiro em alerta: um anúncio interno da General Motors, ponderando os futuros investimentos e condicionando-os à lucratividade da empresa no País.
De acordo com o “Estadão”, um memorando interno enviado por e-mail aos funcionários e exposto nas cinco fábricas que a GM tem no Brasil, traz uma mensagem do presidente da empresa, Carlos Zarlenga, dizendo que os investimentos futuros do grupo no Brasil dependem muito de seu desempenho no mercado – a fabricante precisa voltar a operar no azul ainda em 2019.
Além do anúncio, o comunicado de Carlos Zarlenga citou uma matéria do jornal americano Detroit News, na qual a presidente mundial da GM, Mary Barra, afirma que “não se pode continuar investindo capital para ter prejuízo”, sinalizando uma possível retirada da América do Sul caso a situação não melhore.
Embora não tenha sido explícito, o aviso foi interpretado pelos funcionários da GM como uma ameaça, por parte da General Motors, de sair do Brasil. Naturalmente, o comunicado não foi bem recebido pelos trabalhadores do setor. Renato Almeida, presidente do Sindicado dos Metalúrgicos de São José dos Campos, considera a possibilidade “absurda”, e diz que não há justificativa para uma colocação como esta, pois a GM está passando por um excelente momento na América do Sul e no Brasil.
De fato, hoje a Chevrolet é líder de vendas no nosso País – situação que já vem acontecendo há alguns anos, com o compacto Onix emplacando mais unidades que os rivais, como o VW Gol, o Ford Ka e o Fiat Uno. Atualmente a GM conta com 20% de participação no mercado automotivo brasileiro. Em 2018, dos 2,6 milhões de carros vendidos no Brasil, 389,5 mil foram modelos do grupo GM. (DH)
Volkswagen Golf Mk8 é flagrado quase sem camuflagem na Alemanha
Lançado em 2012, o Volkswagen Golf Mk7 está próximo de ceder o posto à próxima geração. O Golf Mk8 foi fotografado pela primeira vez em abril de 2018, ainda usando a carroceria da geração atual como mula, mas agora surgiram as primeiras imagens do carro com seu visual definitivo, com pouquíssimos detalhes camuflados.
As fotos foram feitas pelo usuário do Instagram @Johannes.vag, que conseguiu flagar o Golf Mk8 em um drive-thru do McDonalds. Nelas, é possível ver que a nova geração do hatch médio foi desenhada para se encaixar na nova identidade visual da Volkswagen, com uma dianteira mais baixa e arredondada, com faróis e grade mais baixos, lembrando o Polo. Disfarçadas, as lanternas traseiras não revelam seu desenho, mas é possível ver que o vigia traseiro ficou um pouco mais inclinado.
Na lateral, nota-se que a Volkswagen preocupou-se em manter a identidade visual do Golf, com a coluna C larga e proporções robustas. Além disso, aparentemente o entre-eixos sofreu um ligeiro aumento – o que deverá conceder mais espaço para os ocupantes, em especial no banco traseiro.
É certo que o novo Golf será construído sobre uma versão modificada da atual plataforma MQB – especula-se que, com um acréscimo no uso de materiais leves, como ligas de aço de alta resistência e alumínio, a nova geração do hatch seja ente 40 e 50 kg mais leve que a atual, e ainda mais rígida. Também acredita-se que o carro começará a ser fabricado por volta de julho, com as vendas iniciando-se no segundo semestre. Por isso, podemos considerar a possibilidade de que ele seja revelado em março, no Salão de Genebra. (DH)
Mick Schumacher ingressa na academia de pilotos da Ferrari
Mick Schumacher deverá mesmo seguir os passos de Michael Schumacher na Fórmula 1, mas não apoiado pela Mercedes como seu pai, e sim pela Ferrari. A Ferrari anunciou que o alemão de 19 anos agora faz parte de sua academia de pilotos.
Depois de vencer o título da Fórmula 3 no ano passado, Mick Schumacher irá disputar a Fórmula 2 nesta temporada de 2019 pela Prema Powerteam, mesma equipe pela qual correu a categoria inferior, e poderá testar um carro da F1 ainda neste ano — não se sabe ainda se pela Ferrari, pela Haas ou pela Sauber. Mick Schumacher já tem a super licença, o que o torna apto a disputar a Fórmula 1.
“Estou entusiasmado com esta parceria e meu futuro próximo no automobilismo será vermelho, como parte da Ferrari Driver Academy e da família Scuderia Ferrari”, disse em nota oficial. “Este é mais um passo na direção certa, e só tenho a ganhar com a imensa experiência reunida aqui. Farei tudo para extrair tudo o que me ajude a atingir meu sonho, que é correr na F1”, completou.
Além de Schumacher, a academia da Ferrari tem outros dois sobrenomes ilustres: Giuliano Alesi, filho de Jean Alesi, e Enzo Fittipaldi, neto de Emerson. Considerando que Kimi Raikkonen deverá fazer sua última temporada pela Alfa Romeo Sauber, é possível que Schumacher dispute a temporada de 2020 pela equipe ítalo-suíça e, depois, seja promovido à Ferrari como substituto de Sebastian Vettel ou Charles Leclerc. (LC)
Porsche confirma versão de rali do 718 Cayman para o WRC
A Porsche é mais conhecida por seus esportivos de rua e seus triunfos no automobilismo de asfalto – seja em provas de turismo, seja em provas de longa duração com protótipos-esporte. Mas quem acompanha o FlatOut provavelmente sabe que a fabricante de Stuttgart também tem tradição nos ralis. Com o 911, a Porsche venceu o Rali Monte Carlo três vezes seguidas, em 1968, 1969 e 1970 – sendo que, em 1970, os alemães foram campeões do IMC, o International Championship for Manufacturers, precursor do WRC. Carros da Porsche também venceram no Campeonato Mundial de Rali com equipes independentes, como em 1978, no Rali Monte Carlo, e em 1980, no Tour de Corse. Sem falar nas vitórias da Porsche no Rally Dakar, em 1984 e 1986, com a versão de competição do Porsche 959.
Agora, a Porsche anunciou que colocará em produção a partir de 2020 uma versão de rali do Porsche 718 Cayman, feito com base no novo Cayman GT4 Clubsport – que é movido por um flat-six naturalmente aspirado de 425 cv. O novo Porsche de rali será feito de acordo com o regulamento da categoria R-GT da FIA para o WRC, disputando contra o Aston Martin Vantage, o Porsche 997 GT3 e o Fiat 124 Abarth. O carro foi feito com base no conceito de rali do 718 Cayman apresentado no ano passado, que foi muito bem recebido pelo público. (DH)
“Coletes-amarelos” destruíram mais de 3.200 radares de velocidade na França
Os Gilets Jaunes (“Coletes Amarelos”) que instauraram o caos na França nos últimos meses, com seus protestos nem sempre pacíficos contra o aumento dos impostos sobre combustíveis, parecem ter reduzido o ritmo de suas atividades – as ruas de Paris, por exemplo, já não parecem mais o cenário de uma guerra civil. Mas isto não quer dizer que eles pararam de agir.
Agora, a ação consiste em vandalizar radares e câmeras de velocidade – de acordo com as autoridades francesas, mais de 60% dos cerca de 3.200 radares encontrados no país foram destruídos ou danificados de alguma forma. Alguns deles foram incendiados, ficando completamente destruídos, e não funcionam mais. Outros foram alvo de pichações, e alguns simplesmente foram embrulhados em sacos de lixo ou coletes amarelos – estes ainda são capazes de monitorar a velocidade dos carros que passam, mas não podem mais emitir multas, pois não conseguem fotografar as placas dos carros.
De acordo com dados estatísticos fornecidos pelo governo da França, em dezembro de 2018 as infrações por excesso de velocidade aumentaram em cerca de 20% por conta da falta de fiscalização. Isto é um problema, porque desde 2004 a França utiliza primariamente os radares para identificar e punir tais infrações, dispensando a fiscalização humana. Por isso, agora que a maioria dos equipamentos eletrônicos não está funcionando, a polícia francesa não dispõe de pessoal e nem de recursos suficientes para compensar sua falta.
Além disso, há a questão do prejuízo: o custo para substituir um radar danificado pode chegar a cerca de US$ 114.000 (por volta de R$ 430.000 em conversão direta). Em teoria, as multas pagas pelos motoristas que excedem o limite de velocidade poderiam ajudar a cobrir os custos, mas as multas não estão sendo emitidas.
As autoridades da França já estão trabalhando em uma solução para o problema: a instalação de um novo tipo de radar, cujas câmeras ficam a quatro metros de altura – o que dificulta o acesso a elas e, consequentemente, ações de vandalismo. O governo francês pretende instalar 6.000 unidades destes novos radares até 2020. (DH)
Google Maps irá apontar localização de radares e câmeras de fiscalização
Quando o Google comprou o Waze por quase US$ 1 bilhão em 2013, achamos que o Google Maps finalmente poderia incorporar informações de tráfego e alertas de radares, acidentes e outras ocorrências na rota, mas não foi isso o que aconteceu. Como resultado, o Waze até hoje se mostra um navegador mais adequado para quem quer evitar o trânsito pesado e ser alertado sobre ocorrências na roda.
Mas agora, depois de cinco anos desde a compra do Waze pelo Google Maps, ele finalmente irá exibir esses alertas. O recurso começou a ser exibido para alguns usuários dos EUA nas regiões de Los Angeles e Nova York, e no estado de Minnesota em um primeiro momento, mas deverá ser aplicado em outras regiões em breve. (LC)
Preservação ambiental pode impor limite de velocidade às autobahnen
Os lendários trechos sem limites de velocidade das autobahnen estão ameaçados. Não por conta de acidentes ou “excesso de veículos”, e sim por uma questão de emissões de gases. Segundo a agência Reuters, há uma série de propostas para redução dos níveis de emissões que serão apresentadas em março, dentre as quais estão os limites de velocidade de 130 km/h para as autobahnen. Caso a medida seja aprovada, a implementação dos limites acontecerá a partir de 2023. A apresentação da proposta acontecerá em março, mas os proponentes já esperam uma forte oposição à ideia. (LC)