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Toyota GR Corolla em alta demanda; Circuit Edition extendida
Carros especiais e interessantes de fabricantes de grande volume sempre nos deixam preocupados, principalmente os realmente legais como o GR Corolla. Explico: se não forem um sucesso inquestionável, podem acabar com ideias de coisas parecidas não só dentro de seu próprio fabricante, mas em toda a indústria. Nada se cria, tudo se copia, e tudo mais.
Felizmente para os fãs da nova leva de super-hatches, a Toyota está aumentando a produção de seu GR Corolla, além de estender a edição especial “Circuit Edition” por mais um ano, devido à alta demanda. Yay!
De acordo com um comunicado de imprensa publicado em sua página de mídia, o GR Corolla é um suceso, com a demanda acima da produção. “Quando os fãs do Toyota GR falam, nós ouvimos, e nossos planos são aumentar o volume do GR Corolla e continuar oferecendo a Circuit Edition como parte da linha GR Corolla em 2024”, disse um porta-voz para o site “The Drive”.
O GR Corolla Circuit Edition seria limitado ao ano/modelo 2023, e em apenas 1500 carros. Agora, em resposta à alta demanda, a versão vai retornar em 2024. A empresa não disse quantos mais vai fazer, e a aposta é que se tornará uma versão normal de produção.
Lembrando: o Circuit Edition adiciona um sofisticado teto de fibra de carbono “forjado” ( na verdade, provavelmente um processo SMC), diferenciais autoblocantes Torsen dianteiro e traseiro, saídas de ar no capô, um spoiler traseiro preto brilhante e pinças de freio vermelhas com o logotipo da Gazoo Racing. No interior, você encontrará bancos esportivos revestidos em camurça e couro sintético, bola de câmbio assinada por “Morizo” (Akio Toyoda) e áudio premium JBL. Tudo coisa desejável; não é à toa o sucesso.
Caso você tenha esquecido, também, todo GR Corolla usa um tricilíndrico turbo de 1,6 litros e 300 cv; tração nas quatro rodas permanente e câmbio manual de seis marchas. Pode fazer o 0-100 km/h em cinco segundos cravados. E ainda é um Corolla, com tudo de bom que vem disso.
Tanto o GR Corolla quanto o Civic Type R estão prometidos para o Brasil também, o que é uma ótima notícia. Claro que não serão baratos; vivemos no mundo onde nada existe zero km por menos de 80 mil reais, aproximadamente. Nos EUA, os carros competem diretamente em preço, e o GR Corolla Circuit Edition sai por US$ 44.095 (R$ 226.648), o que indica que chegarão aqui por pelo menos meio milhão de reais. (MAO)
Mitsuoka mostra novo Viewt, agora baseado no Yaris
Fundada na década de 1960, a Mitsuoka é uma empresa muito esquisita, eminentemente um fenômeno cultural japonês, que não traduz muito bem para outras línguas. Um JDM raiz.
Basicamente, pega carros japoneses modernos e transforma seu visual em um pastiche de carro clássico, com resultados que vão do interessante ao horrível. Aqui vemos um dos mais populares Mitsuokas: o Viewt, que existe desde 1993, mas acaba de ser relançado em nova versão. Originalmente baseado no Nissan Micra/March, nesta geração o Viewt passa a ser baseado no Toyota Yaris.
No Japão o carro é um sucesso: mais de 13.000 deles já foram vendidos. Nesta quarta geração, o carro agora se chama Mitsuoka Viewt Story, e como sempre, tenta parecer (que Deus nos ajude) um Jaguar Mk2 dos anos 1960.
O Yaris remodelado tem a frente clássica do Jaguar, com faróis redondos e uma grade vertical muito parecida com a do sedã inglês. É 70 mm mais longo que o carro doador, as pequenas rodas de aço vem com calotas cromadas e as lanternas traseiras são redondas.
O preço começa em ¥ 3.080.000 (R$ 117.040), um grande aumento em relação a um Yaris básico aos ¥ 1.470.000 (R$ 55.860). Todas as configurações do Yaris estão disponíveis no Mitsuoka (menos, infelizmente, o GR Yaris, que seria engraçado), e escolhendo o Yaris topo de linha como base (1.5 hybrid 4WD) o Mitsuoka Viewt Story sai por nada menos que ¥ 4.202.000 (R$ 159.676). (MAO)
Bentley W12 vai até 2024 somente
Bentley de doze cilindros não é exatamente uma tradição. Os Bentley “de verdade”, os projetados por W.O. Bentley, eram todos quatro em linha, ou seis em linha. O outro Bentley famoso, o Turbo R dos anos 1980, era um V8 turbo.
O Bentley de doze cilindros é coisa da VW de Ferdinand Piëch: usa o motor W12, na verdade dois VW VR6 juntos em um só bloco. Se há uma tradição nos Bentley é de motores grandes: mesmo o primeiro Bentley 4 cilindros de 1919 já deslocava generosos 3 litros, e este W12 hoje tem seis litros e dois turbocompressores.
Então o anúncio de que o último W12 será fabricado em abril de 2024, não é quebra de tradição. Mas é meio chato, como passo que é para motores cada vez menores. Mas pelo menos, irá embora numa versão ainda mais potente.
Sob o capô do extremamente raro Bentley Batur, o W12 de 6,0 litros biturbo agora tem 750 cv. A evolução final do W12 sob os cuidados da Bentley usa novos turbocompressores com um design mais eficiente e que coletam o ar por meio de dutos maiores. A combinação de admissão/turbo opera em temperaturas mais baixas e uma nova calibração completa as modificações.
O Batur será o único Bentley a usar esta versão específica do W12. Apenas 18 Batur serão produzidos, e todos já foram vendidos. A Bentley lembra, porém, que a versão de 658 cv do W12 ainda está disponível para o Bentayga, Continental GT e Flying Spur, bem como as versões Mulliner do GT e Spur. Até abril de 2024, claro.
O W12 entrou em produção em 2003, após a aquisição da empresa pela Volkswagen. Nos 20 anos desde então, mais de 100.000 motores foram construídos para vários modelos da linha Bentley. (MAO)
Planta da Stellantis em Porto Real não vai fechar
Boatos sobre o fechamento da fábrica da antiga PSA, hoje Stellantis, em Porto Real no Rio de Janeiro, sempre aparecem de tempos em tempos, devido à sua baixa produção. A fábrica fica do outro lado da rua, oposta à fábrica da VW caminhões, que é em Resende; Porto Real costumava ser um distrito de Resende antes da chegada dos franceses.
Nos últimos dias, começaram a circular boatos novamente, dizendo que a Citroën fecharia a fábrica e iria transferir a produção do novo C3 para o complexo da Fiat em Betim (MG). Mas segundo apuração do site Motor1, tudo parece ser apenas boato mesmo: a fábrica continuará operando.
De acordo com a Stellantis, este é apenas uma parte de uma série de fake news que estão circulando envolvendo empresa. Existem outras notícias falsas que sugerem até mesmo que a Jeep encerraria a produção nacional, abandonando a sua presença no país.
A verdade é que não só a Citroën não encerrará a produção em Porto Real como vai investir pesado na planta, parte de um aporte de R$ 1 bilhão para produzir modelos com a plataforma modular CMP. Depois do atual C3 produzido em Porto Real, ainda mais dois novos modelos devem ser produzidos na fábrica. E não vamos esquecer que o Peugeot 2008, e o C4 Cactus, também são produzidos ali. (MAO)