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Lamborghini revela Huracán Sterrato
Lembra que, há alguns anos, houve uma certa tendência entre proprietários de supercarros começarem a usá-los em expedições que envolviam trechos não-asfaltados e até mesmo um pouco de off-road? A própria Ferrari fez algumas turnês com seus modelos, colocando-os em cenários inimagináveis para estes carros. Depois as preparadoras e construtoras independentes começaram a fazer suas versões e, agora, as fabricantes sacaram que este era um nicho inexplorado por elas.
A Porsche, ao que tudo indica, está fazendo um 911 “Safari” moderno e a Lamborghini — que, não por acaso, faz parte do Grupo VW —, também preparou um off-roader que já havia sido flagrado anteriormente, mas agora foi revelado em imagens oficiais e em um vídeo-teaser intitulado “Além do Concreto”.
Seu nome é Huracán Sterrato (leia juntando as pontas dos dedos de uma mão e movendo o pulso para frente e para trás), que significa mais ou menos “Huracán fora-de-estrada” e ele é uma clara tentativa da Lamborghini em espremer um pouco mais do suco que o supercarro ainda tem para oferecer nesta reta final de sua trajetória. Em vez de simplesmente fazer uma edição especial com adesivos e costurinhas coloridas, eles decidiram apostar em um conceito diferente, o que é sempre bem-vindo.
Apesar de estar “camuflado”, é nítido que o Sterrato se manteve fiel ao conceito — que era um tanto lúdico, quase infantilizado, mas que na tradução para o mundo real se tornou muito mais interessante e próximo do mundo dos ralis do que do “tuning Hot Wheels”.
Note que ele tem protetores de para-lamas não-pintados, protetores do assoalho, faróis auxiliares (como se fosse para uma expedição transcontinental), rack de teto, tomadas de ar modificadas, um novo difusor e um enorme scoop sobre a cobertura do motor. As rodas, apesar de terem 20 polegadas, estão calçadas em pneus borrachudos, e a suspensão, claro, é bem mais elevada do que no Huracán convencional.
Para provar que o carro não é um crossover de boulevard (embora certamente acabará sendo usado desta forma), a Lamborghini divulgou o primeiro vídeo do carro em um ambiente inóspito para supercarros: uma ampla área deserta, como aquelas em que mafiosos de Las Vegas marcam suas reuniões nos filmes de Hollywood, com cascalho, terra e uns arbustos rasteiros — e o Huracán acelerando seu V10 por ali mesmo.
Falando em V10, a Lamborghini, infelizmente, não divulgou os detalhes da motorização. Mas, considerando o cenário europeu em relação a emissões e toda essa chatice, eles não devem mudar grande coisa no conjunto mecânico. Como ele certamente terá tração integral, podemos esperar os 640 cv do Huracán Evo AWD/Tecnica/STO.
Certeza mesmo só teremos em alguns meses, quando o modelo for lançado oficialmente com todos os seus detalhes e especificações técnicas. Mas, sinceramente? O que há por vir é irrelevante perto do fato de existir um supercarro da Lamborghini capaz de acelerar na terra como o Huracán Sterrato. (Leo Contesini)
Honda Civic Type R poderá ter 330 cv
Você deve ter reparado que a Honda não divulgou a potência do novo Civic Type R na semana passada, certo? Eles divulgaram a galeria de fotos, um monte de parágrafos sobre como o carro é o melhor de sua espécie, que ele será o Civic mais potente já feito etc, mas dados concretos que é bom… nada.
Felizmente esse tipo de coisa não fica escondida por muito tempo. Projetos grandes como o desenvolvimento, produção, distribuição e venda de um carro envolvem muita gente e sempre há um elo fraco para vazar uma informação. No caso do novo Civic Type R, este elo fraco foi o material informativo para o mercado japonês — ou a boca grande de um dos clientes que encomendaram o carro por lá.
O cliente em questão é a ilustradora japonesa Azusa Ito, que divulgou o material promocional em suas redes sociais ao anunciar para seus seguidores que encomendou um Type R. E parte desse material diz que o modelo terá 10 cv e 20 Nm a mais que a geração anterior, o que resulta em 330 cv e 42,8 kgfm (420Nm).
Embora o vídeo não permita ler claramente os dados, uma foto do material foi publicada pelo site TireMeetsRoad (essa acima). Juntando as imagens — o catálogo da ilustradora japonesa e o detalhe fotografado divulgado pelo site, é plausível aceitar como legítimas os dados divulgados.
Além de ser o mais potente dos Honda Civic, o novo Type R também será o mais rápido — não apenas pela potência extra, mas também pelo menor peso da carroceria e sua maior rigidez à torção. Os detalhes concretos, contudo, virão apenas com o lançamento oficial, previsto para setembro deste ano. (Leo Contesini)
Edição especial de 120 anos da Royal Enfield chega ao Brasil
Cento e vinte anos fazendo motocicletas não é para qualquer um. Há um certo segredo aqui com o fato de que a fábrica em questão esteja longe de ser a mesma; era uma indústria inglesa que desapareceu, mas sua filial indiana permaneceu fabricando naquele país e mercado fechado até que finalmente, fazer motos antigas zero km passou a ser interessante para exportação.
Mas de qualquer forma hoje a Royal Enfield indiana faz motocicletas novas e modernas, mas com aparência e espírito clássicos dos anos 1960 e 1970. E são motos realmente maravilhosas para quem gosta de moto com cara de moto.
Você deve lembrar no fim de 2021, a marca prometeu comemorar estes 120 anos de existência conturbada com uma série especial de motos de 650 cm³, hoje seu carro-chefe. Seriam 60 motos para cada continente, de cada modelo, segundo a marca; as reservadas para a Índia acabaram quase imediatamente. Em março foram disponibilizadas 120 motocicletas (60 Continental GT, 60 Interceptor) para a Europa. E agora é a nossa vez.
É oficial: a pré-venda das Royal Enfield da série “120 anos” se dará a partir de 26 de julho (também conhecido como hoje) por meio de um site dedicado da empresa. A Continental GT sairá por R$ 40.990, e a Interceptor 650, por R$ 39.990. Boa surpresa: na Europa essas versões tinham sobrepreço significativamente maior. As versões normais dessas motos custam hoje algo na faixa de R$ 28.000 e R$ 31.000.
Como a maioria dessas edições especiais, a diferença é apenas de aparência; mas não há como negar que nesse caso a marca acertou em cheio: são motos belíssimas com a nova decoração preta e dourada. As faixas são pintadas a mão, e acabamento do motor e outras peças metálicas é também preto. Um emblema especial em latão é parte da edição, e dá um toque especial a esta tradição indo-inglesa que é a Royal Enfield: é obra da família Senthil – uma renomada família de escultores que há gerações fazem esculturas de latão primorosas para alguns dos maiores templos da Índia. Estes emblemas são feitos individualmente à mão, claro.
Mecanicamente, são idênticas às motos normais, bicilíndricas de 650 cm³ e 47 cv, e câmbio de seis marchas. (MAO)
De Lorean mostra passado alternativo onde nunca faliu. Sério.
Confesso que quando mais jovem, era um fã incondicional dos quadrinhos da Marvel. E especialmente das histórias “What If?”, que exploravam universos alternativos, que acontecem mudando-se uma pequena parte de cada história. Era para eu ficar feliz hoje, com esse tipo de coisa já totalmente integrada ao vernáculo e à realidade de todo mundo. Só que não. Todo mundo já cansou desse tipo de coisa. No meu caso em algum ponto de 1988.
Veja por exemplo esta noticia de hoje, da nova De Lorean Motor Company, que estreou o DeLorean Alpha5 no final de maio, prometendo 300 milhas de alcance e desempenho impressionante de seu trem de força elétrico. Antes da estreia do Alpha5, o CEO da DeLorean Motor Company, Joost de Vries, mencionou outros conceitos. Agora mostrou eles. Acho. Talvez. Será?
Não há como escapar disso então vai lá: a companhia, talvez desejando brincar com as conhecidas conexões da empresa com os filmes “De Volta para o Futuro”, criou uma realidade paralela onde a empresa não faliu em 1982, e continuou lançando carros, que evoluíram para o Alpha 5.
É como uma explicação cronológica para o desenho do carro, mas usando uma cronologia que não existe. Sim, eu sei, também estou confuso, mas vamos lá: O DMC 12 original seria substituído nos anos 1990 pelo Alpha 2, com motor a gasolina e cara de Corvette.
Nos anos 2000, apareceria o Alpha 3: um sedã elétrico que tomaria o lugar dos Teslas, por ter sido lançado antes! O Alpha 4 foi lançado em 2013 nessa historinha, e é um SUV movido por célula de combustível a hidrogênio.
DeLorean afirmou que a empresa quer ser um fabricante com vários modelos, e não só o exótico Alpha 5. E promete mostrar mais carros no Pebble Beach Concours d’Elegance de 2022, que acontece em 21 de agosto. O que esperar? Seu chute é tão bom quanto o meu. (MAO)
Chevrolet dará bônus de US$ 5000 para quem ficar 12 meses com o Corvette Z06
O novo Corvette Z06 é algo realmente sensacional, não há como não ver isso; um magnífico V8 aspirado de virabrequim plano, um limite de giro acima dos 8000 rpm, e um grito glorioso a alta rotação que dá inveja em qualquer Ferrari, garantem desde já o lugar desse maravilhoso veículo no panteão dos grandes.
Não é a toda que por isso mesmo, a procura é grande, e os compradores na fila estão todos ouriçados, ansiosos para receber seus Corvette que imitam Ferrari melhor que um Ferrari moderno: lembrem que a Ferrari não tem mais V8 aspirado. O fato é que sempre que coisas assim acontecem, a fila de espera se forma, e o ágio é uma sombra no negócio todo.
Afinal de contas, o preço de entrada nos EUA, de US$ 106.395 para o cupê e US$ 113.895 para o conversível, é um dos grandes atrativos: por este preço só se compra 1/3 de um Lamborghini ou Ferrari modernos. A Chevrolet deseja mantê-los assim.
Por isso, bolou uma forma de premiar os clientes de verdade que estão na fila. Em um e-mail enviado para quem fez já oficializou o pedido do carro, o fabricante prometeu dar a cada novo proprietário do Z06 um valor de US$ 5.000 (R$ 26.800) se mantiver o veículo por pelo menos 12 meses após a compra.
O prêmio será na forma de 500.000 pontos de bônus no programa My Chevrolet Rewards e poderão ser usados para peças e acessórios OEM. Os pontos de recompensa também podem ser usados para OnStar e outros serviços conectados à Chevrolet.
Uma iniciativa nobre, claro. Mas os primeiros compradores do Z06, se venderem o carro no dia seguinte de recebê-los, certamente farão muito mais que US$ 5.000. E em grana viva, não num plano de acessórios ou serviços. Iniciativa nobre, sim, mas aparentemente, inútil para impedir o ágio. Mas de qualquer forma, um presente legal para quem, de qualquer forma, quer manter o carro para si. Esses são os mais espertos: afinal, o que é reles dinheiro frente a ter um carro assim? (MAO)
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