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Hyundai N Vision 74 pode ser produzido
Boatos na imprensa internacional dão conta que a Hyundai, que negou já estar preparando uma versão de produção de seu conceito N Vision 74, pode, de fato, estar preparando uma versão de produção de seu conceito N Vision 74. O carro esportivo é inspirado no conceito Hyundai Pony Coupe de 1974, criado por Giugiaro.
A Car& Driver americana vai além e diz que a empresa fará 100 cópias no total, e apenas 70 delas seriam vendidas a clientes. Os outros 30? Iriam para competição. A produção está prevista para começar no primeiro semestre de 2026, segundo a publicação.
A versão de produção do N Vision 74 terá supostamente 800 cv. O que seria 120 cv a mais que o conceito funcional já dirigido por algumas publicações internacionais. Esse protótipo combina uma célula de combustível de hidrogênio com dois motores elétricos, com cada unidade de 335 cv alimentando uma roda traseira. O carro esportivo foi apresentado no N Day 2022, um evento organizado pela divisão de desempenho Hyundai N em meados de julho de 2022 em Busan, Coreia do Sul, juntamente com o conceito Hyundai RN22e baseado no veículo elétrico Hyundai Ioniq 6.
Então é isso: é provável que teremos o carro em produção, mas não o cupê simpático e relativamente acessível e menos potente que todos imaginaram. Não, se acontecer será muito parecido com o protótipo, e caríssimo e exclusivo.
Mas os 30 carros de competição devem criar um interessantíssimo campeonato monomarca, não? (MAO)
Alfa Romeo investe em qualidade e dá lucro em 2023
Já expusemos a extrema desconfiança que temos a respeito do relançamento da Alfa Romeo nos EUA; mas o fato é que uma série de avaliações de carros pré série apontaram problemas de qualidade, e problemas de qualidade eram o maior medo dos americanos para com a Alfa Romeo. O relançamento foi menor que o imaginado, e a marca permanece de nicho lá.
A confiabilidade continua a ser uma preocupação para os clientes, mas o chefe da empresa afirma que foram feitos enormes progressos nos últimos anos. Tanto que os custos de garantia foram reduzidos pela metade, segundo ele. Em conversa com a Automotive News Europe, o CEO diz que tomou a decisão certa ao atrasar o lançamento do Tonale em seis meses para corrigir problemas de qualidade.
Prevê-se que as vendas aumentem 30 por cento em 2023, para 70.000 a 80.000 carros, principalmente por causa justamente do Tonale. Espera-se que o crossover compacto responda por 60% do total das vendas, com os restantes 40% divididos entre o Giulia e o Stelvio. No ritmo atual, a Alfa vende cerca de 6.000 unidades Tonale por mês. O lançamento do crossover Milano menor em 2024 deve aumentar a demanda, mas a Alfa Romeo está inflexível de que não se tornará uma marca exclusiva de SUVs.
Jean-Phillpe Imparato, o CEO, informa que a empresa terá uma saudável margem operacional de “várias centenas de milhões de euros” para 2023. A Alfa Romeo estava em hemorragia de dinheiro antes da FCA se fundir com a PSA para criar a Stellantis, há alguns anos. Um método aplicado pelo CEO para mudar a situação foi reduzir a complexidade da linha e dos produtos; como por exemplo reduzir o número de opcionais disponíveis de 4000 para 1500, entre outras coisas. A marca tinha por exemplo 47 opções só de rodas, o que soa empresarialmente irresponsável, mas que, vamos falar a verdade, é legal pacas. No futuro vamos lembrar: a Alfa tinha quase 50 rodas diferentes, aqueles eram os bons tempos… (MAO)
Raro Lamborghini Diablo SV Roadster à venda
O Cramunhão, o coisa-ruim, o pé-preto. Belzebu, Mefistófeles, Satã. O azucrim, o beiçudo, o tinhoso. O Diabo em pessoa. Para todo mundo com a cabeça no lugar, a maldade encarnada. Mas diga “Diablo” para um de nós e não pensamos no nome em espanhol do anhangá. Não: pensamos em algo bem mais divino e maravilhoso. Um Lamborghini.
Eu faço parte do movimento que procura mudar isso: algo tão desbundante e totalmente legal como um Lamborghini V12 não devia se chamar Diablo. Temos que parar com esses nomes se queremos que o automóvel tenha melhor imagem frente à sociedade.
E algo tão legal não devia inspirar maldade. Tá, o V12 inspira alguma maldade, mas não espalhem. Tentando ajudar aqui, caramba. Se queremos mais amor para conosco, a gente tem que parar de evocar Belzebu a torta e a direita né?
Mas divago. A notícia aqui é que um dos mais sensacionais e raros Lamborghini Diablo apareceu à venda. Quão raro? Apenas dois Lamborghini Diablo SV Roadsters foram produzidos.
Quão sensacional? Bem, isso carece um pouco mais de explicação. O Diablo SV foi apresentado em 1995 no Salão Automóvel de Genebra, revivendo o título Super Veloce usado pela primeira vez no Miura SV. O SV é baseado no Diablo básico e, portanto, não possui o sistema de tração nas quatro rodas do VT. Uma volta ao passado, depois da evolução do carro; antes acalmado por engenharia e tração integral, o botão do volume é girado de novo para dar mais emoção, e imperfeição, ao carro. Ninguém aguenta coisa muito segura e perfeita né? Olha o nome do carro…
A potência era maior: agora 530 cv a 7.100 rpm e 59 mkgf a 5.900 rpm que, combinado com a tração traseira, pode aumentar a probabilidade de perda de tração durante condução intensa. Pode ou deve? O SV é o mais legal dos Diablo. Só pode ficar melhor de um jeito: virando conversível. Daí, SV Roadster. Voilá!
E como só dois foram feitos? Bem, a Audi chegou em 1998 e acabou com a brincadeira. Esses irritantes alemães não brincam com imperfeição como a gente. Eles limpam, desinfetam, sanitizam e tornam tudo seguro impecável e perfeito. Nada de SV Roadster para vocês.
O carro à venda é amarelo, percorreu 42.842 km desde que foi construído e pertence a quatro colecionadores diferentes na Europa. É vendido com manual do proprietário original, livro de garantia, dois rolos de ferramentas e Certificado de Origem da Lamborghini Polo Storico. Falhou em vender em leilão na Alemanha este mês, mas agora está oferecido para venda privada pela casa RM Sotheby’s. Preço sob consulta. (MAO)
Argentinos atravessam Saara de Citroën 3CV
Cem anos depois da primeira travessia do Saara em Citroëns, um dos famosos feitos midiáticos (quando mídia era basicamente jornal impresso) de André Citroën, oito argentinos recriaram o feito não em caminhões com lagartas Kégresse e vários veículos de apoio como em 1922; fizeram a travessia em Citroën 3CV argentinos. Dois carros, “Mafalda” e “El Principito”, participaram da aventura.
A história começou há 14 anos, quando os argentinos José Izquierdo e Martín Franzosi iniciaram suas viagens a bordo de um Citroën 3CV, e cruzaram a América Latina com eles. Os seus Citroën 3CV superaram todas as geografias e topografias a que foram expostos. Mas desta vez foram mais longe e arriscaram um novo desafio: ser os únicos no mundo a refazer a viagem pelo Deserto do Sahara que André Citroën realizou em 1922, celebrando assim o 100º aniversário da travessia Croisière Noire.
A aventura percorreu 3.100 km por toda a Argélia, partindo da cidade de Argel, até a distante Tamanrasset, cidade do deserto do Saara, passando pelo mítico Touggourt, porta de entrada do deserto argelino, para retornar pelo sopé do Atlas africano passando por Oran e encerrando a viagem na cidade de Argel. No total, com a volta incluída, foram cerca de 5.600 quilômetros percorridos por esses 3CV.
E você diz que “não consigo viver!” sem ar-condicionado e transmissão automática. Parabéns! (MAO)