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Técnica

Hyundai Veloster: veja como foi o teste no dinamômetro da Fullpower

Desde que começou a ser vendido Brasil, o Hyundai Veloster vem causando polêmicas em relação à sua verdadeira potência e desempenho. Apesar do motor de baixa cilindrada (1.6 16v) os 140 cv anunciados antes do lançamento eram condizentes com a proposta esportiva do carro.

Acontece que o modelo que chegou às lojas brasileiras trazia um motor um pouco diferente daquele vendido no resto do mundo com essa potência. Mundialmente, a Hyundai-Kia oferece três versões do motor Gamma 1.6 16v aspirado: uma com injeção no coletor que produzem entre 124 cv com comando variável na admissão, e 130 cv com comando duplo variável; e o GDI, com injeção direta e 140 cv.

Se você for a uma concessionária brasileira e abrir o capô do Hyundai Veloster, encontrará a flauta e os bicos de injeção inseridos no coletor, pertinho do cabeçote. Isso significa que a injeção não é direta nos cilindros — portanto, não se trata do motor GDI de 140 cv. Mesmo assim, a Hyundai Caoa seguiu afirmando que o carro tem mesmo 140 cv nas peças publicitárias e até mesmo no site da marca. .

Por isso, a real potência do Hyundai Veloster sempre foi um motivo de questionamento por parte do público ligado no mercado automotivo e até motivo de deboche pelos entusiastas, que perceberam que o desempenho do Hyundai não condiz com um hatch de 140 cv e cerca de 1.300 kg. Some isso ao fato de a Hyundai Caoa não disponibilizar o modelo à imprensa e você tem uma bela suspeita sobre a verdadeira capacidade do carro.

E foi assim que o Hyundai Veloster foi parar no dinamômetro da FullPower. Nos vídeos do seu tradicional teste do dinamômetro, os leitores pediam maciçamente um teste com o Veloster, para acabar com as dúvidas de uma vez por todas e descobrir a verdadeira potência do hatch-cupê coreano. O resultado foi o esperado por muita gente, mas ainda assim, o número resultante não deixa de ser surpreendente.

As medições da Fullpower apontaram que o Veloster testado tem 116 cv. Esse número pode indicar que a potência divulgada pela Hyundai talvez seja a potência no virabrequim (bhp, ou brake horsepower), o que significaria que o Veloster tem uma “perda mecânica” de cerca de 19% — um número relativamente alto para um drivetrain com câmbio moderno e tração dianteira. Ainda assim, a prática de divulgar a potência no virabrequim é pouco adotada no Brasil e pela própria Hyundai nos demais países em que atua.

Mas, como sabemos muito bem, a ficha técnica não diz tudo sobre o desempenho do carro, e o próximo teste da Fullpower com o Veloster será na pista, nas mãos de um piloto profissional. Saberemos finalmente se o Veloster é um esportivo de imagem ou se ele tem algum potencial de pista e um bom fator diversão.